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    Ronaldinho Gaúcho: O Rei do Drible

    Texto por Vasco Sousa
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    Ronaldinho Gaúcho é um dos maiores jogadores de sempre. Dono de uma capacidade técnica (bem) incrível, nos seus melhores momentos da carreira entusiasmou os adeptos de todo o Mundo. Esta é a história de um dos mais talentosos e vitoriosos jogadores de todos os tempos.

    O início da carreira e a chegada à Seleção

    Nascido em Porto Alegre em 1980, desde cedo o jovem Ronaldo de Assis Moreira mostrou uma habilidade acima da média com a bola nos pés, tendo aos sete anos começado a jogar nas escolas do Grêmio, uma das maiores equipas brasileiras.

    Irmão de um jogador de futebol (Assis), Ronaldinho identificou como ídolos jogadores como Zico, Rivelino, Maradona ou Pelé, que tinham em comum uma qualidade técnica e visão de jogo notáveis.

    Aos 17 anos, Ronaldinho fez a estreia como profissional, num jogo do Grêmio na Libertadores, pouco depois de ter conquistado o seu primeiro grande título, o Campeonato do Mundo de Sub 17.

    O seu talento era inegável e facilmente ganhou a titularidade no clube de Porto Alegre, tornando-se ídolo dos adeptos do clube. A sua qualidade era tanta que aos 19 anos estreou-se pela Seleção Brasileira, criando de imediato impacto, conquistando a Copa América (marcando um golaço à Venezuela na estreia na competição) e participando na Taça das Confederações.

    De repente, os clubes mais ricos do Mundo ficaram atentos ao jovem de dentes grandes que espalhava magia pelos relvados sul-americanos, acabando por assinar pelo PSG, numa transferência polémica, já que o Grêmio não o queria vender, o que levou a uma batalha judicial, ficando Ronaldinho sem jogar durante mais de meio ano.

    Resolvidos os problemas da transferência, Ronaldinho rapidamente encantou as bancadas do Parque dos Princípes, mas não se pode dizer que tenha sido totalmente feliz em Paris: teve problemas com o treinador Louis Fernandez, que o acusava de não ter um comportamento 100% profissional, com várias noitadas que prejudicavam o seu rendimento em campo.

    Campeão mundial na Ásia

    Apesar de algumas críticas que sofria, Ronaldinho era intocável para Scolari, o selecionador brasileiro. Com a camisola 11 nas costas, formou com Rivaldo e Ronaldo um tridente para a história, ajudando o Brasil a conquistar o penta, no Mundial da Coreia do Sul e do Japão. Na memória fica o jogo dos quartos de final frente à Inglaterra, em que Ronaldinho faz tudo: a assistência para o golo de Rivaldo, o golo da vitória num livre direto que enganou Seaman e acabou expulso. Falhou assim o jogo frente à Turquia, das meias-finais, mas esteve no onze da final, diante da Alemanha.

    O Mundial 2002 colocou Ronaldinho no topo do Mundo, mas acabou por continuar, de forma surpreendente, no PSG mais uma temporada. Contudo, em 2003, pediu para abandonar o clube parisiense, uma vez que não tinha conquistado qualquer título nas duas épocas ali passadas.

    O encantador da Catalunha

    Assinou então pelo Barcelona, onde viveu os melhores momentos da carreira. Logo no seu primeiro jogo no Camp Nou, marcou um golo fantástico frente ao Sevilla e logo conquistou os adeptos da equipa Culé.

    Se na primeira época em Espanha não conquistou títulos, em 2004/05 a história foi diferente, sagrando-se campeão espanhol e fazendo exibições portentosas. Apesar da eliminação precoce do Barça na Champions, o brasileiro brilhou na competição, com dois golos frente ao Chelsea, um deles um dos melhores da história da prova.

    Em 2005/06, Ronaldinho fez a melhor época da carreira. Golos, assistências, técnica e alegria no campo que culminaram com novo título de campeão espanhol e a conquista da Liga dos Campeões. Essa época ficaria lembrada para sempre pelo show do brasileiro diante do Real Madrid, em pleno Santiago Bernabéu. Marcou dois golaços em jogadas individuais e foi aplaudido de pé pelos adeptos da equipa merengue, grande rival do Barcelona. Haverá reconhecimento maior na história do futebol?

    Após a excelente temporada, Ronaldinho era visto como o maior craque a participar no Mundial 2006, na Alemanha. Afinal, havia sido considerado o Melhor Jogador do Mundo pela FIFA nos dois anos anteriores e era considerado quase que imparável pelos adversários.

