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    A Tasca do Silva
    Paulo Silva
    2021/04/14
    E0
    A Tasca do Silva é o espaço de opinião sobre e à volta do FCP, dinamizado por Paulo Silva, um dos podcasters responsáveis por A Culpa é do Cavani, o podcast de referência do universo portista.
    O FCP foi de vela da Champions. Esta é a triste realidade, sem adornos, eufemismos ou paninhos quentes. Antes estávamos lá, agora já não estamos e pouco importa se outros saíram mais cedo ou nem sabem muito bem onde é esse bicho da UEFA Champions League. Diz que é lá para o estrangeiro.
     
    Este é um traço do Portismo: mimimimi o orgulho, rebéubéu cair de pé, a gente conhece os clichês todos e até os conseguimos repetir muito direitinhos, bem ensaiados, a uma só voz, tem dias que até parecemos o Coro de Santo Amaro a abrir o Sequim d’Ouro. Como se vocês fizessem ideia do que isso seja.
     
    A verdade é que o que nos sobra é uma azia do caraças. Perdemos, fomos eliminados e já não vamos ganhar esta taça. Não há maneira de nos habituarmos a isso, nem de, no intimo, nos sentirmos consolados de alguma maneira. Para bem, ganhava o Porto. Isso é que era bonito e nos deixava orgulhosamente de pé. No sentido que agora mais vos aprouver dar.
     
    Ainda mais do que detestar perder, seja da maneira que for, também é caracteristica do Portismo esta coisa de não nos deixarmos comer por lorpas. Vamos lá ver, caros senhores, no conjunto dos dois jogos contra o Chelsea, o FCP podia muito bem ter passado. Foi assim para o equilibrado, decidido em detalhes, uma falha atrás, uma ocasião perdida à frente, um empurrão pouco intenso na área, um amarelo por mostrar. E era acessível, como vou lendo e ouvindo desde ontem. E não é pouco, é bastante até.
     
    O que me parece que passa despercebido, até a alguns de nós, é a dimensão disto de fazer o Chelsea parecer acessível. A enormidade que é o FCP ser capaz de competir nesta fase, a este nível. Enquanto os senhores da televisão enchem a boca com “acessível”, nós devíamos pensar na coincidência de Juventus e Chelsea parecerem “acessíveis”. Sim, isso, a Juve que foi primeira no grupo do Barcelona; o Chelsea que venceu o seu grupo e despachou o Atlético de Madrid, líder de La Liga, com duas vitórias e zero golos sofridos. Esse “acessível”.
     
    O feito assinalável de Sérgio Conceição e da sua equipa, muito mais do que o percurso - que é evidentemente excelente - é o facto de todos termos a sensação de que podia ter continuado. Achar que o Chelsea, como a Juventus, era acessível, é reconhecer a excelência do trabalho da nossa gente. Obrigado a todos os que, as mais das vezes com a intenção contrária, o têm feito desde ontem.
     
    No fim do dia, Rennie. Porque não passa o refluxo gastroesofágico. Havíamos de ter ganho por três. E voltaremos para o ano, para acertar estas contas.
    No fim do dia, Rennie. Porque não passa o refluxo gastroesofágico. Havíamos de ter ganho por três. E voltaremos para o ano, para acertar estas contas.O FCP foi de vela da Champions. Esta a triste realidade, sem adornos, eufemismos ou paninhos quentes. Antes estávamos lá, agora já não estamos e pouco importa se outros saíram mais cedo ou nem sabem muito bem onde esse bicho da UEFA Champions League. Diz que é lá para o estrangeiro.
     
     
     
    Este é um traço do Portismo: mimimimi o orgulho, rebéubéu cair de pé, a gente conhece os clichês todos e até os conseguimos repetir muito direitinhos, bem ensaiados, a uma só voz, tem dias que até parecemos o Coro de Santo Amaro a abrir o Sequim d’Ouro. Como se vocês fizessem ideia do que isso seja.
     
     
     
    A verdade é que o que nos sobra é uma azia do caraças. Perdemos, fomos eliminados e já não vamos ganhar esta taça. Não há maneira de nos habituarmos a isso, nem de, no intimo, nos sentirmos consolados de alguma maneira. Pra bem, ganhava o Porto. Isso é que era bonito e nos deixava orgulhosamente de pé. No sentido que agora mais vos aprouver dar.
     
