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    Pierre Littbarski: O Artista

    Texto por João Pedro Silveira
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    A camisola branca da Mannschaft com o número 7, o cabelo grande com o icónico mullet à MacGyver, o rosto imberbe, o ar franzino, a velocidade e o primoroso domínio da bola, eis as imagens de marca de Pierre Littbarski, grande estrela do futebol alemão e do Köln, clube que representou ao longo de 14 épocas, com um interregno de pouco mais de um ano em Paris, ao serviço do Matra Racing. 

    Nome grande do futebol alemão

    Pierre Michael Littbarski nasceu em Berlim Ocidental, na R.F.A. a 16 de abril de 1960. Litti, como era conhecido, é um dos grandes símbolos do futebol germânico nos anos 80, estrela do Köln, campeão do Mundo em 1990, o seu futebol de filigrana, a arte de driblar os adversários, o seu conhecido sentido de humor, tudo ajudou a criar a sua fama, que fizeram com que se tornasse num dos mais adorados jogadores alemães do seu tempo.

    Pelos descampados, ruas e pátios da Europa nos anos 80, da Alemanha a Portugal, muitos eram os miúdos que queriam emular o grande craque da seleção alemã. A sua carreira está umbilicalmente ligada ao 1. FC Köln. A equipa de Colónia era uma das mais fortes do futebol alemão no fim dos anos 70, começo dos anos 80. Campeões em 1977/78, os Geißböcke contavam com alguns dos nomes mais sonantes da Bundesliga como o guarda-redes Harald Schumacher, o goleador Dieter Müller e a máquina dinamarquesa que dava pelo nome de Preben Elkjær-Larsen.

    Pierre Littbarski juntou-se a essa grande equipa onde ao longo dos anos jogaria ao lado de jogadores da valia de Klaus Allofs, Bernd Schuster, Klaus Fischer, Uwe Bein, Bodo Ilgner, Thomas Häßler, Paul Steiner...

    Todavia, apesar da qualidade dos nomes que vestiram de branco e vermelho, o Colónia não conquistou muitos troféus durante a década de 80. 

    Os anos passados em Colónia resumiram-se a uma Taça da Alemanha 1982/83 e a uma presença na final da Taça UEFA em 1985/86. Os grandes feitos da carreira de Litti foram conseguidos ao serviço da Nationalelf, com que jogou três fases finais do Campeonato do Mundo (1982, 1986 e 1990), conquistando o tão almejado título na terceira tentativa, depois de te se ter contentado com a prata em 1982 e 1986. 

    Jovem prodígio
     
    Littbarski ganhou a primeira internacionalização a 14 de outubro de 1981 frente à Áustria em jogo da qualificação para o Espanha 82. Jupp Derwall convocou o jovem do Köln, lançando-o ao lado de Fischer e de Karl-Heinz Rummenigge num tridente de respeito. No Prater em Viena, Littbarski apontou dois dos três golos da Alemanha Federal, começando da melhor maneira o seu historial com a Mannschaft.
     
    Antes de chegar à equipa A, Litt brilhara nas esperanças, apontando 18 golos em 21 jogos, ganhando a reputação de goleador que Derwall pode confirmar nos jogos seguintes. 
     
    No mundial de Espanha marcaria dois golos. O primeiro à Espanha num jogo da segunda fase e o segundo na meia-final contra a França em Sevilha no empate a três bolas, marcando depois uma das grandes penalidades que qualificaram os alemães para o grande jogo de Madrid.

    Na final jogo os 90 minutos, mas tal como a equipa, não esteve à altura da situação. A Itália venceria por 3x1 e Litt só se destacou pelo amarelo recebido a dois minutos do fim. 
     
    O Euro 84 seria uma desilusão, com a R.F.A. a ser eliminada na primeira fase, ficando atrás de espanhóis e portugueses, mas no mundial de 1986 no México, os alemães voltam a estar à altura dos seus pergaminhos e chegaram à final. Littbarski não brilhou como em Espanha, assistindo à meia-final e À final do banco. O resultado seria o mesmo que em Espanha, com os alemães a perderem a final (2x3), desta feita contra a Argentina de Maradona.
     
    Finalmente Campeão do Mundo 
     
    Em 1988 o Euro realizou-se na Alemanha Ocidental o que levou a equipa alemã a sonhar com a conquista do título que já vencera em 1972 e 1990, contudo Gullit, Van Basten, Rijkaard e companhia levaram a melhor na meia-final e avançaram para a final de Munique que venceriam por 2x0.
     
    A coroação da Alemanha e de Littbarski só chegaria dois anos depois na Itália, com a Mannschaft a chegar à terceira final seguida. Littbarski só apontou um golo na prova, no empate com a Colômbia (1x1) ainda na fase de grupos. O jogo da final foi muito equilibrado, com a Alemanha a tentar pegar na partida e a Argentina segura a defender-se. A muralha defensiva sul-americana só foi desmontada quando Rudi Völler foi derrubado a sete minutos dos 90. Da linha de onze metros Andreas Brehme não perdoou e R.F.A. era tricampeã mundial. 
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    Pierre Littbarski (GER)
    Pierre Littbarski (GER)

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