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Esta é a história de como um jovem e - quase desconhecido - russo que liderou uma revolução por uma causa que tantos davam por perdida contra um adversário melhor apetrechado e que o mundo inteiro previa como vencedor. Não, não falamos de Vladimir Ilyich Ulyanov, mais conhecido por Lenine, líder da Revolução Bolchevique de 1917. Recordamos antes a história da Rússia liderada por Andrei Arshavin e da épica vitória sobre a Holanda de Marco van Basten, a máquina demolidora que prometia conquistar o Euro 2008.
A máquina holandesa
A Holanda chegara ao Europeu da Áustria e da Suíça tentando recuperar da má imagem deixada no Mundial de 2006. Num grupo apelidado da morte, começou em grande estilo, esmagando a Campeã Mundial Itália com um claro 3x0. Seguiu-se uma goleada sobre a vice-campeã França (4x1) e a confirmação do domínio incontestável do grupo com uma vitória por 2x0 sobre a Roménia.
Os quartos-de-final seriam apenas um pró-forma para o embate esperado por todos: contra a Espanha de Xavi e companhia nas meias-finais. Do outro lado estava a Rússia que, desde do fim da União Soviética, nunca conseguira ultrapassar a primeira fase de uma grande competição, acumulando frustração atrás de frustração.
Uma Rússia com toque laranja
A jogar em território austríaco, a Rússia começara com uma pesada derrota às mãos da toda poderosa Espanha (4x1) e entretanto vencera a Grécia - campeã em título - com um golo solitário de Zyryanov.
Ao terceiro jogo, no tira-teimas com os suecos, e finalmente podendo contar com Arshavin, os comandados de Guus Hidink venceram por 2x0, devolvendo o orgulho à «Mãe Rússia» e lançando, para os quartos de final, uma equipa revoltada com a imprensa internacional e russa que não lhes augurava um futuro risonho...
Um jogo intenso e uma Rússia de classe
Hiddink estudara bem a seleção dos seus compatriotas, e a primeira parte mostrou que a sua equipa sabia bem a lição, não dando espaços à Laranja Mecânica.
Com um ligeiro ascendente russo, a Holanda só perto do intervalo reagiu. Mas o primeiro golo só viria na segunda parte, por intermédio de Pavlyuchenko, que deu o melhor seguimento ao cruzamento milimétrico de Semak.
A Rússia não dava espaço para os holandeses pensarem o jogo, e atacavam rapidamente ameaçando sempre a baliza de Edwin van der Sar.
Já perto do fim, um livre de Sneijder levou a bola à cabeça de van Nistelrooy, que fez o que sempre soube e restabeleceu a igualdade.Arshavin empurra a Holanda para fora da prova
Seguiram-se 30 minutos de pura classe russa, com Arshavin a pegar na batuta da grande orquestra de Hiddink. Como nos grandes bailados russos, havia um solista de primeira categoria, e o número dez russo, nascido em Leninegrado - actual São Petersburgo - deslizou pelo relvado do St. Jakob Park de Basileia, enchendo o campo e criando inúmeras oportunidades que o guarda-redes holandês e a barra iam evitando.
No segundo tempo, Torbinski levou a melhor sobre van der Sar, empurrando com um vólei para o fundo das redes, o centro magistral de Arshavin. Quatro minutos depois, foi o próprio líder da revolta que pegou na bola e selou o destino final da partida. A revolução estava efetuada, a Holanda estava deposta e a Rússia era agora a grande sensação da competição.
Um jogo intenso
Hiddink estudara bem a seleção dos seus compatriotas e a primeira parte mostrou que a sua equipa sabia bem a lição, não dando espaços à Laranja Mecânica. Nas bancadas, um mar laranja cercava os russos que se encontravam em clara minoria. Todos pensavam estar preparados para mais uma magistral vitória holandesa, ainda para mais depois de van Basten ter descansado a equipa no jogo contra a Roménia.
Com um ligeiro ascendente russo, a Holanda só perto do intervalo reagiu. Mas o primeiro golo só viria na segunda parte por intermédio de Pavlyuchenko, avançado que deu o melhor seguimento ao cruzamento milimétrico de Semak.
A Rússia não dava espaço para os holandeses pensarem o jogo e atacava rapidamente ameaçando sempre a baliza de Edwin van der Sar.
Já perto do fim, um livre de Sneijder levou a bola à cabeça de van Nistelrooy que fez o que sempre soube e restabeleceu a igualdade.
Magistral exibição do dez russo
Após o término do tempo regulamentar seguiram-se 30 minutos de pura classe russa, com Arshavin a pegar na batuta da grande orquestra de Hiddink. Como nos grandes bailados russos havia um solista de primeira categoria e o número 10 russo, nascido em Leninegrado - actual São Petersburgo -, chamou a si o papel, deslizando pelo relvado do St. Jakob Park de Basileia, enchendo o campo e criando inúmeras oportunidades que o guarda-redes holandês e a barra iam evitando.
No segundo tempo, Torbinski levou a melhor sobre van der Sar, empurrando, com um «vólei» para o fundo das redes, um centro magistral de Arshavin. Quatro minutos depois, foi o próprio líder da revolta que pegou na bola e selou o destino final da partida. A revolução estava efetuada, a Holanda estava deposta e a Rússia passava a ser a grande sensação da competição.