Um toque de génio que não teve consequência

Não há forma de amenizar a situação: poucas terão sido as vezes em que os sub-21 de Portugal tiveram jogos tão pouco conseguidos como aconteceu na tarde desta segunda-feira. 

Na visita a Tripoli, o conjunto orientado por Rui Jorge não conseguiu repetir o que havia feito em Guimarães, há cerca de um mês, e acabou mesmo derrotado pela Grécia, no caso por 2-1. Com este resultado, a formação lusa mantém-se na liderança do grupo G de qualificação para o Campeonato da Europa de 2025 (12 pontos), mas agora com as seleções da Grécia (11 pontos) e da Croácia (10 pontos) muito mais próximas.

Maus sinais desde início

Montado no 4-3-3 com que havia batido os gregos em casa, Portugal teve dificuldades desde os primeiros minutos de jogo. A formação helénica aproveitou da melhor forma alguns erros cometidos pela defesa portuguesa e foi testando a atenção de Samuel Soares, que respondeu de forma segura às três investidas de Tzolis ainda antes da meia hora de jogo. 

Apesar de não ter entrado bem na partida, Portugal conseguiu mesmo sair na frente do marcador, num lance de inspiração de Francisco Conceição. 

Depois de conduzir o esférico da direita para o meio, o extremo do FC Porto aplicou um forte remate de fora da área, tendo o esférico alojado-se no canto superior esquerdo da baliza grega. De génio! Quando se podia pensar que a vantagem iria motivar Portugal, a verdade é que a equipa da casa restabeleceu a igualdade no marcador logo de seguida.

Na sequência de uma boa jogada entre Tzolis e Darelas, o camisola 7 apareceu na cara de Samuel Soares e rematou colocado para o fundo das redes de Portugal.

O intervalo chegou assim com a igualdade no marcador.

Pressão final não deu frutos

Ciente das dificuldades que a sua equipa teve na primeira parte, Rui Jorge fez duas alterações ao intervalo. O selecionador tirou Vasco Sousa, que quase nunca conseguiu ter bola, e o já amarelado Henrique Araújo, lançando Mateus Fernandes e Tiago Tomás.

Ainda assim, Portugal voltou a ter dificuldades em criar perigo. Aproveitou a Grécia, que, logo aos 50 minutos, operou a reviravolta no marcador por intermédio de Panagidis.

Pressionado pela desvantagem, Rui Jorge voltou a mexer e lançou Fábio Silva, que trouxe maior dinamismo à frente de ataque lusa. Ainda assim, até ao apito final, só por uma vez Portugal conseguiu criar perigo de forma efetiva. Aos 67'. Francisco Conceição obrigou o guarda-redes adversário a uma defesa apertada, sendo que, na recarga, Rafael Rodrigues também não conseeguiu desfeitear Tzolakis.

Apesar de o conjunto das Quinas ter tido mais bola até ao final- a disponibilidade física dos gregos também foi caindo com o avançar dos minutos-, o 2-1 perdurou até ao apito final, consumando-se assim a primeira derrota portuguesa nesta fase de qualificação.