Pela segunda vez o Benfica de Eriksson batia o renovado FC Porto de Pinto da Costa, mas nas Antas, continuava-se a trabalhar afincadamente para se pôr cobro ao domínio benfiquista e criar uma nova ordem no futebol nacional, com o centro de poder a deslocar-se para norte.
Depois de conquistar o título no ano da estreia, o treinador sueco fez uma alteração cirúrgica no plantel, trocando o brasileiro César pelo dinamarquês Michael Manniche, goleador que deixaria tal marca em Portugal que muitos portugueses - jogadores e não jogadores- passariam a usar o seu nome como alcunha.
Numa altura em que só podiam jogar três estrangeiro no Campeonato Nacional, o olho clínico de Eriksson fazia toda a diferença. Mais a norte, nas Antas, os portistas apostavam no trio Mariano (Cabo Verde), o guineense Bobó (esse mesmo que jogaria depois no rival Boavista) e o irlandês Mike Walsh, para as três vagas estrangeiras, enquanto em Alvalade, João Rocha abria os cordões à bolsa para o Sporting contar com o búlgaro Kostov, o jugoslavo Boskovic e o inglês Roger Wylde.
Talvez não seja de admirar que o Benfica tenha conquistado mais um campeonato com facilidade, batendo o Porto por três pontos e o Sporting por dez, mas os tempos de ventura e bonança benfiquista estavam a chegar ao fim...