Comecei a escrever sobre futebol e sobre o Sporting no primeiro grande blogue de futebol em Portugal, o Terceiro Anel do Rui Malheiro e nunca mais parei. Actualmente escrevo no Bancada de Leão, faço parte do podcast Sporting160 e nesta coluna irei abordar o Sporting, a paixão pelo clube e os assuntos que considero mais relevantes para que seja possível “Que o Sporting seja um grande Clube, tão grande como os maiores da Europa”.
Ontem, já pela noite dentro, um amigo partilhou comigo e com outros Leões a imagem retirada do post no Instagram que Ristovski fez aludindo ao facto de ter usado a braçadeira de capitão do Sporting Clube de Portugal no jogo diante do Belém SAD.
Partilhei na rede social que mais utilizo, o Twitter, e a reacção foi a que esperava e em contraciclo com a actual situação que se vive no clube. Mais de 30 mil visualizações de um só tweet e nem uma palavra de desagrado. Não é fácil nos dias de hoje!
O Sporting, obviamente, não é uma Santa Casa da Misericórdia e sabemos que os jogadores devem lá estar pela sua qualidade. Tenho a certeza que todos os que seguem diariamente a vida do clube sabem das lacunas de Ristovski como jogador e da dificuldade que ele tem para conseguir ser titular numa equipa que quer e pretende voltar a ser relevante no panorama actual do futebol português. Mas, aquilo que ontem o macedónio fez é raro nos dias de hoje do clube e fundamental se queremos construir um projecto com base na formação. Não faço ideia se é ou não o objectivo desta Direcção, irrelevante para o que vou escrever.
Vamos olhar para as aparentes simples palavras do jogador Leonino.
"Obrigado pela braçadeira de capitão !!!". Começa ele pelo agradecimento. O Sporting tem vivido dias muito complicados nos últimos tempos nas relações com os seus jogadores. Alcochete dividiu muito o clube e é fácil encontrar razões nos dois lados da barricada. O agradecimento, e olhando para o histórico do jogador, é sentido.
"É uma honra. Venho de um país muito pequeno ... muitos jovens, crianças, sonham em jogar neste nível de clube ... para mim hoje foi um grande dia".
Depois vem uma das partes mais importantes do seu pequeno texto. Para muitas crianças, tal como aconteceu um dia a Ristovski, sonharam, e muitas ainda sonham e vão continuar a sonhar em ser jogadores de futebol em clubes com enorme relevância. Ristovski conseguiu e não esconde esse seu desejo atingido. Lança ainda aquilo que é fundamental para os jovens jogadores de qualquer clube de futebol. Além de quererem jogar, pretendem chegar à equipa principal e, quase como a cereja no topo do bolo, a braçadeira de capitão no braço, que é apenas e só uma das mais importantes distinções para um profissional de futebol. A ideia é tão simples, as palavras não foram muitas, mas olhando para os seus actuais companheiros em que muitos são jovens, tenho a certeza que viram neste sentimento um enorme orgulho e uma vontade ainda maior de trabalhar para atingirem os seus objectivos.
"E é um orgulho enorme usar a faixa de capitão e representar o Sporting Clube de Portugal".
Por fim, a gratidão ao clube. Hoje em dia, tempos de futebol moderno, ninguém acredita ou fala muito na questão dos jogadores de futebol serem ídolos. Os mais novos ainda os têm, os mais velhos, que olham para isto de forma, talvez, menos apaixonada, compreendem que os jogadores são profissionais e é difícil de desenvolver uma relação de amor puro ao que ele representa com a camisola do nosso clube vestida.
Mas ontem Ristovski deu um pequeno passo que pode ter passado ao lado de muitos adeptos do Sporting, para que houvesse, nem que fosse por momentos, uma pequena ligação de amor entre o adepto apaixonado pelo clube e um jogador que veste a mítica camisola Leonina.
Não sei se o Ristovski vai continuar na equipa, se vai ser titular (acho difícil), não tenho nem a mínima ideia do que passará na cabeça de Rúben Amorim em relação à importância do lateral direito na equipa, mas aquele gesto que ele teve e a mensagem que passou foi, provavelmente, nos últimos meses, das melhores coisas que algum jogador do Sporting fez, quase tão importante como marcar um golo decisivo.
