O treinador português abordou abertamente a sua saída do FC Porto, tendo elogiado Pinto da Costa, Jackson Martínez, Luís Castro e Jorge Jesus, de quem confirmou ser admirador, tal como já tinha admitido anteriormente.
«Se fosse hoje não teria dito que não ao FC Porto. É o sonho de qualquer treinador chegar aos grandes em Portugal. Não fui despedido. Solicitei ao presidente a minha saída, como já tinha feito anteriormente. Ele sempre recusou, mas eu achava que a minha saída seria benéfica para o grupo de trabalho, pois o ambiente estava pesado. O Luís Castro é um grande profissional e tenho a certeza que fez tudo o que estava ao seu alcance para mudar o sentido das coisas», contou, em entrevista ao programa '5 para a meia noite', da RTP.
Paulo Fonseca, num ambiente bastante descontraído e animado, até brincou com as suas próprias gaffes, contando que se tem «dedicado à família» e ao Atlas, numa ironia para com as trocas dos nomes das cidades alemãs quando o FC Porto defrontou o Eintracht Frankfurt.
Mais a sério, Paulo Fonseca considerou Jackson Martínez o tipo de jogador que «levaria para qualquer lado» e falou da relação com Pinto da Costa.
«Só tenho a dizer bem das pessoas com quem trabalhei no clube, tinha uma relação excelente com o presidente, que é uma pessoa muito dialogante, muito aberta. Tenho uma grande admiração por ele», contou, numa entrevista onde não corroborou a opinião de que os jogadores lhe «estivessem a fazer a folha».
O treinador falou também dos adeptos portistas e das arbitragens: «A massa associativa do FC Porto é muito exigente porque está bem habituada a ganhar. Críticas aos árbitros? Percebo que os árbitros tenham uma tarefa muito complicada. Falo poucas vezes e faço-o apenas quando acho que isso trará algo bom à equipa».
Por fim, o admirador de «Guardiola, Wenger e Jorge Jesus» assumiu a paixão que tem pelo Arsenal e o sonho em treinar os Gunners, deixando em aberto o seu futuro: «Não sou dos que acham que por ter treinado um grande já não poderei voltar a treinar um clube de menor dimensão».