O Feirense reagiu bem ao temporal sentido na 2ª parte - depois de uma 1ª parte com qualidade e dividida - e fez por merecer parar o líder, mas o AVS beneficiou de uma grande penalidade (bem assinalada), que serviu como uma estocada na coragem fogaceira e culminou na vitória por 1-2, para segurar o 1º lugar.
Mais uma vez no seu Marcolino Castro, de quem esteve afastado algum tempo por divergências com a SAD, o Feirense recebia o líder AVS e Ricardo Sousa optava por mudar um pouco o desenho da equipa e apresentar uma linha de quatro defesas, reforçando o seu meio campo (embora Filipe Almeida descesse várias vezes no processo de construção e defensivo). O AVS, por sua vez, entrou fiel a si mesmo, pressionando alto e muito ativo no ataque, quase sempre em diagonais dos extremos ou cruzamentos em busca do mortífero Nenê.
Ora, com João Costa e Trigueira muito bem entre os postes, o marcador apenas foi inaugurado numa jogada genial de Vasco Lopes, aos 21', que fez um túnel a um adversário na direita, deambulou para o meio, driblou mais um par de jogadores do Feirense e, de fora da área, rematou colocado para o 0-1. Contudo, os fogaceiros traziam a lição estudada. A esquerda forasteira era claramente mais frágil (menos apoio de Mercado) e Sérgio Conceição foi crescendo e cruzando por aí, até que aos 24' cruzou com conta, peso e medida para Rúben Alves empatar.
Com Nenê sempre a deixar avisos, mas algo perdulário, o AVS foi, na generalidade, a equipa mais perigosa e com mais bola, mas as transições do Feirense estavam a causar estragos e, em cima do intervalo, aos 45+1, Sérgio Conceição quase gelava o líder com um canto direto. O poste travou um golo monumental.
O intervalo trouxe consigo uma chuva intensa, que deixou o relvado muito pesado, e o AVS adaptou-se muito mal a esta alteração no cenário de jogo, ao contrário do Feirense, que adaptou bem o seu jogo e cresceu imenso nos primeiros minutos da 2ª parte, obrigando mesmo Trigueira a uma série de importantes intervenções.
O clima, no entanto, assim como o Feirense, acalmou com o passar dos minutos e isso fez o AVS voltar a comandar a posse de bola, embora sem criar realmente perigo. Foi, por isso, algo caído do céu que nasceu a grande penalidade ganha por Sangaré, por mão na bola de Tony, que culminou no golo de Jonathan Lucca, algo injusto para a corrente do jogo. Até final, os da casa ainda tentaram reagir, mas o líder jogou verdadeiramente à candidato, geriu e venceu por 1-2, para se agarrar ao seu 1º lugar.
1-2 | ||
Rúben Alves 24' | Vasco Lopes 21' Jonatan Lucca 82' (g.p.) |