Uma derrota com sabor a injustiça


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Campo José da Silva Faria (Loures)
Espectadores: 250
Temperatura: 23º
ÁRBITRO: Duarte Travassos
Assistentes: Paulo Jacob e Nuno Medeiros
AF Ponta Delgada
LOURES: Sérgio, Luís Carlos, Zé Carlos (cap), Ribas, Russo, Alexandre Nunes, Marocas, Ricardo Cunha (Tiago Guedes aos 79m), Ricardinho( Daniel aos 65m)...ler comentário completo »

Uma derrota com sabor a injustiça


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Campo José da Silva Faria (Loures)
Espectadores: 250
Temperatura: 23º
ÁRBITRO: Duarte Travassos
Assistentes: Paulo Jacob e Nuno Medeiros
AF Ponta Delgada
LOURES: Sérgio, Luís Carlos, Zé Carlos (cap), Ribas, Russo, Alexandre Nunes, Marocas, Ricardo Cunha (Tiago Guedes aos 79m), Ricardinho( Daniel aos 65m), Freddy (Sérgio Brito aos 90m) e Djão
Suplentes não utilizados: Chicha, Cortes, Vilela e Hélder Guia
Disciplina: Cartões amarelos: Ricardinho aos 36m, Marocas 60m
Técnico: José Boto
Golos: Djão aos 67m
SINTRENSE: Paulo (cap), Barroso ( Leroy aos 75m), Paulo Silva, Tomás, Dinis ( Fernando Rosa aos 78m), Serginho, Tomé, Bruno Gomes ( Nuno Dias aos 70m), Tony, Rochinha e Baptista
Suplentes não utilizados: Crespo, Jaco, Carrasqueira e Andrade
Disciplina: Cartões amarelos: Baptista 25m, Rochinha 90m
Técnico: Alberto Bastos Lopes.
Troféus Sintrense
Disciplina: Tomás 3 pontos, Serginho 2 pontos e Tomé 1 ponto
Arbitragem: 24 pontos
Não se antevia fácil esta deslocação do Sintrense a Loures. Tradicionalmente difícil, o campo do Loures, para além do sintético e de ser de dimensões mais reduzidas, nunca foi talismã para o Sintrense. As equipas do Loures, quase sempre muito aguerridas, sabem tirar partido do factor casa, e torna-se muito complicado “passar” naquele campo.



