O FC Porto não foi além de um empate em casa do Tondela e pode ficar mais longe da liderança. Em mais um jogo onde a equipa portista mostrou pouca criatividade nas linhas, a opção de dois pontas de lança não resultou e a formação beirã, mesmo ficando no último lugar ao fim da jornada, ganhou um ponto interessante.
Encandeados
Foi nesse desenho que a equipa se apresentou. Demorou 10 minutos o equilíbrio de forças feito por um Tondela a entrar agressivo, já que ao cheirinho de pressão alta inicial dos de Petit se sucedeu um natural baixar de linhas. Foi, portanto, um FC Porto com bola na primeira parte e à procura de encaixar neste desenho com novos intervenientes.
Curioso perceber as ações de Brahimi e Otávio, dois jogadores com tendência interior e que muito procuravam o meio. Nesse momento, com a equipa desenhada em 4x2x2x2, os laterais podiam subir, se bem que nunca o fizeram com total à-vontade, já que os extremos Wagner e Murillo pouco desciam e obrigavam a atenções.
Numa equipa arrumada em 4x3x3, Petit tentava contrariar a dupla ofensiva portista com os laterais mais próximos dos centrais e com Claude e Hélder a multiplicarem-se em tarefas sem bola. Para o ataque, muita vontade, alguma ansiedade e pouca qualidade, o que fez de Casillas um espectador - nessa tal posição chata contra o sol.
Acordar tardio
Um pouco diferente foi no segundo tempo. O Tondela entrou mais audaz, recusando exclusividade de pensamento defensivo e ameaçando Casillas e um FC Porto mais adormecido e a necessitar de vitamina para despertar.
Já existiu maior dinâmica e variedade na forma de atacar, um pouco também porque a zona intermédia do Tondela entrou na fase de reserva do depósito e não houve outra solução que não fosse a de baixar linhas - sem abdicar de explorar o contra-ataque sempre que possível.
Nos últimos 15 minutos (contando descontos), as melhores oportunidades: uma para o Tondela, duas para André Silva e outra para Adrián López. Ninguém marcou e a repartição de pontos é bem mais simpática para a equipa da casa.