A sina (má finalização) do costume


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ESTÁDIO MUNICIPAL DE SANTANA
Espectadores: 100
Temperatura: 16º
ÁRBITRO: Ricardo Lourenço
Assistentes: Nuno Salgado e Pedro Lourenço
AF Portalegre
SANTANA: P.Duarte, Carlos Manuel, Ferdinando, Barreiras, Barreto (cap), Mário Castanho, Daniel ( Lima aos 58m), Pimenta, Victor, Carvalho ( Gonçalo a...ler comentário completo »

A sina (má finalização) do costume


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ESTÁDIO MUNICIPAL DE SANTANA
Espectadores: 100
Temperatura: 16º
ÁRBITRO: Ricardo Lourenço
Assistentes: Nuno Salgado e Pedro Lourenço
AF Portalegre
SANTANA: P.Duarte, Carlos Manuel, Ferdinando, Barreiras, Barreto (cap), Mário Castanho, Daniel ( Lima aos 58m), Pimenta, Victor, Carvalho ( Gonçalo aos 79m), Borges (Rafael Santos aos 67m).
Suplentes não utilizados: Costinha, Carlos e Prioste
Técnico: Manuel Matias
Cartões amarelos: Pimenta 84m, Barreiras 90m
GOLO: Victor aos 26m
SINTRENSE: Paulo (cap), Paulo Silva, Saramago, Tomás , Dinis (Jaco aos 79m), Tomé, Bruno Gomes (Leroy aos 46m), Tony, Nuno Dias, Rochinha (Serginho aos 69m), e Baptista.
Suplentes não utilizados: Ricardo e Andrade.
Técnico: Alberto Bastos Lopes
Disciplina: Cartões amarelos: Paulo Silva 82m, Nuno Dias 90m.
Troféus Sintrense
Disciplina: Leroy 3 pontos, Tomás 2 pontos e Tomé 1 ponto
Arbitragem: 32 pontos
Na última deslocação á Ilha da madeira da presente época, o Sintrense voltou a não ser feliz. E voltou a não ser feliz, porque...não marca os golos necessários para as oportunidades que dispõe ao longo da partida. Em Santana a sina foi a mesma dos últimos jogos, que é como quem diz, a má finalização da equipa no último remate á baliza adversária. E porque é que, constantemente acontecem estes “falhanços” na equipa do Sintrense? Apenas encontramos dois motivos, talvez interligados: a falta de lucidez no momento da verdade, e alguma intranquilidade que a equipa atravessa, face aos lugares pouco habituais que ocupa na tabela classificativa. A complementar o que se disse, basta olhar para os golos marcados pela equipa neste campeonato, que é das menos produtivas, e para os golos sofridos, já que a maior parte das derrotas acontecem sempre pela margem mínima. Em futebol jogado, a equipa não compromete, antes pelo contrário: sabe estar no campo, sabe trocar bem o esférico entre todos os sectores, existe espírito de entre ajuda, existe pressão sobre o adversário, existe preparação física, apenas não existindo...matadores, aqueles que no momento da verdade, empurram a bola para o fundo das redes e dão as necessárias vitórias.
Em Santana, a equipa madeirense chegou ao golo, aos vinte seis minutos, na sequência de um pontapé de canto. Até aí, ainda não tinha chegado á área do guarda-redes Paulo, o que evidencia, a maneira como o Sintrense controlou a partida. Aliás, em todo o jogo, o Santana só por duas vezes criou perigo: aos 26 minutos, quando marcou o golo, e aos 87 minutos quando Pimenta obrigou Paulo a defesa apertada. Aliás, na primeira parte, poucas oportunidades existiram para ambos os conjuntos. Já na segunda parte, as oportunidades surgiram, com a balança dos desperdícios a surgir novamente para o Sintrense. Era necessário dar a volta ao jogo, e a equipa, que já na primeira parte estivera bem no controlo do adversário e da partida, foi á procura do prejuízo, foi á procura de virar o jogo a seu favor. E tudo fez para que isso acontecesse. Logo aos 50 minutos, Tomás, de fora da área, remata forte á figura de Duarte. Quatro minutos depois, em jogada rápida do ataque do Sintrense, Tomás coloca em Dinis, que entra pela direita, e só com o guarda-redes pela frente, atira á figura. Continuava o Sintrense a dominar, a criar jogadas ofensivas, com o Santana na expectativa, e a não importunar Paulo. Aos 60 minutos, é Saramago, que á entrada da área remata forte, á figura do guardião madeirense. Acentuava-se o domínio sintrense na procura do golo. Alberto Bastos Lopes colocava a “carne toda no assador”, e via Tomás, aos 75 minutos, na sequência de um livre, atirar novamente á figura de Duarte. Só dava sintrense, e aos 82 minutos, Nuno Dias faz tudo bem feito, e no último remate, atira por cima da baliza madeirense. Cá com Jaco em campo, o nosso ex-junior remata contra o corpo de Barreiras, já dentro da área do Santana. Estávamos a entrar no tempo de compensações, e o mesmo Jaco, consegue tirar a bola do alcance do guarda-redes madeirense, mas depois, na dobra, Ferdinando atira para canto.
