O FC Porto esteve a perder mas venceu por 1x2 o Brugge, esta terça-feira. O dragão corre pelo apuramento para os oitavos de final da Liga dos Campeões.
Agressiva na saída para o contra-ataque, a equipa do Brugge dava bola e espaço ao FC Porto que tinha os médios a jogar muito por dentro. Com bola, Danilo, Óliver, Herrera e Otávio circulavam dentro do bloco adversário e tinham opção nos corredores com Layún e Alex Telles. O problema estava no momento da perda e no facto de jogar muito pelo meio.
Layún e Jota titulares
Nuno manteve a aposta na titularidade de Layún. Diogo Jota também fez parte das opções iniciais, fazendo parceria com André Silva.
Os belgas, que começaram com uma defesa a três e laterais bem projetados (quando tinham bola), assumiam o bloco baixo e concentravam muita gente na zona mais recuada. Porém, a turma de Preud'homme ia saindo com velocidade, largura e rigor na direção da baliza de Casillas (tanto que até abriram o marcador nos primeiros minutos).
FC Porto pelo meio
Os dragões procuravam jogar muito pelo meio perante um Brugge que quando ia para o ataque levava velocidade e largura.
Perante um grupo coeso do Brugge, Herrera baixava a buscar jogo junto de Danilo, enquanto que Otávio estava mais solto com Óliver (pelo meio, quase sempre pelo meio). É verdade que Alex Telles e Layún estavam projetados mas os azuis e brancos não aproveitavam a largura deles (e ficavam expostos no momento da perda).
FC Porto muito pelo meio
Nuno Espírito Santo percebeu isso e pediu à linha defensiva para subir, tentando recuperar a bola em zonas altas. Melhorou o FC Porto nesse capítulo, continuava a ter também muita bola mas invariavelmente pelo corredor central (facilmente anulado pelo Brugge, que aí tinha muita gente).
Brahimi e Corona
Nuno fez entrar Corona e Brahimi no segundo tempo e o FC Porto passou a criar mais perigo.
O FC Porto, que era dominador como o técnico tinha pedido, precisava de ser mais esclarecido a definir no último terço, até porque André Silva e Diogo Jota estavam muito desaparecidos. O dragão precisava de fazer isso e não dar espaço pela zona lateral quando o Brugge tinha bola. Tanto que a ideia de jogo dos belgas a atacar era sempre igual: bola nos flancos (preferencialmente o de Layún), cruzamento para o meio onde os médios apareciam em zona frontal e privilegiada para atirar à baliza de Casillas (Danilo baixava muito para a zona dos centrais).
Brahimi e Corona agitaram para a vitória aos 90+2
A reação de Nuno Espírito Santo foi dar "flancos" à equipa com as entradas de Brahimi e Corona (Óliver e Otávio mais recuados com Danilo). Ganhou largura e dinâmica o dragão, que passou a criar muito mais perigo. Tanto que até marcou por Layún (numa jogada de contra-ataque bem desenhada por Otávio e pelo mexicano).
A entrada de André André ofereceu mais "pulmão" ao FC Porto na parte final do jogo, quando o Brugge já só queria que a partida chegasse ao final. O cerco do FC Porto resultou no segundo golo, de penálti, já nos descontos. Os belgas criaram dificuldades aos portistas mas o dragão soube esperar, não entrando em desespero e as coisas acabaram por acontecer. Deste modo, os azuis e brancos continuam na corrida pelo apuramento.