Vida difícil para o FC Porto na Liga Europa. Podia ter sido pior - e a conjectura fazia prever isso mesmo -, mas um golpe de génio de Diogo Costa e de felicidade de Francisco Moura conferiu uma pequena chama ao Dragão para enfrentar a AS Roma na segunda mão.
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Ainda assim, o empate não deixa de ser pouco interessante para os homens de Anselmi que, a jogar com mais um elemento durante praticamente 20 minutos, não conseguiu escapar ao empate.
Em relação ao jogo, nenhum dos técnicos apresentou uma grande surpresa no 11. Do lado azul e branco, Anselmi lançou Gonçalo Borges no lugar do desinspirado Pepê e regressou Otávio ao 11 inicial. Por sua vez, a maior novidade de Claudio Ranieri foi o regresso de Lorenzo Pellegrini (capitão) à titularidade.
Intenso, parado e penalizador

Primeiros 45 minutos duros, longe da espetacularidade esperada (e exigida dado ao histórico recente entre ambos os clubes) e, acima de tudo, penalizadores para o FC Porto. Nenhuma das equipas fez muito para sair para os balneários em vantagem, mas a AS Roma, bem perto do final, acabou por ser mais feliz.
Eustáquio perdeu um duelo em zona chave, a bola sobrou para Dovbyk - funcionou quase sempre como um pivot para o ataque romano, distribuindo a bola com qualidade - e Nehuén Pérez, na tentativa desesperada de tirar a bola do ucraniano, deixou para Zeki Çelik que faturou sem problemas na cara de Diogo Costa.

Um lance confuso, infeliz para a defensiva azul e branca e bem característico deste FC Porto 2024/2025. No ataque, o cenário não era muito diferente, e tampouco animador.
Gonçalo Borges, o mais capaz com bola, conseguiu desiquilibrar por várias ocasiões, mas parecia faltar sempre algo mais no último terço... Nem Mora, nem Samu pareciam propriamente inspirados e acabaram por desperdiçar a melhor oportunidade portista da primeira parte.
Em suma, um jogo muito fechado, sem artistas capazes de marcar a diferença (de sublinhar que Dybala saiu lesionado aos 38') e com muito por mudar. O FC Porto, contudo, tinha a missão/responsabilidade de arriscar mais a jogar em casa.
Tudo será resolvido no Olímpico
Um arranque a todo o gás de Francisco Moura, que terminou com um remate rasteiro - a poucos metros de Svilar - e uma boa defesa sérvio, prenunciou segundos 45 minutos mais dominadores (e ambiciosos) do FC Porto, mas os segundos 20 minutos estiveram ao nível da primeira parte.

Erráticos, pouco esclarecidos no último terço e com a Roma por cima, até surgir.. Diogo Costa. Num minuto faz uma bela defesa, no minuto seguinte faz um passe inacreditável. Surreal. Num pontapé de baliza, o internacional português isolou Pepê no 1x1 e o brasileiro, apesar de não ter sido feliz, conseguiu que a bola sobrasse para Francisco Moura.
O lateral esquerdo, na ressaca do lance, rematou seco, aproveitou um desvio da defensiva romana e fez o 1-1. A partir daqui, o Dragão galvanizou e uma boa jogada de Fábio Vieira obrigou Cristante a uma falta para amarelo: o segundo do italiano.
Com a expulsão do médio, os dragões assumiram (ainda mais) a responsabilidade da partida, mas pouco criativos e algo impotentes no momento da definição.
As dificuldades técnicas (e mentais) parecem persistir neste pequeno aspeto do jogo portista e o desfecho da eliminatória será decido no imponente Estádio Olímpico de Roma.