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Totò Schillaci: o Matador de Palermo

Texto por João Pedro Silveira
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Um pouco à imagem de Rossi em 1982, Schillaci fora contratado pela Juventus menos de um ano antes do mundial. Totò, como era conhecido no Messina, em memória do grande actor cómico italiano dos anos 40 e 50, era um jogador mediano que apenas por uma vez tinha vestido a maglia azzurra antes do Itália 90.

Foi uma aposta do selecionador Azeglio Vicini que inicialmente contava com ele para fazer o papel de segunda linha, sentado no banco para o que desse e viesse, enquanto no onze brilhavam os consagrados Carnevale e Vialli.

Mas no jogo da estreia, após grandes dificuldades, a Itália só furaria a muralha austríaca quando Schillaci entrou para marcar o único golo do jogo. No segundo jogo, na vitória por 1x0 sobre os Estados Unidos, voltou a entrar já na segunda parte, mas desta vez ficou em branco.

Seria na última partida, com a Itália já apurada, que Vicini colocou em campo as segundas escolhas e Schillaci aproveitou e marcou mais um golo.

A partir desse momento ganhou a titularidade e nunca mais a perdeu. Tornou-se sinónimo de golo e o herói da torcida e dos jornais italianos.

Nos oitavos contra Uruguai, vitória por 2x0, marcou mais um golo; seguiu-se a Irlanda e outro golo, e a Itália chegava às meias finais com quatro golos do siciliano. 

Nas meias-finais, em Nápoles, contra a Argentina de Maradona, os italianos encontraram-se na estranha situação de se sentirem a jogar fora de casa. O jogo foi intenso e só seria decidido no desempate através de grandes penalidades, onde os sul-americanos levaram a melhor. Mas apesar de eliminados após empate (1x1) no tempo regulamentar, o jogo não correu mal a Schillaci e quase é escusado mencionar o autor do golo transalpino...

Se lhe juntarmos o golo marcado contra a Inglaterra no jogo de consolação para atribuição do terceiro logo, contamos seis golos no total que lhe valeram o título de melhor marcador da prova. Entre 31 de março de 1990, num amigável contra a Suíça ainda antes do mundial e o 25 de setembro no ano seguinte, Totò efetuou, ao todo, dezasseis partidas com a camisola da Squaddra Azzurra.

Depois do Mundial saiu da ribalta tão rápido como tinha entrado e só voltaria a marcar mais um golo com a mítica camisola azul, mas ninguém esquece mais os golos que quase levaram a Itália a jogar a final do Mundial na sua eterna Roma.

Se por uma noite não tivessem que ir jogar «fora»... talvez hoje falássemos do tetra-campeonato italiano de 1990, e Schillaci seria um novo Paolo Rossi.

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Totò Schillaci
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