Portugal empatou com a Suécia a um golo, conseguiu os cinco pontos e venceu o grupo B do Europeu de sub-21. Gonçalo Paciência veio do banco para resolver a falta de eficácia e, momentaneamente, deu alegria à Itália, só que, a um minuto dos 90, Tibbling demonstrou que o banco sueco também é frutífero e empatou. Portugal conseguiu o apuramento para os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro e o primeiro lugar no grupo B, que significa duelo contra a Alemanha.
Não foi jogar para empatar
Voltaram os do primeiro jogo
Rui Jorge devolveu a titularidade a Ricardo Pereira e a Ivan Cavaleiro, com Rafa e Carlos Mané a voltarem ao banco.
Rui Jorge tinha-o garantido e foi exatamente com isso na cabeça que os jogadores entraram em campo. Intensos, com boa rotação e a querer marcar cedo para não terem que fazer contas: o empate chegava, mas era perigoso.
Ao fim de um quarto de hora, já tinham sido três os lances de perigo por parte dos lusos, o melhor deles por William Carvalho, qual ponta de lança a entrar na área após tabela com Ricardo Pereira e a tentar contornar o guardião para marcar. Aí, já foi um claro médio defensivo, não conseguindo o melhor movimento e acabando por se atrapalhar com a finta.
Ilori saiu lesionado, Tobias entrou para o lugar ©Getty / Matej Divizna
Mas era Portugal quem estava melhor. A Suécia, de linhas recuadas, procurava as bolas em profundidade nas costas da defesa portuguesa, só que esse setor mostrou excelente coordenação, deixando várias vezes o adversário em posição irregular.
Lesão que fez tremer
Depois de meia hora de jogo, a tendência equilibrou-se. Por essa altura, já se sabia que a Itália ganhava por 2x0 à Inglaterra, um resultado que servia a portugueses e suecos. Contudo, esta fase coincidiu com o período de maior intranquilidade portuguesa.
Primeiro, porque os suecos, a meio do terreno, passaram a entender melhor os movimentos lusos, intercetando muitos passes. Depois, porque Ilori se lesionou e obrigou a uma mudança num setor delicado - valeu a entrada serena e confiante de Tobias Figueiredo.
Acabou por ser mesmo o empate
A segunda parte trouxe mais serenidade ao jogo. Não a Portugal, no início, que permitiu lances aéreos perigosos aos suecos. Mas o relógio ajudou, bem como a conjugação de resultados.
William foi fundamental ©Getty / Matej Divizna
Bernardo Silva ia sendo, uma vez mais, o que mais procurava os desequilíbrios, se bem que nem sempre com as melhores decisões. Rui Jorge, tal como nos jogos anteriores, lançou Gonçalo Paciência e inverteu o esquema, o que ajudou.
Frente a uma Suécia que, com o passar do tempo, jogava cada vez mais para a igualdade, Portugal cresceu no desafio em 4x2x3x1, se bem que também de forma contida. É que a Itália passava aos 3x0 e o empate neste desafio dava os dois principais objetivos: Jogos Olímpicos de 2016 e primeiro lugar do grupo.
De repente, golos. Gonçalo Paciência trabalhou muito bem e fez o 1x0 aos 82 minutos. Festejou-se no banco luso e também na comitiva italiana, a jogar noutro lugar, mas a ver um resultado que a apurava. Só que a Suécia não sucumbiu e haveria de empatar perto do apito final por Simon Tibbling, também ele vindo do banco. No fim, festa de ambos.