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    A preto e branco
    Luís Cirilo Carvalho
    2019/11/01
    E0
    "A Preto e Branco” é uma coluna de opinião que procurará reflectir sobre o futebol português em todas as suas vertentes, de uma forma frontal e sem tibiezas nem equívocos, traduzindo o pensamento em liberdade do seu autor sobre todas as questões que se proponha abordar.
    No complexo mundo do futebol são mais que muitos os interesses que movem os seus intervenientes, que vão do sucesso desportivo aos proveitos financeiros passando por outros ganhos mais ou menos quantificáveis.
     
    Isto quando se fala de jogadores, de treinadores, de administrações de sociedades anónimas desportivas ou de outros intervenientes que fazem do futebol profissão.
     
    Não é, contudo, o caso dos adeptos.
     
    Porque esses apenas buscam no futebol algo tão simples como o simples facto de serem felizes.
     
    Felizes com os sucessos e triunfos das suas equipas, felizes com o destaque individual dos seus atletas e treinadores favoritos, felizes quando no “confronto” com os seus amigos, familiares, colegas e conhecidos poderem dizer que o seu clube é melhor que o deles.
     
    É da natureza humana e ninguém pode levar a mal. E há que reconhecer que o futebol, que agita e provoca paixões como mais nenhum desporto e poucas mais situações da vida de cada um, proporciona, a quem dele gosta, momentos de intensa felicidade.
     
    Quando o nosso clube ganha títulos e taças, quando o nosso ídolo ganha troféus individuais de relevo, quando os nossos adeptos enchem bancadas e fazem do seu apoio à equipa um espectáculo dentro do espectáculo que os torna motivo de admiração e reconhecimento um pouco por todo o lado.
     
    É essa a grande magia do futebol.
     
    O fazer as pessoas felizes ao sabor dos caprichos de uma bola, do talento dos jogadores, da liderança dos treinadores.
     
    Obviamente que, quando um ganha outro tem de perder, a felicidade de uns é a tristeza de outros, mas o futebol tem tantas reviravoltas, tanta magia, tão grande sortilégio que quando atinge a sua expressão mais pura, as vitórias e derrotas vão-se alternando e todos têm o seu motivo de felicidade, embora uns mais do que outros.
     
    Mas para lá da simpatia e do fervor clubístico, que todos temos, há um espaço que tem de ficar reservado para a admiração do próprio futebol e para nos maravilharmos com o quão sublime ele por vezes consegue ser.
     
    Não falo das espantosas jogadas de Pelé ou Eusébio, da magia de Maradona , Messi ou Ronaldinho, da eficácia extraordinária de Cristiano Ronaldo, Romário ou Van Basten, da dimensão de Cruyff e Beckenbauer, do potencial sem paralelo de Ronaldo, das defesas mágicas de Yashin, Buffon ou Preud’homme, já que tudo isso representa o melhor que o futebol tem em termos de paixão e de espectáculo.
     
    Não.
     
    Falo do futebol no seu estado mais puro, das equipas que fazem do golo a prioridade absoluta do seu jogo, daqueles desafios que ficam para a história pela espectacularidade das exibições, pela alternância nos resultados, pelos golos que selam o resultado final.
     
    Todos aqueles que gostam do futebol dessa forma, que o sabem ver para lá das simpatias clubísticas e que o reconhecem como um espectáculo incomparável tiveram esta semana um momento sublime que devia ser de visualização obrigatória para todos aqueles que querem aprender a gostar de futebol.
     
    Refiro-me, como está bom de ver, a esse espantoso jogo entre Liverpool e Arsenal a contar para a Taça da Liga Inglesa, que teve em Anfield Road um palco bem adequado e que terminou com um empate a cinco golos no tempo regulamentar, tendo os actuais campeões europeus vencido no desempate por grande penalidades por 5x4.
     
    Dez golos em noventa minutos de jogo é simplesmente fabuloso.
     
    E para quem teve a oportunidade de ver o jogo, de assistir à intensidade com que o mesmo se desenrolou, às constantes alternâncias no marcador, aos golos espectaculares que se verificaram, apenas se pode sentir maravilhado com aquilo que o futebol às vezes nos proporciona e que de vez em quando desperdiçamos devido a clubites exacerbadas que cada vez devem ter menos lugar.
     
    Confesso que vitoriano que sou me sinto feliz, enquanto apreciador de futebol, ao ver um jogo daqueles entre duas equipas de que não sou adepto embora não negue uma velha e pequena simpatia pelo Liverpool.
     
    E, ao contrário daquela frase, tão feita quanto oca, de chamar a um jogo com vários golos um “jogo de loucos” como fazem alguns que preferem repetir frases sem sentido ao invés de pensarem em produzir comentários inteligentes sobre este jogo entre Liverpool e Arsenal, apenas se pode e deve chamar...Futebol! Porque foi isso que ele foi!
     
    E agradecer a Liverpool e Arsenal esse momento extraordinário que nos proporcionaram.
     
    P.S: Se aos dez golos do jogo jogado acrescentarmos os nove das grandes penalidades ainda mais razão termos para nos sentirmos felizes. Porque as grandes penalidades não são golos certos, mas sim e “apenas” claras oportunidades de golo, nem são “lotaria” (como os adeptos das frases feitas tanto gostam de dizer), mas sim exercício de competência.
     