    O Brasil chegava à Alemanha como o grande candidato ao título. Um ano antes, havia conquistado a Taça das Confederações demonstrando uma grande superioridade sobre os adversários e reunia um grupo de jogadores fantásticos, com destaque para o quarteto atacante: Ronaldinho, Kaká, Ronaldo e Adriano prometiam golos e muita qualidade. Mas a realidade foi bem diferente: o Brasil caiu nos quartos de final do torneio aos pés da França e o seu número 10 passou como que despercebido na competição.

    Depois de mais uma excelente época em 2006/07, mas sem títulos relevantes, Ronaldinho viveu uma temporada de 2007/08 apagada, com lesões e críticas ao seu comportamento extra profissional, acabando por abandonar Espanha e rumar ao Milan.

    Esteve dois anos e meio em Itália onde, apesar de alguns bons momentos, não impressionou tanto quanto se esperava, falhando a presença no Mundial 2010 por opção de Dunga.

    A Libertadores e o final da carreira

    Depois de ter perdido a titularidade no Milan, Ronaldinho voltou ao Brasil, assinando no início de 2011 pelo Flamengo, que trocou pelo Atlético Mineiro no ano seguinte. No clube de Minas Gerais, voltou aos grandes palcos, conquistando a Libertadores, o título que lhe faltava.

    Passou ainda pelo Querétaro e a sua chegada entusiasmou os adeptos mexicanos. Nem um ano esteve no México, voltando para o Brasil, representando o Fluminense, mas sem sucesso.

    Pouco mais de dois anos depois, sem ter atuado em nenhum clube, o seu irmão anunciou o que já há muito se sabia: Ronaldinho tinha posto um ponto final na carreira.

    Campeão do Mundo, Melhor Jogador do Mundo, vencedor da Champions e da Libertadores: nenhum jogador tem o currículo de Ronaldinho. Jogador genial que marcou o início do Século XXI, deixou ainda assim a sensação que podia ter atingido um estatuto ainda maior: imagine-se que repetia mais vezes as excecionais exibições que teve entre os anos de 2004 de 2006 e poderíamos estar a falar do melhor jogador de futebol de toda a história... 

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    Ronaldinho Gaúcho (BRA)
    Ronaldinho Gaúcho (BRA)
    Comentários (4)
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    motivo:
    Grande R10
    2019-03-21 20h31m por FIFAforever_returns2
    possivelmente o melhor driblador de sempre. . . difícil dizer. . . já houveram tantos e tao bons. . . R9 o fenómeno, Ronaldinho Gaucho, Kaka, CR7 dos tempos do Manchester United e primeiras épocas de Real Madrid, Messi, Neymar, etc etc.
    Messi por exemplo é o jogador que mais dribles completos contabiliza, normalmente. . . mas isso deve se ao facto de também ser o que mais tenta. . . ele perde muitas bolas, tem alturas em que chega a perder cerca de 20 bolas por jogo. . . enquanto...ler comentário completo »
    Ui o que foi fazer o ZeroZero
    2019-03-21 20h06m por FIFAforever_returns2
    Ronaldinho, rei do drible. . . as messinetas já nem dormem hoje de raiva, ahahahahahahah
    Pois, e acho bem, o melhor driblador, não deve ser o que mais dribla, mas o que melhor dribla ! e R10 foi sem duvida um dos melhores! difícil dizer quem foi o melhor de sempre. . . Messi é o jogador que mais dribles completa, so que é também o que mais tenta, e o que mais bolas perde. . . R10 raramente era desarmada no seu auge, Messi tem alturas em que perde 20 bolas por partida. . . mas com...ler comentário completo »
    Dos melhores
    2019-03-21 14h26m por Lewisfcp
    Que vi jogar. .
    Juntamente com Ronaldo Fenomeno o qu me dava mais prazer ver. .
    De resto a selecçao brasileira era qq coisa com Kaka, Rivaldo, Ronaldinho, Ronaldo e Adriano. . Meu Deus e ainda co existiram com Cafú, R. Carlos, Maicon. .
    Era surreal , verdadeiras maquinas , dos melhores do Mundo de sempre nas diferentes posiçoes. .
    Enorme jogador, mas. . .
    2019-03-21 13h41m por tcb9277
    . . . tal como diz no artigo, acabou por não durar muito o auge da sua carreira.

    Ronaldinho era o melhor entre 2004 e 2006, teve 3 anos de enorme protagonismo.

    Mas será difícil ultrapassar Messi e Cristiano Ronaldo, que se mantém no topo desde 2007/2008, algo inacreditável, tendo em conta que já estamos em 2019.