A final da Conferência Oeste da NBA arranca com um duelo eletrizante entre duas equipas jovens, ambiciosas e sem passado glorioso enquanto franquias atuais: os Oklahoma City Thunder e os Minnesota Timberwolves. Nenhuma delas alguma vez venceu o título da NBA com os nomes que hoje carregam. Mas esta série vai dar a oportunidade de mudar isso, pelo menos para uma delas.
Veja Também
O palco está montado para um confronto onde talento jovem, inteligência tática e intensidade defensiva vão estar no centro de tudo e a série arranca já na madrugada desta quarta-feira.
Shai vs Ant: o futuro é agora
Shai Gilgeous-Alexander e Anthony Edwards são, provavelmente, os dois nomes mais empolgantes da nova geração da NBA. Shai chega a esta série como um dos principais candidatos ao prémio de MVP, a ser anunciado em breve. A sua liderança tranquila, eficácia ofensiva e visão de jogo têm sido a âncora dos Thunder.
Do outro lado, Anthony Edwards está a crescer de forma impressionante a cada jogo dos playoffs. A capacidade de marcar pontos já era conhecida, mas agora soma-se a isso uma tomada de decisão muito mais madura, mesmo quando pressionado ou alvo de double teams. Edwards está a transformar-se num verdadeiro franchise player – em tempo real.
A muralha de OKC e o teste a Ant e Randle
O próximo teste é duplo. Anthony Edwards será naturalmente o foco da atenção defensiva, mas Julius Randle tem sido outro pesadelo para os adversários. Combinando força física, agilidade e tamanho, o ex-Knick castigou os Lakers e os Warriors sem que nenhum deles encontrasse solução. A grande questão agora é: quem o vai marcar?
Emparelhamentos-chave: um jogo de xadrez físico
Mark Daigneault, treinador dos Thunder, terá de tomar decisões difíceis. Colocar Chet Holmgren ou Isaiah Hartenstein em Julius Randle poderá dar vantagem no confronto físico direto, mas também abrir espaço para Rudy Gobert dominar as tabelas ofensivas e defensivas. Por outro lado, usar defensores mais móveis como Luguentz Dort ou Alex Caruso – que fizeram um trabalho notável sobre Jokic – pode limitar o jogo de costas para o cesto de Randle, mas exige coberturas constantes.
No perímetro, o confronto entre Edwards e a defesa dos Thunder também promete. Na fase regular, nos quatro jogos entre estas equipas, foi Lu Dort o defensor primário de Ant, que terminou com apenas 37,5% de eficácia nos lançamentos nesses duelos. A isso junta-se a profundidade defensiva de OKC com Caruso e Cason Wallace, capazes de travar qualquer estrela.
Uma final inédita — e uma oportunidade única
Nem os Timberwolves, nem os Thunder (enquanto tal) foram campeões. Os Thunder chegaram perto em 2012, com Durant, Westbrook e Harden, mas perderam frente a LeBron James e aos Heat. O único título da história da franquia remonta a 1979, quando ainda se chamava Seattle Supersonics.
Do lado dos Wolves, esta é apenas a segunda final de conferência da história da equipa – a primeira desde 2004, nos tempos de Kevin Garnett.
Agora, com duas gerações novas, carismáticas e determinadas, é tempo de escrever um novo capítulo. E talvez, de começar uma nova era no Oeste.
