Foi com mais um triunfo que o FC Porto fechou a pré-temporada a uma semana de arrancar a participação na Liga NOS. Em Barcelos, no jogo de apresentação do Gil Vicente, os dragões marcaram cedo, consentiram um golo à equipa da casa mas conseguiram o triunfo graças a um grande Tiquinho Soares, num jogo já com aura de competição e disputado, na sua maioria, a um ritmo elevado.
Depois de vários jogos apostando quase sempre em algo próximo de um onze-base, Sérgio Conceição baralhou as contas, fez uma última dose de testes e colocou em campo desde o minuto zero jogadores como José Sá, Layún, André André, Hernâni ou Marega. As experiências não se ficaram pelas escolhas para o onze. A estratégia inicial, talvez por indicação do treinador, incidia sobre um futebol mais direto do que o habitual, com bolas longas para as costas da defesa gilista à procura de finalizações em velocidade, embora mantendo a pressão alta que tem sido habitual.
Correu bem a aposta ao técnico portista, pelo menos a abrir. Bastaram três minutos para que os muitos adeptos portistas presentes em Barcelos gritassem golo, mercê de Tiquinho Soares. Domínio de Otávio, passe em desmarcação para o avançado brasileiro e uma finalização em esforço mas de qualidade a valer a primeira mexida no marcador. A entrada forte portista fazia antever um jogo de sentido único, mas pelo bem do espetáculo isso não se verificou.
Um livre de Layún assustou os gilistas, Otávio ameaçou com um remate forte ao lado mas o primeiro grande aviso após o golo inaugural pertenceu aos homens de Barcelos. Uma perda de bola de Marega permitiu a James fazer um passe de qualidade para Fall, que desviou para o poste da baliza de José Sá. Crescia o Gil Vicente, Toro atirava de seguida com perigo e conseguiria mesmo o empate a recompensar o esforço da equipa da casa na reação ao golo azul-e-branco.
Servido por James - mais uma vez ele -, Toro surgiu no espaço entre o central Felipe e o lateral Ricardo, tocou a bola por baixo de Sá e celebrou-se o empate para os gilistas em noite de festa.
Sem mudanças nas equipas para o segundo tempo - o Gil Vicente trocaria de guarda-redes pouco depois - foi possível manter o ritmo elevado logo a abrir e mais uma vez foi o FC Porto a entrar melhor, com um domínio um pouco mais evidente mas menos eficaz no arranque. Otávio tentava mexer com o jogo, procurando linhas de passe e brechas para atirar à baliza e encontrou duas. No entanto, nenhuma delas trouxe festejo, com as duas tentativas a passarem por cima da trave então já defendida por Júlio Neiva.
A inevitável onda de substituições surgiu, embora Sérgio Conceição não tenha lançado nesta segunda parte qualquer jogador com claro lugar no onze portista para a nova época. Entraram, ao invés, Rafa Soares, Maxi Pereira, Sérgio Oliveira e Herrera, permitindo ao técnico portista tirar mais algumas notas a respeito de jogadores que ainda podem vir a deixar o clube até ao fim deste mês de agosto.
O jogo continuou bem disputado, com as duas equipas a demonstrarem-se altamente competitivas e apenas no final o marcador ficou definido, com um bis do inegável homem da noite. Não havia Aboubakar, havia Soares, que com um grande trabalho de insistência desbloqueou novamente o marcador, antes de, já em tempo de compensação, ter celebrado mesmo um hat-trick decisivo.
1-3 | ||
Jonathan Rubio 30' | Soares 3' 86' 90' |
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Jonathan Rubio 30' | Soares 3' 86' 90' |