Para uns, a época começou oficialmente agora. Para outros, não é bem assim Este é o caso de estudo que se desenvolveu entre FC Arouca e Vitória SC na noite desta segunda-feira
Do lado caseiro, existiram os primeiros 90 minutos oficiais da temporada. Do lado forasteiro, esses 90 minutos já passaram há alguns jogos, devido à qualificação para a Conference League.
No final, foi tudo uma questão de andamento. O Vitória SC venceu o FC Arouca por 0-1 e com direito a casa cheia.
Necessidade de introspeção
Sabemos que é o início da temporada. O mercado de transferências ainda está aberto e há possibilidade de saídas e entradas. Tudo é incerto. No entanto, há algo que deve ser sempre mantido na consciência e isso é a necessidade de constante introspeção.
Muito mudou em Arouca. Desde a chegada de Gonzalo Garcia para o comando técnico, como várias movimentações no mercado.
Perderam a grande referência ofensiva, Rafa Mujica, e esse foi um claro ponto de preocupação para os lobos. Afinal, chegaram a este encontro sem uma referência clara no ataque e isso acabou por dificultar na ameaça à baliza de Bruno Varela.
No meio-campo, Fukui fez par com David Simão e acabou mesmo por se evidenciar, no entanto, algo traiu o FC Arouca na construção ofensiva (para além da boa tarefa defensiva vitoriana). Gonzalo Garcia optou por subir bastante os laterais nas alas e essa própria escolha acabou por trair a própria equipa. Quando se conseguiam libertar da pressão, pouco ou nada conseguiam fazer desse setor em diante - o que acabou por se refletir no resultado.
Morlaye Sylla ainda conseguiu enviar uma bola ao poste no início do duelo, mas nada mais aconteceu para inverter o rumo dos acontecimentos - sendo que a expulsão de Matías Rocha também não ajudou e também não existiram mais remates dos lobos.
Ainda pairam bastantes dúvidas sobre a base do onze arouquense, mas acredita-se que, com o tempo, se estabilize.
De pernas treinadas
Este Vitória SC de Rui Borges tem trazido várias novidades - não estamos a falar a nível de jogadores porque, efetivamente, não é bem assim, mas principalmente a nível de jogo.
Com alguns jogos da qualificado para a Conference League já disputamos - sendo que ainda falta a receção ao FC Zürich e o eventual play-off -, nota-se um grande entrosamento entre os vários setores.
De defesa bem alinhada e um meio-campo capitaneado pelo todo-o-terreno Tomás Händel, jogam o jogo pelo jogo.
Nico Mantl foi ameaçado em várias ocasiões e, num pleno erro defensivo arouquense, os conquistadores alcançaram o primeiro golo do encontro sem grande dificuldade.
Na transição ofensiva, o trabalho também não se mostrava de alta dificuldade. Afinal, a subida dos laterais caseiros no ataque propiciava vazios na defesa que o Vitória SC tentava aproveitar. Até chegar ao último passe, esse era um fator fulcral para a transição correr bem.
90 minutos. Soar do apito. O Vitória SC só sente o sabor do próprio nome na temporada.