Final da Liga Europa.
Pouco a dizer sobre o jogo.
Apesar de ter sido rico taticamente.
Uma primeira parte alucinante onde o Catenaccio não funcionou.
E eu acreditei sempre que o Inter tinha mais argumentos.
Lukaku e Martinez diziam-me isso.
Ainda para mais saindo na frente do marcador.
Tendo a vantagem do seu lado.
E defendendo tanto e tão bem como mostrou anteriormente.
Só que quem joga pelos corredores como este Sevilha tem sempre muitas opções para chegar ao golo.
Praticamente abdica da zona central e constrói sempre pelas faixas.
O primeiro golo tem tudo.
Bom envolvimento.
Triangulações.
Movimentação de quem passa a bola e cria espaço onde não existe.
E o mais importante.
Paciência.
As equipas perdem-se e perdem a bola constantemente porque querem chegar ao golo depressa.
E o caminho mais rápido na maior parte da vezes é também o mais longo.
Os restantes golos são de bola parada.
Mentalizem-se que, cada vez mais, é o momento mais determinante dos jogos.
Para quem defende.
E para quem ataca.
Numa opinião muito pessoal dou mais valor a uma boa organização defensiva.
Penso que dá mais trabalho criar mecanismos para defender.
Para a frente existem sempre os virtuosos que num momento mágico decidem jogos.
Sem recursos a grandes treinos coletivos.
E sim a genialidade individual.
E atenção porque quando digo processo defensivo engloba os avançados.
É muito difícil ensinar avançados “egoístas” e focados em fazer golos a defender.
Daí a minha paixão pelo processo defensivo.
O Inter tinha tudo isto.
A verdade é que quando chega o fim.
Percebo que só podia dar Sevilha.
E sem tirar mérito ou desvalorizar o percurso de ambas as equipas.
Vou apenas lembrar o trajeto.
Então para chegar a este jogo o Inter venceu:
Ludgorets, Getafe, Leverkusen e o Shakhtar do nosso conhecido Luís Castro.
Por sua vez até derrotar ontem o Inter na final.
O Sevilha teve que vencer:
Cluj, Roma, Wolverhampton e o Manchester United.
Não pretendo dizer com isto que o caminho que o Inter teve que percorrer foi fácil.
Pretendo, sim dizer que o caminho do Sevilha foi extremamente difícil.
A Liga Europa é uma segunda divisão da Europa.
Mas com equipas de primeira.
E o Sevilha é uma delas.