Os jovens jogadores apreciarão o seu gesto, os adeptos compreenderam o que ele fez e digo-o, na minha humilde opinião, que é preciso homens e jogadores que olhem para o clube e que não o vejam apenas como a sua entidade empregadora. Pelo menos, no tempo em que estão de Leão Rampante vestido, sintam o que muitos de nós sentimos quando vamos ao estádio com as nossas camisolas também vestidas.
Obrigado, Ristovski!
Partilhei na rede social que mais utilizo, o twitter, e a reacção foi a que esperava e em contraciclo com a actual situação que se vive no clube. Mais de 30 mil visualizações de um só tweet e nem uma palavra de desagrado. Não é fácil nos dias de hoje!
O Sporting, obviamente, não é uma Santa Casa da Misericórdia e sabemos que os jogadores devem lá estar pela sua qualidade. Tenho a certeza que todos os que seguem diariamente a vida do clube sabem das lacunas de Ristovski como jogador e da dificuldade que ele tem para conseguir ser titular numa equipa que quer e pretende voltar a ser relevante no panorama actual do futebol português. Mas, aquilo que ontem o macedónio fez é raro, nos dias de hoje do clube, e fundamental se queremos construir um projecto com base na formação. Não faço ideia se é ou não o objectivo desta Direcção, irrelevante para o que vou escrever.
Vamos olhar para as, aparentes, simples palavras do jogador Leonino.
"Obrigado pela braçadeira de capitão !!!"
Começa ele pelo agradecimento. O Sporting tem vivido dias muito complicados nos últimos tempos nas relações com os seus jogadores. Alcochete dividiu muito o clube, e é fácil encontrar razões nos dois lados da barricada. O agradecimento e olhando para o histórico do jogador é sentido.
"È uma honra.Venho de um país muito pequeno ... muitos jovens, crianças, sonham em jogar neste nível de clube ... para mim hoje foi um grande dia"
Depois vem uma das partes mais importantes do seu pequeno texto. Para muitas crianças, tal como aconteceu um dia a Ristovski, sonharam, e muitas ainda sonham e vão continuar a sonhar em ser jogadores de futebol em clubes com enorme relevância. Ristovski conseguiu e não esconde esse seu desejo atingido. Lança ainda aquilo que é fundamental para os jovens jogadores de qualquer clube de futebol. Além de quererem jogar, pretendem chegar à equipa principal e, quase como a cereja no topo do bolo, a braçadeira de capitão no braço que é apenas e só uma das mais importantes distinções para um profissional de futebol. A ideia é tão simples, as palavras não foram muitas, mas olhando para os seus actuais companheiros em que muitos são jovens, tenho a certeza que viram neste sentimento um enorme orgulho e uma vontade ainda maior de trabalhar para atingirem os seus objectivos.
"e è um orgulho enorme usar a faixa capitão e representar o Sporting club de Portugal"
Por fim, a gratidão ao clube. Hoje em dia, tempos de futebol moderno, ninguém acredita ou fala muito na questão dos jogadores de futebol serem ídolos. Os mais novos ainda os têm, os mais velhos, que olham para isto de forma, talvez, menos apaixonada compreendem que os jogadores são profissionais e é difícil de desenvolver uma relação de amor puro ao que ele representa com a camisola do nosso clube vestida.
Mas ontem Ristovski deu um pequeno passo que pode ter passado ao lado de muitos adeptos do Sporting, para que houvesse, nem que fosse por momentos, uma pequena ligação de amor entre o adepto apaixonado pelo clube e um jogador que veste a mítica camisola Leonina.
Não sei se o Ristovski vai continuar na equipa, se vai ser titular, acho difícil, não tenho nem a mínima ideia do que passará na cabeça de Rúben Amorim em relação à importância do lateral direito na equipa. Mas aquele gesto que ele teve e a mensagem que passou foi, provavelmente, nos últimos meses das melhores coisas que algum jogador do Sporting fez, quase tão importante como marcar um golo decisivo.
