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    O sítio dos Gverreiros
    António Costa
    2024/03/16
    "O sítio dos Gverreiros” é uma coluna de opinião de assuntos relativos ao SC Braga, na perspetiva de um olhar de adepto braguista, com o sentido crítico necessário, em busca de uma verdade externa ao sistema.

    A jornada do passado fim de semana revelou-se nefasta para o SC Braga, que viu os seus concorrentes, de cima e de baixo, vencerem todos, ao passo que o empate consentido em Vila do Conde atrasou a equipa brácara na consecução dos seus objetivos e complicou mesmo alguns deles.

    No artigo anterior eu tinha avisado para as dificuldades, de ordem variada, que surgem frequentemente no recinto do Rio Ave e o jogo ali decorrido confirmou a sua existência.

    O acesso dos adeptos visitantes à única bancada do estádio revela-se uma coisa arriscada, em especial quando a chuva faz companhia, mas a saída torna-se caótica na única passagem estreita ali existente.

    O jogo entre rioavistas e arsenalistas decorreu sem grandes sobressaltos e até parecia existir um pacto de não agressão entre os dois rivais, com o único dado relevante do primeiro tempo a ser uma bola devolvida pelo poste, num remate de Abel Ruiz. Muito pouco para tanto tempo jogado, ainda que a equipa da casa fizesse questão de jogar sempre devagar, à espera que o tempo passasse sem sobressaltos e o descanso não tivesse alterações no marcador, tal como aconteceu. Dir-se-á que os vilacondenses tiveram maior sucesso parcial do que os bracarenses, no que ao resultado dizia respeito, ao intervalo.

    O segundo período não apresentou alterações significativas e as oportunidades de golo eram escassas, até que surgiu o momento do jogo, quando Banza marcou um golo com nota artística, que Fábio Veríssimo anularia depois de ver as imagens, alertado pelo VAR. Ora, esta era a primeira vez que um
    árbitro iria explicar ao estádio em alta voz uma decisão ao nível do primeiro escalão português, depois de ver as imagens neste caso, pelo que o juiz da partida mostrou-se negativamente ao anular um golo que deveria ser válido, porque Banza não se mostra interessado no lance quando Matheus pontapeia a
    bola, por saber que estaria em situação irregular, sendo Aderlan Santos quem vai, erradamente, na direção do avançado e, quando Abel Ruiz cabeceia a bola, já não existe qualquer irregularidade. O lance decorreu normalmente e foi finalizado por Banza, com o quarteto de arbitragem a validar o tento, em tempo real. Porém, o VAR interveio e recomendou a visualização das imagens, da qual saiu uma decisão absurda e surreal de anular o golo da vantagem bracarense. Incompreensível aquela decisão, que só podia mesmo ter saído de um árbitro impreparado e que voltou a ser protagonista pela negativa, como tantas vezes tem feito ao longo da sua carreira na arbitragem, em especial quando um dos clubes em campo é o SC Braga. Nunca consegui entender o que o árbitro tem contra o clube minhoto, uma vez que são várias as incidências negativas sempre que ele apita a equipa de Braga. Para os registos fica um nulo que nunca deveria ser real, uma vez que uma das equipas conseguiu um golo limpo, que foi “cancelado” à posteriori, sem qualquer razão para isso.

    A semana europeia deixou a representação portuguesa a cargo do SL Benfica, na Liga Europa, que foi à Escócia vencer o Rangers, depois do empate registado no jogo da primeira mão, realizado na Luz. O FC Porto e o Sporting CP deixaram no ar a sensação que poderiam ter passado, uma vez que os portistas foram eliminados no desempate por pontapés da marca de grande penalidade e os leões não revelaram a eficácia de outros jogos, sucumbindo com os erros graves cometidos, tanto a nível defensivo como ofensivo. O que mais realço destas eliminações é que elas resultam de uma
    competitividade baixa existente em Portugal, que depois tem consequências a nível internacional, com as entidades responsáveis a nada fazerem de relevante para alterar este estado de coisas. Há um sistema montado, que protege os mesmos de sempre, que impede que as equipas de menor dimensão sejam capazes de fazer frente às mais fortes, o que se revela determinante em alguns momentos da temporada, nomeadamente no confronto com adversários de outros países mais competitivos.

    A liga portuguesa prossegue este fim de semana, parando a seguir para jogos das várias seleções. Neste contexto, o SC Braga recebe o vizinho Gil Vicente, na ressaca do empate da jornada anterior. Veremos se os Gverreiros do Minho são capazes de vencer esta partida e preparar o que resta da temporada, apenas na liga portuguesa, com a determinação de ver a época acabar de modo condizente com as palavras proferidas em várias alturas, não se sabendo em público como se começa a prepara a nova temporada.