     
     
    Ainda mais do que detestar perder, seja da maneira que for, também é caracteristica do Portismo esta coisa de não nos deixarmos comer por lorpas. Vamos lá ver, caros senhores, no conjunto dos dois jogos contra o Chelsea, o FCP podia muito bem ter passado. Foi assim para o equilibrado, decidido em detalhes, uma falha atrás, uma ocasião perdida à frente, um empurrão pouco intenso na área, um amarelo por mostrar. E era acessível, como vou lendo e ouvindo desde ontem. E não é pouco, é bastante até.
     
     
     
    O que me parece que passa despercebido, até a alguns de nós, é a dimensão disto de fazer o Chelsea parecer acessível. A enormidade que é o FCP ser capaz de competir nesta fase, a este nível. Enquanto os senhores da televisão enchem a boca com “acessível”, nós devíamos pensar na coincidência de Juventus e Chelsea parecerem “acessíveis”. Sim, isso, a Juve que foi primeiro no grupo do Barcelona; o Chelsea que venceu o seu grupo e despachou o Atlético de Madrid, líder de La Liga, com duas vitórias e zero golos sofridos. Esse “acessível”.
     
     
     
    O feito assinalável de Sérgio Conceição e da sua equipa, muito mais do que o percurso - que é evidentemente excelente - é o facto de todos termos a sensação de que podia ter continuado. Achar que o Chelsea, como a Juventus, era acessível, é reconhecer a excelência do trabalho da nossa gente. Obrigado a todos os que, as mais das vezes com a intenção contrária, o têm feito desde ontem.
     
     
     
    No fim do dia, Rennie. Porque não passa o refluxo gastroesofágico. Havíamos de ter ganho por três. E voltaremos para o ano, para acertar estas contas.O FCP foi de vela da Champions. Esta a triste realidade, sem adornos, eufemismos ou paninhos quentes. Antes estávamos lá, agora já não estamos e pouco importa se outros saíram mais cedo ou nem sabem muito bem onde esse bicho da UEFA Champions League. Diz que é lá para o estrangeiro.
     
     
     
    Este é um traço do Portismo: mimimimi o orgulho, rebéubéu cair de pé, a gente conhece os clichês todos e até os conseguimos repetir muito direitinhos, bem ensaiados, a uma só voz, tem dias que até parecemos o Coro de Santo Amaro a abrir o Sequim d’Ouro. Como se vocês fizessem ideia do que isso seja.
     
     
     
    A verdade é que o que nos sobra é uma azia do caraças. Perdemos, fomos eliminados e já não vamos ganhar esta taça. Não há maneira de nos habituarmos a isso, nem de, no intimo, nos sentirmos consolados de alguma maneira. Pra bem, ganhava o Porto. Isso é que era bonito e nos deixava orgulhosamente de pé. No sentido que agora mais vos aprouver dar.
     
     
     
    Ainda mais do que detestar perder, seja da maneira que for, também é caracteristica do Portismo esta coisa de não nos deixarmos comer por lorpas. Vamos lá ver, caros senhores, no conjunto dos dois jogos contra o Chelsea, o FCP podia muito bem ter passado. Foi assim para o equilibrado, decidido em detalhes, uma falha atrás, uma ocasião perdida à frente, um empurrão pouco intenso na área, um amarelo por mostrar. E era acessível, como vou lendo e ouvindo desde ontem. E não é pouco, é bastante até.
     
     
     
    O que me parece que passa despercebido, até a alguns de nós, é a dimensão disto de fazer o Chelsea parecer acessível. A enormidade que é o FCP ser capaz de competir nesta fase, a este nível. Enquanto os senhores da televisão enchem a boca com “acessível”, nós devíamos pensar na coincidência de Juventus e Chelsea parecerem “acessíveis”. Sim, isso, a Juve que foi primeiro no grupo do Barcelona; o Chelsea que venceu o seu grupo e despachou o Atlético de Madrid, líder de La Liga, com duas vitórias e zero golos sofridos. Esse “acessível”.
     
     
     
    O feito assinalável de Sérgio Conceição e da sua equipa, muito mais do que o percurso - que é evidentemente excelente - é o facto de todos termos a sensação de que podia ter continuado. Achar que o Chelsea, como a Juventus, era acessível, é reconhecer a excelência do trabalho da nossa gente. Obrigado a todos os que, as mais das vezes com a intenção contrária, o têm feito desde ontem.
     
     
     
    No fim do dia, Rennie. Porque não passa o refluxo gastroesofágico. Havíamos de ter ganho por três. E voltaremos para o ano, para acertar estas contas.


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