Esta semana, no "Na Memória", e atendendo ao calendário da jornada que se avizinha, recordamos uma histórica vitória do Boavista na Luz. Era o Boavistinha que se transformava em Boavistão. Sob a mão de Jaime Pacheco, a Pantera desceu a Lisboa e deu um recital ao Benfica.
Uma jornada antes, o FC Porto empatara no Bessa a zero bolas. À entrada da 25.ª ronda, o FC Porto liderava com 53 pontos, mais um que axadrezados e benfiquistas. O Boavista descia à Luz para tentar fazer prova de vida, depois do empate na ronda anterior.
O Benfica assumia a sua candidatura ao título e sabia que uma vitória sobre a Pantera seria fundamental. O Dragão assistia de cadeira, sabendo que sairia sempre vencedor do encontro.
80 mil quase enchiam a Luz quando Vítor Pereira apitou para o começo da partida. Desde o primeiro momento que o Boavista mostrou que vinha para vencer. Preud'Homme antecipou-se a Jorge Couto e evitou o primeiro golo, mas pouco depois, aos cinco minutos, Paulo Madeira perdeu a bola para Ayew e o ganês bateu o belga. 0x1, o Boavista saía na frente.
O Boavista queria marcar o segundo e começar a definir o resultado. O Benfica, nervoso, com João Vieira Pinto desinspirado e Karel Poborsky desaparecido, não assustava a baliza de William, apenas Nuno Gomes parecia ter discernimento.
Até ao intervalo, a bola rondou as duas balizas, mas o resultado era justo.
Perto dos 60 minutos, o treinador escocês resolve tirar Nuno Gomes e lançar Cadete quando o Benfica era a melhor equipa em campo. A equipa desencontra-se e o Boavista aproveita. Ayew faz o 0x2 depois de mais um erro infantil da defesa encarnada.
O Benfica perde o fio de jogo e o Boavista sente-se confortável com a gestão do relógio. Até ao fim, Vítor Pereira expulsa Mário Silva, mas o Boavista não se desune e acaba por chegar ao terceiro golo por intermédio de Luís Manuel.
Com classe, a pantera devorava a águia, mas ainda não assumia a candidatura ao título...
0-3 | ||
Kwame Ayew 6' 66' Luís Manuel 89' |