Foi com dois cruzamentos de Nuno Sequeira que o Braga deu a volta a um difícil contexto frente ao Chaves e ganhou três importantes pontos, às três da tarde, ficando a apenas dois pontos do líder FC Porto.
Sabendo que voltava a depender apenas de si no campeonato depois do empate azul e branco em Moreira de Cónegos, a turma de Abel esteve ansiosa e pouco produtiva durante uma hora, mas a reação foi a tempo de inverter o cenário contra um Chaves bem organizado e que deu muita e boa luta.
Apesar da entrada fulgurante, com uma bola no ferro após 80 segundos, os arsenalistas quebraram muito com três assistências a jogadores do Chaves nos primeiros 18 minutos (Lionn teve mesmo de sair). As paragens beneficiaram a equipa visitante, que esteve confortável no controlo da profundidade pelas linhas ao Braga e ainda mais tranquila nos muitos cruzamentos que foi capaz de intercetar. Com dois homens pela área, o conjunto de Abel foi presa fácil.
No meio-campo, houve mais bola para os arsenalistas, se bem que normalmente em zonas inofensivas. Quando esta entrava no raio de ação de Jefferson e Erdem Sen, o duplo-pivô do Chaves foi normalmente muito competente.
Não o foi a abrir a segunda parte. Aí, a primeira ação trabalhosa do guardião português sobrou para Luís Martins e este fez o primeiro golo do jogo, o que deprimiu o muito público que esteve em Braga.
A equipa foi tomada de assalto pela inércia e não conseguiu reagir, pelo que teve de ser Abel Ferreira a espevitar os seus homens com soluções frescas para as alas (Wilson e Novais, este mais por dentro).
Depois de igualado o marcador e de acordados os mais de 17 mil adeptos, foi tempo para a procura da vitória. Se o Braga melhorou com as substituições, o Chaves piorou e quase não voltou à área contrária. Num livre cobrado por Sequeira, Claudemir fez o 2x1 aos 80 minutos e, até final, os arsenalistas já não permitiram qualquer reação.