Os jovens jogadores apreciarão seu gesto, os adeptos compreenderam o que ele fez, e digo-o, na minha humilde opinião, que é preciso homens e jogadores que olhem para o clube e que não o vejam apenas como a sua entidade empregadora. Pelo menos, no tempo em que estão de Leão Rampante vestido, sintam o que muitos de nós sentimos quando vamos ao estádio com as nossas camisolas também vestidas.
Obrigado Ristovski!"
Partilhei na rede social que mais utilizo, o twitter, e a reacção foi a que esperava e em contraciclo com a actual situação que se vive no clube. Mais de 30 mil visualizações de um só tweet e nem uma palavra de desagrado. Não é fácil nos dias de hoje!
O Sporting, obviamente, não é uma Santa Casa da Misericórdia e sabemos que os jogadores devem lá estar pela sua qualidade. Tenho a certeza que todos os que seguem diariamente a vida do clube sabem das lacunas de Ristovski como jogador e da dificuldade que ele tem para conseguir ser titular numa equipa que quer e pretende voltar a ser relevante no panorama actual do futebol português. Mas, aquilo que ontem o macedónio fez é raro, nos dias de hoje do clube, e fundamental se queremos construir um projecto com base na formação. Não faço ideia se é ou não o objectivo desta Direcção, irrelevante para o que vou escrever.
Vamos olhar para as, aparentes, simples palavras do jogador Leonino.
"Obrigado pela braçadeira de capitão !!!"
Começa ele pelo agradecimento. O Sporting tem vivido dias muito complicados nos últimos tempos nas relações com os seus jogadores. Alcochete dividiu muito o clube, e é fácil encontrar razões nos dois lados da barricada. O agradecimento e olhando para o histórico do jogador é sentido.
"È uma honra.Venho de um país muito pequeno ... muitos jovens, crianças, sonham em jogar neste nível de clube ... para mim hoje foi um grande dia"
Depois vem uma das partes mais importantes do seu pequeno texto. Para muitas crianças, tal como aconteceu um dia a Ristovski, sonharam, e muitas ainda sonham e vão continuar a sonhar em ser jogadores de futebol em clubes com enorme relevância. Ristovski conseguiu e não esconde esse seu desejo atingido. Lança ainda aquilo que é fundamental para os jovens jogadores de qualquer clube de futebol. Além de quererem jogar, pretendem chegar à equipa principal e, quase como a cereja no topo do bolo, a braçadeira de capitão no braço que é apenas e só uma das mais importantes distinções para um profissional de futebol. A ideia é tão simples, as palavras não foram muitas, mas olhando para os seus actuais companheiros em que muitos são jovens, tenho a certeza que viram neste sentimento um enorme orgulho e uma vontade ainda maior de trabalhar para atingirem os seus objectivos.
"e è um orgulho enorme usar a faixa capitão e representar o Sporting club de Portugal"
Por fim, a gratidão ao clube. Hoje em dia, tempos de futebol moderno, ninguém acredita ou fala muito na questão dos jogadores de futebol serem ídolos. Os mais novos ainda os têm, os mais velhos, que olham para isto de forma, talvez, menos apaixonada compreendem que os jogadores são profissionais e é difícil de desenvolver uma relação de amor puro ao que ele representa com a camisola do nosso clube vestida.
Mas ontem Ristovski deu um pequeno passo que pode ter passado ao lado de muitos adeptos do Sporting, para que houvesse, nem que fosse por momentos, uma pequena ligação de amor entre o adepto apaixonado pelo clube e um jogador que veste a mítica camisola Leonina.
Não sei se o Ristovski vai continuar na equipa, se vai ser titular, acho difícil, não tenho nem a mínima ideia do que passará na cabeça de Rúben Amorim em relação à importância do lateral direito na equipa. Mas aquele gesto que ele teve e a mensagem que passou foi, provavelmente, nos últimos meses das melhores coisas que algum jogador do Sporting fez, quase tão importante como marcar um golo decisivo.
Os jovens jogadores apreciarão seu gesto, os adeptos compreenderam o que ele fez, e digo-o, na minha humilde opinião, que é preciso homens e jogadores que olhem para o clube e que não o vejam apenas como a sua entidade empregadora. Pelo menos, no tempo em que estão de Leão Rampante vestido, sintam o que muitos de nós sentimos quando vamos ao estádio com as nossas camisolas também vestidas.
Obrigado Ristovski!"