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    Livres Sem Barreira
    Márcio Madeira
    2020/06/28
    E0
    Fui jogador do desporto que nos apaixona. Joguei na distrital e na I Liga. Vivi o melhor e o pior. E em todos os momentos senti sempre que expressava melhor as minhas ideias com as mãos do que com os pés. Aqui vou escrever sobre tudo o que importa saber do jogo de forma livre e sem barreiras

    Quando um clube contrata um treinador.
    Contrata uma ideia de jogo.
    Contrata um modelo tático e posteriormente jogadores de acordo com esse modelo.
    Contrata uma pessoa com um perfil e uma postura.
    Mais ou menos agressivo nos diálogos com a imprensa.
    Mais ou menos “atrevido” nas substituições e no risco que o jogo pede.
    Tudo isso está bem patente.
    Mais professor e estudioso ou ex-jogador e da velha guarda.
    Aspas para todos estes termos que podem convergir.
    O mercado tem de tudo.
    O grande problema foi que Lage não estava no mercado.
    Não se conhecia a forma nem o conteúdo.
    Lage era interino.
    E como tal uma solução passageira para um clube que dava o campeonato como entregue.
    Surpreendeu tudo e todos.
    Até ele se deve ter surpreendido.
    E com resultados há paciência e há tempo.
    Agora vamos ao outro lado.
    Quando os adeptos veem a contratação de um treinador.
    Esperam vitórias.
    Ponto.
    Não querem saber se jogam bem ou jogam mal.
    Se a comunicação é assertiva.
    Se falam bem ou mal.
    Se as substituições são bem feitas ou não resultam.
    Tudo isso pouco interessa para o adepto comum.
    O adepto quer vitórias e títulos.
    Quer ganhar.
    Esqueçam o futebol bem jogado e as notas artísticas.
    Futebol é para quem ganha.
    Sempre foi.
    E quem hoje dorme como herói.
    Amanhã acorda como vilão.
    Quando os treinadores não ganham.
    Vem a magia e o feitiço da derrota.
    A derrota transforma a educação em deselegância.
    Transforma alguém que fala sobre táticas e estratégias.
    Em alguém que fala em almoços e favores.
    O que quero explicar é o seguinte.
    Não podemos esperar que Lage seja algo que não é.
    Assim como Rui Vitória já não era.
    Na hora da derrota.
    Ser boa pessoa e bom pai de família vale o mesmo que ser parvo e órfão.
    Já ninguém se lembra dos bebés de Lage.
    Até porque os deste ano são embriões.
    E os do ano passado já não são bebés.
    E agora estão naquela idade que só fazem asneiras.
    E lá está.
    Este Pai não dá uma palmada quando é preciso.
    E muito menos castigos.
    É mais de conversa.
    Lage só tem uma salvação.
    E ela está a quatro pontos de distância.
    E ele sabe disso.
    Quem hoje o assobia e pede a sua saída.
    Vai aplaudir e pedir a sua permanência.
    E isso amigos.
    Não se chama ingratidão.
    Tem outro nome.
    Chama-se futebol. 



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