O FC Porto foi a casa do Vitória de Setúbal ganhar e recuperar para três (mais um) pontos de desvantagem para o Benfica, dando mostras de que ainda acredita em dois deslizes do adversário. Os azuis e brancos podiam ter evitado algum sofrimento que tiveram na partida contra os sadinos, embora tenham tido quase sempre o controlo da partida.
Ricardo a titular
Desta vez, Lopetegui não fugiu ao que seria mais lógico e deu a titularidade ao português, perante a ausência de Danilo.
A vitória dos portistas poderia ter sido mais tranquila, mas só nos descontos Jackson ampliou um marcador que Brahimi tinha inaugurado, perante um Vitória que pecou pela má primeira parte.
Endireitados
Foi pela direita que o FC Porto começou a carburar o seu futebol. Após 10 primeiros minutos repartidos, os dragões cresceram no ritmo, imprimiram intensidade e deram à bola mais velocidade. A direção começou por ser quase sempre a mesma: Quaresma. O português, reclamador de bola por natureza, nunca se escondeu e assumiu as tentativas de desequilíbrio. Quando não podia, Ricardo aparecia a auxiliar muito bem no auxílio.
Marcano lesionou-se e Indi entrou para o seu lugar ©Carlos Alberto Costa
É esse o primeiro destaque. Com claras características ofensivas, o agora lateral português encaixa na perfeição neste FC Porto, sobretudo em jogos contra equipas que optam por privilegiar o setor defensivo, como foi o caso do Vitória. Zequinha nunca soube fechar bem e os dragões tinham sempre vantagem quando exploravam o corredor.
Portanto, não foi de estranhar que tenha sido aí que o golo tenha surgido, num excelente trabalho de Jackson a arrastar três homens. Também não foi de estranhar que, logo depois, Quaresma tenha aplicado a trivela, que só Raeder parou.
Lopetegui corrigiu o erro
O espanhol costuma, com vantagens magras, retirar um extremo e meter um médio. Voltou a fazer isso, quando Quaresma saiu e Evandro entrou. Os dragões perderam o lado direito em termos ofensivos (na melhor altura dos sadinos) e só o recuperaram com a entrada de Hernâni.
O ritmo do FC Porto era muito superior, as oportunidades sucediam-se e o flanco mudava. Zequinha trocava com Advíncula e os dragões também passavam a rodar pela esquerda, cientes de qual o desequilíbrio do adversário em ação defensiva. Mais golos podiam ter acontecido, mas não.
Ricardo esteve em destaque ©Carlos Alberto Costa
Do fácil para o difícil
E com isso, a segunda parte foi diferente, porque Bruno Ribeiro teve, com o 0x1, uma boa dose de esperança para injetar aos seus jogadores durante o intervalo.
Resultou, porque a equipa foi claramente diferente. Bem mais crente, muito mais unida e solidária, assim como sabedora do que fazer em quase todos os momentos, menos no último terço. O FC Porto também baixou o ritmo e o adversário aproveitou para estar mais perto da baliza de Helton.
Defesa de Helton manteve baliza intacta ©Carlos Alberto Costa
Ainda que de forma ténue em termos práticos, o Vitória ia crescendo na partida, deixando para a entrada dos últimos minutos, já com algumas alterações feitas, as reais oportunidades, mas que Helton resolveu com classe e segurança.
Os minutos finais tinham entusiasmo nas bancadas e crença na equipa da casa, mas teve também Jackson. De regresso aos golos, o colombiano acabou com a incerteza e respondeu também a Jonas, voltando-se a isolar na lista dos melhores marcadores.