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    Al Nassr

    Texto por Francisco Paulo Carvalho
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    Nascido na década de 50, em 1955, o Al Nassr foi fundado por Zeid Bin Mutlaq Al-Ja'ba Al-Dewish Al-Mutairi, que, juntamente com os irmãos Al-Ja'ba, Ali e Issa Al-Owais começaram a trabalhar no seu novo clube em Gashlat Al-Shortah, a oeste de Al-Fotah Garden, onde havia um pequeno campo de futebol e uma pequena sala para guardar bolas e camisolas.

    Por cinco anos, funcionou como amador, mas em 1960 foi adquirido pelo príncipe Abdul Rahman bin Saud Al Saud e rapidamente chegou à primeira divisão da Arábia Saudita, em 1963, e aos títulos. Entre 1970 e 1980, o Al Nassr começou a ganhar nome a nível interno, conquistando quatro campeonatos, seis Taças do Rei, três Taças do Príncipe Herdeiro e três Taças da Federação. Majed Abdullah - jogador com mais jogos e golos na história do clube -, Fahd Al-Herafy e Mohaisn Al-Jam'aan, o «Trio de Ouro Saudita», eram as principais figuras.

    A nível interno, o Al Nassr batalhou arduamente com o rival da cidade Al Hilal, além do também vizinho Al-Shabab na década de 90, o Al-Ahli Jeddah, o Al Ittihad - que teve o seu apogeu no final do século XX - e, a espaços, o Al Ettifaq, demonstrando a grande competitividade que havia naquele país. A nível internacional, o Al Nassr começou a expandir-se na década de 90, altura em que conquistou duas Ligas dos Campeões GCC (disputada entre clubes da península arábica), uma Taça dos Vencedores das Taças da Ásia e uma Supertaça da Ásia.

    Enquanto campeão asiático em 1998/99, teve a oportunidade de representar a AFC (Confederação Asiática de Futebol) pela primeira vez no Mundial de Clubes no ano 2000, no Brasil, onde caiu numa fase de grupos onde defrontou o Raja Casablanca, de Marrocos, o Real Madrid, de Espanha, e o Corinthians, do Brasil, que venceria mesmo a prova (nos penáltis com o Vasco da Gama).

    Rui Vitória foi o último técnico campeão pelo AL Nassr @Al Nassr
    O fim de carreira do «Trio de Ouro Saudita» levou a que o clube desaparecesse um pouco da ribalta no arranque do século XXI - esteve perto de descer de divisão em 2006/07 - e apenas esporadicamente foi adicionando novos troféus ao seu palmarés. Esse cenário começou a mudar na década de 2010, mas isso também coincidiu com o apogeu do rival Al Hilal, que se foi reforçando com o título de maior potência daquele país, ao ponto de ter conquistado a Liga dos Campeões asiática em 2019 e 2021, esta última sob o comando de Leonardo Jardim, algo que o Al Nassr não conseguiu até aos dias de hoje.

    Os últimos títulos conquistados pelo Al Nassr foram o campeonato saudita em 2018/19, interrompendo o Al Hilal, e a Supertaça asiática no ano seguinte, ambos sob a batuta do português Rui Vitória, que assumiu o comando da equipa a meio da temporada, já depois do compatriota Hélder Cristóvão ter assumido o papel de treinador interino brevemente.

    A chegada de Ronaldo

    Depois de falhar a conquista de mais títulos em 2019/20 e de um mau arranque de época em 2020/21, Rui Vitória acabaria por deixar o emblema saudita e este esteve afastado das luzes da ribalta por um par de anos, mas tudo mudou no final do ano de 2022, onde se deu talvez o acontecimento mais importante da história do futebol saudita.

    Ronaldo mudou o futebol saudita @@AlNassrFC
    Cerca de um mês depois de ter rescindido com o Manchester United, em pleno Mundial 2022, Cristiano Ronaldo foi anunciado como reforço do Al Nassr, assinando o maior contrato da história do futebol - cerca de 200 milhões de euros anuais, 500 milhões nos dois anos e meio vigentes no contrato - e passando a ser o porta-estandarte e maior figura da liga saudita.

    De resto, o internacional português foi visto como uma aposta clara do clube e do país de reforçar a sua cultura futebolística e abrir as suas portas para o exterior, com o intuito de reforçar a sua candidatura ao Mundial 2030.

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