No último lance da partida, e em livre frontal, Tomás remata contra a barreira adversária. Era o último lance do Sintrense e do jogo, numa derrota inglória, face ás oportunidades (mais uma vez) desperdiçadas, e que castigaram novamente a equipa. Não acreditamos em bruxas, mas parece-nos que, e se elas existem, esta equipa do Sintrense deverá marcar uma consulta urgente, com a rainha – bruxa, e dar uma vassourada na mala pata que a persegue neste campeonato.
Quanto ao trio de arbitragem, nada a apontar, já que ajuizou quase sempre em conformidade, apenas nos ficando na dúvida, um lance sobre Leroy aos 76 minutos, sobre a linha limite da grande área adversária. O jogador do Sintrense aparece estatelado, mas o jogo prosseguiu. No golo do Santana, a defensiva do Sintrense, queixa-se de um empurrão de Victor, o marcador do golo do Santana, que assim tirou partido dessa situação.
A equipa do Sintrense está em posição intranquila na tabela classificativa, e torna-se imperioso dar a volta por cima. Os associados e os adeptos do clube têm uma palavra a dizer neste momento menos bom que a equipa atravessa. Essa palavra passa certamente pelo apoio a dar á equipa nos próximos jogos, tanto em casa, como fora. Pensamos que, agora mais do nunca, esta equipa precisa do apoio de todos os sintrenses.
MOMENTO DO JOGO: minuto 26, no golo do Santana. Sem que ninguém o esperasse, a equipa da casa chega ao golo, sem que nada tivesse feito por ele. Um golo, que, deu a vitória ao Santana, e que aproxima esta equipa dos lugares da frente do campeonato.
HOMEM DO JOGO: TOMÁS. Sempre inconformado tentou dar a volta ao jogo, ora em remates á baliza em jogo corrido, ora em livres perto da grande área. Nenhum deles resultou, mas foi quem mais rematou. Para um defesa...está tudo dito.
POSITIVO: Para as estradas de ligação a Santana. Não há muito tempo, era necessário quase uma tarde para chegar ao Norte da Ilha. Agora, da Ribeira Brava até Santana, demoramos pouco de mais de uma hora.
NEGATIVO: Para os cânticos provenientes da claque “Mancha Verde”, afecta á equipa da casa, a roçar o ridículo e aquilo que não se deve dizer, nem fazer nos campos de futebol: promover o racismo. Leroy foi vítima disso mesmo, a partir do momento que entrou em campo. Cada vez que tocava na bola, os impropérios eram bem audíveis.
APLAUSOS: Para o próprio LEROY, que nunca se virou contra aqueles cânticos da claque, daí o prémio do jogador mais disciplinado em campo.
Declarações:
Manuel Matias (técnico do Santana): Foi um jogo bastante difícil, com ambas as equipas a lutarem pela obtenção do melhor resultado. Foi um bom jogo, mas não estou contente com o rendimento que a minha equipa apresentou hoje. Não praticámos o nosso habitual futebol vistoso, nem conseguimos colocar em sentido o nosso adversário, que tudo fez para chegar ao empate. O Sintrense trata-se efectivamente de uma boa equipa, e sinceramente, estou admirado com o lugar que ocupa na classificação, nada condizente com o valor da equipa, pois têm capacidade para muito mais. No entanto, penso que a vitória da minha equipa, é a vitória do suor e da união, e penso que é merecida.
Alberto Bastos Lopes (Técnico do Sintrense): Esta partida faz-me lembrar as últimas que temos feito, ou seja, jogamos bem, dominamos, mas no momento da verdade, falhamos os golos necessários para vencermos as partidas. A equipa está forte, está bem, tem atitude em campo, apenas pecando nesta capítulo da finalização. Hoje fizemos aqui uma pressão constante sobre o adversário, que apenas por duas vezes chegou á nossa área. Não merecíamos esta derrota, continuamos a falhar muito. Vêm aí três jogos consecutivos, onde temos que fazer nove pontos, e tudo vamos fazer para que isso aconteça. Não temos tido a estrelinha da sorte pelo nosso lado, que tem caracterizado os nossos últimos jogos, onde dominamos, criamos situações...mas não conseguimos marcar. Desejo que os associados e adeptos sintrenses, continuem a apoiar cada vez mais esta equipa, que ela bem precisa desse apoio para ultrapassar este momento. A começar já no encontro do próximo domingo, em casa, com o Vialonga.




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