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    Liga dos Campeões 2016/2017
    Grandes jogos

    Barcelona x PSG: Camp Nou é o limite

    Texto por Jorge Ferreira Fernandes
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    Como reagir a uma equipa que precisa de três golos ao minuto 88 para seguir rumo aos quartos da Champions e que consegue o objetivo final? Como reagir a uma reviravolta que entrou diretamente para a história do futebol? Duas perguntas que os adeptos do Barcelona ainda não têm resposta. 

    O que aconteceu a 8 de março de 2017 ficará no coração de todos aqueles que, naquele dia, acompanhavam o Barcelona x PSG em Camp Nou ou pelo televisor. Uma partida emocionante como poucas e com uma das reviravoltas mais improváveis da história da Champions. Aos 88 minutos, os catalães precisavam de três golos...O resto é história. 

    Equilibrado à partida, o duelo entre PSG e Barcelona desde muito cedo se configurou como imprevisível, irracional e recheado de momentos surpreendentes que o melhor apostador não conseguiria adivinhar. O que verdadeiramente impressionou nas duas partidas foi a capacidade das duas formações marcarem golos em catadupa quando do outro lado tinham defesas, em teoria, do melhor que havia na Europa. 

    É certo que já se pressentia um certo fechar de ciclo no Barcelona de Luís Enrique, mas quem poderia pensar que os catalães fossem autenticamente massacrados na cidade de Paris? Porque foi mesmo isso que aconteceu. O 4x0 não foi um acaso, não foi consequência de uma noite em que a finalização esteve no ponto, virou sim realidade porque os franceses foram melhores, muito melhores do que o adversário, banalizando-o até ao limite e castigando-o de todas as formas. 

     

    EM Paris, tudo parecia consumado @Getty / Clive Rose
    O que se colocava perante o Barcelona na segunda-mão era um desafio em pêras. O PSG já era uma grande equipa, recheada de estrelas, e fazer, pelo menos, quatro golos sem resposta era uma tarefa praticamente hercúlea, mesmo para quem contava com algumas das grandes referências do futebol internacional e com o trio MSN - Messi, Suárez e Neymar. 

    Até à hora de jogo, o Barcelona fez aquilo que lhe competia e muito mais ainda. Dominou por completo o adversário, criou inúmeras oportunidades, obrigou a defesa do PSG a cometer erros e, até, a fazer autogolos. Afinal, a reviravolta era possível e quando Messi fez o terceiro, de grande penalidade, o resultado espelhava na perfeição aquilo que se passava. Era, isso mesmo, um espelho da primeira-mão, mas, desta vez, quem comandava era o conjunto catalão. 

    Ainda Camp Nou tentava dar ainda mais força à sua equipa e já o PSG, praticamente, fechava a eliminatória. Cavani, numa bela finalização, deixava os quartos da Champions escancarados para o crónico campeão francês. Seriam precisos três golos em 25 minutos. Seria preciso, basicamente, depois da quebra emocional, repetir aquilo que tinha sido feito na primeira hora de jogo...mas em muito menos tempo. 

    Neymar esteve brilhante @Getty / Laurence Griffiths
    Apareceu, então, Neymar para ser o salvador. Numa noite em que Messi até esteve relativamente apagado, o brasileiro guardou o protagonismo para os últimos minutos. Fez um golaço de livre aos 88, converteu uma grande penalidade aos 90 e deixou a passagem a um golo. Seriam os descontos mais longos da história do PSG, por certo. 

    Por esta altura, a equipa de Emery já não conseguia jogar futebol, queria apenas atirar a bola o mais longe possível da sua própria baliza. A atitude mais cautelosa não valeu de nada e, na última jogada do encontro, o mesmo Neymar ofereceu de bandeja o golo a Sergi Roberto, que, em esforço, conseguiu tocar para as redes do PSG. A euforia instalava-se e ninguém queria acreditar no que estava a acontecer. Reviravoltas destas aparecem de 100 em 100 anos...

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    Julian Draxler, Rafinha

    Comentários

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    motivo:
    Barcelona - PSG
    2020-11-06 09h58m por redlegion
    Foi um escândalo e um roubo. E pior do que isto, é todo este folclore sobre este jogo, em que fazem desta vergonha uma vitória extraordinária do Barcelona, quando na realidade devia entrar para a história de como não apitar uma partida de Champions e como se beneficia uma equipa à descarada
    jogos históricos
    U Quarta, 08 Março 2017 - 19:45
    Camp Nou
    Deniz Aytekin
    6-1
    Luis Suárez 3'
    Lionel Messi 50' (g.p.)
    Neymar Jr. 88' 90' (g.p.)
    Sergi Roberto 90'
    Layvin Kurzawa 40' (p.b.)
    Edinson Cavani 62'
    Estádio
    Camp Nou
    Camp Nou
    Espanha
    Barcelona
    Lotação99354
    Medidas105x68
    Inauguração1957