Um adeus que valeu pelo final...

Pedia-se mais. Não podia ter sido só nos últimos minutos a ver-se a força do V. Guimarães na última jornada da Liga Europa. Os minhtos não brilharam (longe disso) e empataram em casa contra o Konyaspor, quando precisavam de uma vitória. É certo que o Marselha empatou e tornou irrelevante o resultado no Minho, mas o V. Guimarães podia e devia ter vencido esta partida.

Com as suas melhores figuras com muita falta de inspiração, acabou por ser o coração e a força que fez com que o V. Guimarães corresse atrás da vitória. 

A equipa de Pedro Martins deixou a Europa e vai agora focar-se no campeonato. Podia ter sido melhor e sonhou-se até ao fim...

Meia-hora de nada

Quem viu os primeiros minutos da partida não diria que o V. Guimarães precisa de vencer a partida. A equipa minhota passou completamente ao lado do jogo durante os primeiros 30 minutos. Pontapé para a frente da defesa, com a bola quase nunca a passar pelos pés dos médios Celis, Ramos ou mesmo Hurtado.

O preço dessa entrada má foi a desvantagem. Um pontapé incrível de Mehdi Bourabia colocou a bola no angulo da baliza da Douglas e se as contas já eram complicadas, mais ficaram. 

Só aos 33 minutos se viu Vitória. Um remate sem perigo de Victor García foi o mote para duas boas oportunidades desperdiçadas de cabeça por Rafael Martins e por Hurtado. Pouco para uma equipa que precisava de vencer.

Melhorou, mas não chegou

A segunda parte foi diferente. O V. Guimarães passou a atacar quase em exclusivo, especialmente sabendo que o Marselha não estava a ganhar. Ainda assim, os problemas eram os mesmos. Os jogadores do centro do terreno dos minhotos não tinham bola e repetiam-se os pontapés para a frente e os cruzamentos errados.

Talvez por isso as oportunidades foram quase nulas até ao último quarto de hora da partida. Os vitorianos tinham dificuldades em criar oportunidades e então a defesa do Konyaspor a ajudar. Uma boa jogada pela esquerda, quase pela primeira vez a ganhar a linha e um corte para auto-golo de um defesa dos turcos.

O ambiente finalmente aqueceu no D. Afonso Henriques. O jogo partiu e  se Raphinha estivesse a fazer um jogo ao seu nível a equipa de Pedro Martins podia ter tirado mais vezes partido disso. Houve ainda uma bola na barra de Hurtado, numa fase em que já se sabia que os minhotos estavam eliminados.

Correu-se e lutou-se até ao fim, mas não chegou. Faltou inspiração às principais figuras minhotas, mas ainda assim faltou apenas um golo para o apuramento. Pode dizer-se que faltou estofo europeu a este Vitória durante toda a prova, mas ninguém pode dizer que não tiveram empenho e coração.