Em Bruges: a imagem dos 26 futebolistas mortos nas Grandes Guerras

O Jan Breydel Stadium é a casa de dois clubes de Bruges: o Club Brugge, adversário do FC Porto na Liga dos Campeões, e o Cercle Brugge. 

Horas antes do início do jogo, o zerozero aproveitou para conhecer um pouco mais dos groen-zwart (verde e pretos), que ocupam atualmente o nono lugar na liga belga e têm o português Leonardo Lopes entre as principais figuras. 

«Tivemos uma grave crise financeira e a entrada dos proprietários do AS Monaco em 2017 foi decisiva para a nossa reabilitação», explicou-nos Louis-Philippe Depondt, diretor de comunicação do emblema verde. 

«Temos parte da nossa logística aqui no estádio e a outra está nos nossos escritórios, que ficam a dez minutos daqui.»

Enquanto o Club Brugge treina no seu Centro de Treinos, que fica numa zona suburbana de Bruges, o Cercle aproveita os muitos relvados naturais que rodeiam o estádio principal para ter a sua formação e equipa profissional juntas. 

«Temos 13 nacionalidades no nosso plantel e queremos aproveitar as nossas camadas jovens. Somos vizinhos do Club Brugge, alías, somos colegas de casa», referiu o dirigente, para quem a rivalidade só aparece «nos dérbis». 

Na parte final da visita, que teve passagem pelo gabinete do treinador principal, ficámos impressionados com um pequeno monumento, que passa despercebido a quase todos os visitantes. Trata-se de uma homenagem a todos os futebolistas do Cercle que morreram em combate nas duas Grandes Guerras Mundiais. 

«Foram 26 e estão aqui eternizados. Fazemos questão de mostrar esta estátua a todos os futebolistas que chegam, para que percebam que no Cercle ninguém é esquecido.»