    E, por isso, também elas foram parte integrante desse grande espectáculo.
    E por isso também elas foram parte integrante desse grande espectáculo.No complexo mundo do futebol são mais que muitos os interesses que movem os seus
    intervenientes, que vão do sucesso desportivo aos proveitos financeiros passando por outros
    ganhos mais ou menos quantificáveis.
    Isto quando se fala de jogadores, de treinadores, de administrações de sociedades anónimas
    desportivas ou de outros intervenientes que fazem do futebol profissão.
    Não é contudo o caso dos adeptos.
    Porque esses apenas buscam no futebol algo de tão simples como poderem ser felizes.
    Felizes com os sucessos e triunfos das suas equipas, felizes com o destaque individual dos seus
    atletas e treinadores favoritos, felizes quando no “confronto” com os seus amigos, familiares,
    colegas e conhecidos podem dizer que o seu clube é melhor que o deles.
    É da natureza humana e ninguém pode levar a mal.
    E há que reconhecer que o futebol, que agita e provoca paixões como mais nenhum desporto
    e poucas mais situações da vida de cada um , proporciona a c«quem dele gosta momentos de
    intensa felicidade.
    Quando o nosso clube ganha títulos e taças, quando o nosso ídolo ganha troféus individuais de
    relevo, quando os nossos adeptos enchem bancadas e fazem do seu apoio à nossa equipa um
    espectáculo dentro do espectáculo que nos torna motivo de admiração e reconhecimento um
    pouco por todo o lado.
    É essa a grande magia do futebol.
    O fazer as pessoas felizes ao sabor dos caprichos de uma bola, do talento dos jogadores, da
    liderança dos treinadores.
    Obviamente que quando um ganha outro tem de perder, que a felicidade de uns é a tristeza
    de outros, mas o futebol tem tantas reviravoltas, tanta magia, tão grande sortilégio que
    quando atinge a sua expressão mais pura as vitorias e derrotas vão-se alternando e todos tem
    sempre o seu motivo de felicidade embora uns mais vezes que outros.
    Mas para lá da simpatia e do fervor clubístico, que todos temos, há um espaço que tem de
    ficar reservado para a admiração do próprio futebol e para nos maravilharmos com o quão
    sublime ele por vezes consegue ser.
    Não falo das espantosas jogadas de Pelé ou Eusébio, da magia de Maradona , Messi ou
    Ronaldinho, da eficácia extraordinária de Cristiano Ronaldo, Romário ou Van Basten, da
    dimensão de Cruyff e Beckenbauer, do potencial sem paralelo de Ronaldo , das defesas
    mágicas de Yashin, Buffon ou Preud’homme que tudo isso representa o melhor que o futebol
    tem em termos de paixão e de espectáculo.
    Não.
    Falo do futebol no seu estado mais puro, das equipas que fazem do golo a prioridade absoluta
    do seu jogo, daqueles desafios que ficam para a História pela espectacularidade das exibições,
    pela alternância nos resultados, pelos golos que selam o resultado final.
    Todos aqueles que gostam do futebol dessa forma, que o sabem ver para lá das simpatias
    clubísticas, que o reconhecem como um espectáculo incomparável tiveram esta semana um
    momento sublime que devia ser de visualização obrigatória para todos aqueles que querem
    aprender a gostar de futebol.
    Refiro-me , como está bom de ver, a esse espantoso jogo entre Liverpool e Arsenal a contar
    para a taça da liga inglesa, que teve em Anfield Road um palco bem adequado , e terminou
     
    com um empate a cinco golos e que depois os actuais campeões europeus venceram no
    desempate por grande penalidades por 5-4.
    Dez golos em noventa minutos de jogo é simplesmente fabuloso.
    E para quem teve a oportunidade de ver o jogo, de assistir à intensidade com que o mesmo se
    desenrolou, às constantes alternâncias no marcador, aos golos espectaculares que se
    verificaram apenas se pode sentir maravilhado com aquilo que o futebol às vezes nos
    proporciona e que de quando em vez desperdiçamos ao sabor de clubites exacerbadas que
    cada vez devem ter menos lugar.
    Confesso que vitoriano que sou me sinto feliz, enquanto apreciador de futebol, ao ver um
    jogo daqueles entre duas equipas de que não sou adepto embora não negue uma velha e
    pequena simpatia pelo Liverpool.
    E ao contrário daquela frase, tão feita quanto oca, de chamar a um jogo com vários golos um
    “jogo de loucos” como fazem alguns que preferem repetir frases sem sentido ao invés de
    pensarem em produzir comentários inteligentes a este jogo entre Liverpool e Arsenal apenas
    se pode e deve chamar...Futebol!
    Porque foi isso que ele foi!
    E agradecer a Liverpool e Arsenal esse momento extraordinário que nos proporcionaram.
    P.S Se aos dez golos do jogo jogado acrescentarmos os nove das grandes penalidades ainda
    mais razão termos para nos sentirmos felizes.
    Porque as grandes penalidades nem são golos certos, mas sim e “apenas” claras
    oportunidades de golo, nem são “lotaria” (como os adeptos das frases feitas tanto gostam de
    dizer) mas sim exercício de competência.
    E por isso também elas foram parte integrante desse grande espectáculo.


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