    Comentários

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    motivo:
    aultimapalavra
    2024-03-27 11h45m por redlegion
    "complexos de inferioridade" é dizer a verdade em relação ao estado do Estádio dos Arcos? As condições daquilo são boas atualmente, por acaso? Ainda me lembro quando se falava que a venda do Ederson ao City por parte do Benfica ia ajudar o Rio Ave a remodelar o estádio. Onde anda esse dinheiro? Foi para comissões, certo?
    Peçam ao grego para dar uma ajuda, isto se a cidade estiver interessado no clube, coisa que eu duvido muito. . .
    lpfcp
    2024-03-27 11h41m por redlegion
    Se o Coroado tem problemas com os outros árbitros ou tem raiva contra alguém isso é problema dele. Isso do padrão é relativo e já o vi concordar com os outros árbitros.
    E falando nos outros árbitros, apenas dizem que a decisão é correta, não especificando porquê e como, tendo ido apenas atrás do que o árbitro disse em campo.

    E não fico à espera da Sportv (canal que não tenho), que faz um péssimo serviço ao passar o programa apenas no seu canal, sem o meter noutras p...ler comentário completo »
    Sim, lpcp
    2024-03-23 18h37m por carlos_batuta
    Jorge Coroado parece sempre rancoroso com o futebol e a arbitragem.
    TI
    ZEROZERO
    2024-03-20 10h05m por ti_maria_69
    Artigos de opinião a falar de arbitragens?!?!?!

    Poupem-nos!!!

    N ão sejam iguais aos outros, continuem a ser diferentes!
    Depois do Cirilinho, agora o Toninho
    2024-03-20 08h23m por aultimapalavra
    Mais um que fala dos outros sem conhecer. Ainda há muitos complexos de inferioridade no Minho. . . É meia horinha até Vila do Conde, visite-nos! Vai ver que nunca mais escreve certas alarvidades. . .
    LP
    Redlegion
    2024-03-17 21h27m por lpfcp
    Se ler regularmente as opiniões dos árbitros nos três principais jornais vai notar um padrão. É que Jorge Coroado está quase sempre em desacordo com os outros 7(!) ex-árbitros que fazem regularmente análises de arbitragem (Duarte Gomes, Pedro Henriques, José Leirós, Fortunato, Marco Ferreira, Jorge Faustino e o Iturralde Gonzalez). Os comentários que dirige na sua apreciação aos árbitro vão, na melhor das hipóteses, desde a crítica negativa, até ao insulto gratuito.
    Este lance,...ler comentário completo »
    tiaguix
    2024-03-16 21h28m por redlegion
    O Aderllan tem um erro de cálculo e ataca o jogador errado que nem repara que ele está ali, além de que o Banza está a ir para um lado e ele para o outro antes do "choque". O erro é dele e apenas dele, sendo que o Banza nada tem a haver com o facto de ele atacar mal a bola. Não há aqui nada que o ponto 2 da lei 11 possa fazer pela má abordagem do central do Rio Ave ao lance.
    Quanto ao resto, dizer que não posso levar a sério a opinião do Jorge Coroado só porque escreve no O Jogo é ...ler comentário completo »
    TI
    redlegion
    2024-03-16 18h42m por tiaguix
    Sugiro que leia o ponto 2 da lei 11. O Banza nterfere na ação do defensor. Não interessa se intencionalmente ou não. Acho graça que confie na opinião de UM árbitro, expressa num qualquer jornal desportivo português (cada um ao serviço de cada clube e/ou região, sem qualquer vergonha na cara). Houve pelo menos DOIS árbitros com uma interpretação diferente. O seu argumentário é curto e esta discussão é inútil para o desenvolvimento do futebol português. Se queremos falar sobre arbitragem, ...ler comentário completo »
    tiaguix
    2024-03-16 14h41m por redlegion
    Se o Aderllan aborda mal o lance e ataca um jogador que nem se faz à bola, como é que o Banza interfere na jogada?
    Até um ex-árbitro discorda da decisão: https://www. ojogo. pt/7526541728/dizer-se-que-o-b anza-interferiu-na-jogada-e-er ro-crasso-decisao-absurda/
    TI
    Companheiro. . .
    2024-03-16 11h02m por tiaguix
    Mesmo que sem intenção, o Banza interfere com a ação do Aderlan. É um lance que pode ser interpretado como foi, segundo as lei de jogo nº11 do IFAB. Era bom que a tivesse lido, antes de responsabilizar uma decisão de arbitragem legítima pelo estado do futebol português. Exemplos de problemas maiores do futebol português: incumprimentos salariais, incumprimentos dos regulamentos da Liga, distribuição das receitas televisivas, modelos competitivos das 3 maiores competições nacionais, nom...ler comentário completo »

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