E mais uma vez isso aconteceu. Não que o Sintrense jogasse mal. Pelo contrário. Mas no único lance em que a defensiva do Sintrense falhou, Djão aproveitou para fazer o golo que deu a vitória aos da casa. Diga-se: uma vitória algo injusta para o que o Sintrense fez em toda a partida, já que foi a equipa que dominou o jogo na maior parte dos 90 minutos de jogo. È certo que na luta pela permanência, apenas o Tires (vitória na Malveira) e o 1º de Dezembro (empate caseiro frente ao Machico) somaram pontos, mantendo-se a diferença do Sintrense em cinco pontos para a linha de água, mas também não é menos certo que, e se vencesse em Loures, o Sintrense poderia ter dado um passo de gigante rumo á tranquilidade. Na primeira parte, e à excepção do lance do Loures, logo aos quatro minutos, com um cruzamento na esquerda de Russo, para remate ao lado de Ricardinho, foi o Sintrense que dominou, e que criou situações dignas de realce. Logo dois minutos após o lance de perigo do Loures, e na sequência de um pontapé de canto na esquerda, Tomé falha o último remate. Aos 8 minutos, Dinis sobe bem na esquerda, cruza e Serginho de cabeça remata ao lado. O Sintrense dominava a partida, com um meio campo forte e uma defensiva atenta e concentrada, a tapar todos os caminhos para a sua baliza. Aos 23 minutos, na sequência de um livre frontal á baliza do Loures, Dinis remata, e Sérgio faz a defesa da tarde, negando o golo ao defensor do Sintrense. Sete minutos depois, o ataque do Sintrense faz tudo bem feito, Tomás isola-se, e remata frouxo, “oferecendo” praticamente a bola ao guardião do Loures. O Sintrense dominava, criava boas situações, mas não marcava. Mesmo á beira do intervalo, Barroso na direita do ataque do Sintrense, recebe de Serginho, rematando ao lado da baliza de Sérgio. Com o nulo ao intervalo, restava saber o que é que as duas equipas iriam fazer para a 2ª parte. E aí, o Loures entrou bem melhor, dominando os primeiros 20 minutos, com o Sintrense algo apático. Aos 56 minutos, Djão cruza na direita do seu ataque, e já na área, Ricardo Cunha remata de cabeça ao lado da baliza de Paulo. Dez minutos depois, Freddy em boa posição de fazer golo, remata ao lado, e logo no minuto seguinte, numa falta clara de marcação no lado direito da defensiva do Sintrense, o mesmo Freddy remata para defesa de Paulo para a frente, e na recarga, Djão faz o golo do Loures. Alberto Bastos Lopes de imediato reagiu com a entrada de Nuno Dias para o lugar de Bruno Gomes, cinco minutos depois com a entrada de Leroy para o lugar de Barroso, para logo de imediato colocar em campo Fernando Rosa no lugar de Dinis. E o jogo do Sintrense mudou para melhor. Em dois minutos, Serginho e Nuno Dias tiveram hipótese de igualar, mas os remates (mais uma vez) saíram ao lado da baliza de Sérgio. Aos 82 minutos, Nuno Dias em boa posição, remata ao lado. O Loures pouco incomodava Paulo, mas aos 86 minutos, Ribas, de livre frontal, envia a bola à trave da baliza de Paulo. O Sintrense não se atemorizou e continuou na procura do golo do empate. Aos 89 minutos, Tomás de cabeça, proporciona outra grande defesa a Sérgio para canto. O jogo caminhava para o fim, o Sintrense perdia, e alguma injustiça pairava no campo do Loures. Uma derrota imerecida para o Sintrense, no único falhanço em toda a partida. Mais uma vez se desperdiçaram boas oportunidades para marcar, e assim não há coração que resista entre os adeptos do Sintrense. O Loures aproveitou muito bem o brinde e venceu a partida sem muito ter feito por isso. Quanto á arbitragem de Duarte Travassos e seus assistentes, apesar de alguns lapsos momentâneos, não teve qualquer influência no desenrolar da partida.
MOMENTO DO JOGO: Minuto 67: falhanço de marcação no lado direito da defensiva do Sintrense. Uma desatenção que custou três pontos ao Sintrense.
HOMEM DO JOGO: ROCHINHA. Provavelmente a melhor exibição que lhe vimos fazer ao serviço do Sintrense.
POSITIVO: A tarde primaveril que se fez sentir na grande Lisboa. Muita gente nas ruas, muito trânsito de e para Sintra, daí que o campo do Loures não registasse uma grande assistência, ao contrário do que, e segundo nos disseram, de assistências em jogos anteriores.
APLAUSOS: Para o fair play da equipa do Sintrense. Já em cima do minuto 90, com a equipa a perder, na procura do golo do empate, atirou a bola para fora para que um jogador do Loures fosse assistido. Um gesto que caiu bem entre toda a assistência.
NEGATIVO: Para a fraca pontaria dos homens do Sintrense. Falta de pontaria e de concentração no momento da verdade. Não fosse isso, e o resultado poderia ter sido totalmente diferente.
Declarações: José Boto (técnico do Loures) Na primeira parte a equipa adversária entrou melhor na partida. O Sintrense vinha aqui com o objectivo de lutar e de levar os três pontos, visto que tem o objectivo de não descer de divisão. È uma equipa boa, bem orientada e que nos complicou a vida, mas penso que a nossa vitória se ajusta perfeitamente. Com a entrada do Daniel demos mais velocidade ao nosso ataque, e rectificámos esse aspecto na segunda parte. Aliás, já na primeira parte a equipa tinha estado bem. Não costumo falar de arbitragens, mas vocês viram, foi uma arbitragem a dar para o fraquinho, nem sempre com a mesma dualidade de critérios.
Alberto Bastos Lopes (técnico do Sintrense): Faltou-nos a sorte que também faz parte do jogo. Sabíamos o quanto o Loures vale a jogar em casa, e na primeira parte fizemos um jogo de muita pressão, e penso que o Loures, a jogar em casa, não criou nenhuma situação de golo. Na única oportunidade de golo que teve na segunda parte, e que nasce de uma desatenção nossa, marca. O que acontece a seguir, são jogadas de contra ataque, porque estávamos em desespero de causa na procura do golo. Penso que não merecíamos ter perdido o jogo. Marca quem ganha, e daí que tenha que dar os parabéns ao Loures, mas repito, o resultado é injusto pelo que a minha equipa fez. Não merecíamos perder este jogo, mas o futebol é isto, e vamos continuar com a nossa luta.




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