Rakitic: «Messi é o melhor, mas este foi o ano de Modric»

É o melhor e foi o melhor durante um ano. Mas isto para quem vir muitos jogos inteiros de todos.

Só que é (muito) diferente o que se passa.



Como deveria ser:


- Prémio individual.

O prémio é suposto, ad originem, e por natureza, ser individual. Deveria ser premiada a performance individual, não os troféus colectivos ganhos pelos clubes dos quais os jogadores fazem parte. Um jogador pode jogar muito (...ler comentário completo »

É o melhor e foi o melhor durante um ano. Mas isto para quem vir muitos jogos inteiros de todos.

Só que é (muito) diferente o que se passa.



Como deveria ser:


- Prémio individual.

O prémio é suposto, ad originem, e por natureza, ser individual. Deveria ser premiada a performance individual, não os troféus colectivos ganhos pelos clubes dos quais os jogadores fazem parte. Um jogador pode jogar muito (rendimento para o colectivo e brilho exibicional), mas o clube do qual faz parte não ter um plantel, onze, equipa tão boa como outro que não tenha jogado tanto e a sua equipa vencido. Ademais, um jogador com elevadíssima prestação pode fazer com que a sua equipa fique em segundo e não em quarto, em quinto e não em nono, em décimo-segundo e não em décimo-nono. Não teria ganho nenhum troféu mas teria contribuído muito para a equipa.


- Votantes verem um número significativo de jogos (inteiros, claro).

Aqueles que é previsível votarem (jornalistas, seleccionadores, capitães das selecções) deveriam ver, pelo menos, dois terços dos jogos de muitos jogadores, de cerca de cinquenta ou sessenta dos potenciais candidatos (pese a injustiça dos critérios iniciais para aferir os "potenciais candidatos" - mas como, aí sim, ficaria muito difícil estar a ver mais. . . ). Ver esse números de jogadores, não implicará ver mais do que cerca de 15 a 17 equipas. Quem gostar (e tiver tempo, caso da maioria dos votantes) pode ver essas equipas. Se não vissem tudo em directo, também veriam em diferido. Bastaria irem menos para as redes sociais e jogarem menos jogos de computador.


- Interligado com isto de se ver, pelo menos, dois terços dos jogos, não haver tanta preponderância de determinadas competições, nomeadamente Champions, Mundial e Euro. Admissível que haja mais preponderância dessas competições do que dos Campeonatos - e consoante, também, os Campeonatos -, mas é errado haver tanta discrepância no peso atribuído. Isto advém, também, do facto de se ficarem, na maioria dos casos, pelo visionamento de jogos das competições que referia acima e por alguns derbys dos Campeonatos.


- Lucidez (e justiça) na avaliação, em que golos é item importante, mas está longe de ser tudo.

Dá-se inusitada e injusta (descriminação para quem não joga perto da baliza) preponderância aos golos. Quem é guarda-redes, defesa ou médio, designadamente, não tem, obviamente as mesmas possibilidades de marcar golos de quem joga a ponta-de-lança (até custa ter que dizer uma la palissada destas!). Aqueles jogadores marcam muito menos golos, mas, certamente, farão muitas mais defesas (salvíficas, por vezes), intercepções, passes, passes de ruptura, dribles, cruzamentos. . . (já agora, uma pena não se mostrar mais vários items, em vez de se ficar por golos e assistências. . . alguns goleadores poderiam ficar muito "expostos" se se apresentassem todos os números. . . e outros jogadores sairiam muito mais valorizados).


- Votantes terem melhor "consciência de si" como seres humanos.

Votantes deixam levar-se pela "memória do mais recente". Grandes prestações (e golos. . . ) nos últimos dois meses antes da votação influem mais do que grandes prestações há onze meses, há dez, há nove, há oito, os quais, naturalmente, se inserem no período a que se deve reportar a votação. E quem anda a jogar muito durante dez meses, mas tem prestação não muito resplandecente no mês anterior ao da votação pode ver aniquiladas, pela (pouca elevada) subjectividade dos votantes, as exibições (com rendimento para a equipa) que andou a fazer durante quase todo o ano.


- Não haver "lobbying", não haver o "politicamente correcto" (por exemplo, não se tem de variar só para variar), não haver eventuais influências, talvez, até, directas e de enorme promiscuidade. E nunca mais haver qualquer prorrogação cirúrgica da votação (esse foi o maior escândalo).

- Outra coisa, que é "tão natural como a nossa sede", é o mediatismo. Há jogadores a beneficiarem de o terem muito, outros prejudicados por o terem pouco. Mediatismo não é a actualidade a jogar futebol, obviamente (mais uma la palissada).



Como vem sendo:

- Não está robustecido como prémio individual, pelo contrário. É, maioritariamente, para consagrar jogadores pertencentes a equipas vitoriosas, consagrando-se, normalmente, o goleador (às vezes coincide ser também o melhor jogador, mas outras vezes não) da equipa que venceu mais/"melhores" troféus.

- Votantes não vêem nem um terço dos jogos dos potenciais candidatos (tenho dados suficientes para me permitir dizê-lo com segurança, não é mero palpite). Ficam-se por alguns da Champions, alguns derbys (e mais um ou outro jogo, mas não visto inteiro nem com muita atenção - estão com o telemóvel na mão. . . ) e alguns jogos de Euro e Mundial, ressaltando, ainda, os "highlights".

- Prevalece, e de forma avassaladora, a tal "memória do mais recente".

- O "politicamente correcto", por vezes, surge em força. Com o querer variar e não só. E jornalistas têm um voto muito "defensivo", tentando ser consensuais e pouco vulneráveis a ataques da opinião pública (formada. . . ). Este voto "defensivo" passa muito por votarem centralizados nos troféus colectivos. Sabem que assim estão mais imunes a ataques e podem defender o seu voto com factualidades (apesar de estas não deverem contar, num prémio individual).

- Há lobbying (do mais e do menos tolerável) e há alguns indícios de haver influências.


« esconder

O griezmann? Deves estar a gozar. Por favor não confundam prémios individuais com coletivos. O Giroud também é campeão do mundo, portanto deve ser melhor do que o Salah, certo? A influência na equipa e o leque de talentos do Griezmann está a milhas do Messi. É um bom jogador, mas dizer que é melhor que Messi, Salah, Modrić e Ronaldo é muito exagerado

Até lewandowski é melhor

O Modrić não foi melhor, ninguém fez uma época tão boa como o Messi a nível individual sem ser o Salah. O Ronaldo então nem de perto. Claro que ambos o Ronaldo e o Modrić fizeram grandes épocas mas quem vê os jogos, vê que o Ronaldo só apareceu quando lhe convinha, na liga conta-se com os dedos os jogos bons que fez, e na Champions ganhou com ajuda dos árbitros. O Modrić fez um excelente mundial, mas o mundial são 7 jogos no máximo, a liga são 38, e na liga o Real teve a dormir

O Rakitic é açoreano? "Até um miudo sabe disse".