O último jogo da fase de grupos da Liga das Nações está à porta e o adversário é a França. Após não depender só de si para se manter na Liga A, Portugal tem um adversário de alto calibre pela frente. Em antevisão, Francisco Neto referiu as lesões, mas também as exibições da seleção portuguesa ao longo da competição.
Espírito no balneário: «O espírito, como é lógico, nunca é o mesmo. Mas é algo que temos vindo a falar com elas há muitos anos. A equipa tem passado por muito durante muito tempo. A nossa estratégia tem sido, na vitória ou na derrota, 24 horas de festejo ou de luto para depois focar no próximo objetivo. Felizmente, ainda temos um objetivo desportivamente neste grupo. É o único grupo onde esta posição de manutenção na Liga A ainda está em aberto. Teremos de garantir a nossa parte, que é este desafio enorme de vencer a França, para depois, e infelizmente não dependendo só de nós, que é algo gostamos tanto, chegar ao objetivo que queremos.»
Lesões no plantel: «A Jéssica não estará connosco, estará impossibilitada de contribuir desportivamente. A Francisca e a Telma estão no seu processo de recuperação. Possivelmente, poderão ter alguns minutos. Hoje houve treino, agora tratamentos, a mais de 24 horas, são situações que estão no limite. A Kika já esteve no banco no ultimo jogo, se tudo correr bem, estarão ambas disponíveis para integrar as 23. Mas será decisão tomada ao final do dia com a Unidade de Saúde e Performance.»
Descida pode ser revés? «Espero bem que não, que o entusiasmo não se baseie apenas nos resultados da Seleção A. O futebol feminino português tem de ser muito maior. Temos tanta coisa a acontecer, tanta coisa importante, tanto trabalho tão bem feito… Sabemos e assumimos responsabilidade de, enquanto Seleção A, ter um lado muito visível e impactante no gosto dos portugueses pela modalidade. Mas queremos que pessoas se identifiquem pelo todo. Acredito que quem gosta e tem acompanhado vai continuar. E os bons adeptos e os bons portugueses são bons nos bons e nos maus momentos.»
Balanço desta Liga das Nações: «Também olhamos muito para o lado do resultado, é importantíssimo, mas a também a forma como esta equipa tem competido na Liga das Nações. É algo que tem de deixar portugueses orgulhosos. Com altos e baixos, melhores e piores. Este último jogo com a Noruega foi o jogo em que fomos menos competitivos no todo. No primeiro jogo com a França, com a Noruega em nossa casa e os dois com a Áustria, sendo equipa de pote 4, Portugal procurou assumir, pressionar alto e criou oportunidade de golo em todos. Fomos sempre muito competitivos. Por isso, amanhã queremos voltar a esse registo. Estamos a chegar à primeira divisão e a aprender com os erros. Infelizmente, ao mínimo erro temos sofrido com isso, mas é parte do nosso crescimento. Só chegámos aqui porque jogámos muitas vezes com as melhores, só vamos continuar a ser melhores se continuarmos a competir com as maiores. Independentemente de amanhã, Portugal quer afirmar-se nesta divisão. Tudo faremos para continuar e no futuro jogar mais jogos desta dimensão.»
0-1 | ||
Grace Geyoro 90' |