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Quando instado a comentar o penálti de Panenka, Pelé gracejou, afirmando que para se marcar um golo assim, o homem só podia ser um génio ou um louco. Não há registos psiquiátricos que considerem válida a segunda hipótese, e em abono da verdade também será difícil considerar o jogador checo como um génio. Mas afinal de contas, o que define um génio?
O que não há dúvidas é que o penálti de Panenka passou à história. Há um antes e um depois de Panenka, no que toca à marcação de grandes penalidades.
Zidane imitou-o no início da final do mundial de 2006; o italiano Totti sempre adorou fazer "La Panenka"; Hélder Postiga arriscou a eliminação de Portugal no Euro 2004, mas não resistiu a fazer uma «Panenka» a David James...
Uma parábola de mestre
No Euro 1976 , o médio do Bohemians de Praga, teve nos pés a resolução de uma final que teimava em ficar resolvida. Depois do falhanço de Uli Hoeness, Panenka picou a bola num movimento suave, que os geómetras denominariam de uma parábola vertical, deixando o lendário Sepp Maier caído no chão, a seguir a trajetória da bola para o golo, apenas com o olhar...
Numa prova onde se destacaram o médio Ondruš, o guarda-redes checoslovaco Viktor e o alemão Dietmer Müller, coube a Panenka o golo decisivo, o primeiro penálti que decidiu uma final de uma grande competição.
Tivesse sido um remate normal, num outro jogo de uma outra edição e Panenka passaria ao lado da história, sem deixar uma marca. Mas Panenka cunhou uma forma de marcar grandes penalidades, foi o responsável pelo primeiro (e único) título da Checoslováquia em grandes competições, e por muito menos, tantos conquistaram a imortalidade...