No jogo que marcou o arranque do campeonato, o Sporting não facilitou, levando a melhor diante do Rio Ave (3-1). No Estádio José Alvalade, Pedro Gonçalves destacou-se dos demais, fazendo o gosto ao pé em dose dupla.
Magia guardada no chapéu
Inteligência espelhada em cada toque que dá na bola. Pote, como nenhum outro, é especialista em arranjar espaço entre linhas, algo que ficou bem patente neste duelo com os vilacondenses. Para além disso, mostrou que está com o pé quente para esta temporada. Numa primeira instância, deu a melhor sequência ao passe certeiro de Gyökeres. Posteriormente, abriu o livro com um chapéu cheio de classe. Exibição categórica!
Nova época, a mesma presença assídua
Nestas peças de 'Figuras do Jogo', Viktor Gyökeres tem (quase) sempre um lugar ao sol, algo perfeitamente normal pelo impacto que tem na avalanche ofensiva dos leões. O avançado sueco voltou a ser uma constante dor de cabeça para a defensiva contrária, através das suas movimentações disruptivas. Quando acelera com a bola controlada, são precisos dois, três elementos para o parar. Que o diga o Aderllan Santos. Serviu Pote para um golo simples e ainda teve tempo para fazer o gosto ao pé. Nova temporada, mais do mesmo.
A arte de jogar como gente grande
Geovany Quenda voltou a mostrar uma maturidade acima da média. Se o jovem jogador já tinha dado sinais muito positivos na Supertaça, agora fez questão de mostrar que essa atuação não foi fruto do acaso. Pegou na bola, apostou no um-contra-um e tirou múltiplos coelhos da cartola. O passe de rotura para Gyökeres foi delicioso, desmontando toda a estrutura defensiva adversária. Em termos posicionais, também esteve irrepreensível, ajudando a sua equipa na hora de recuperar o esférico. Tem tudo para ser uma das revelações desta época.
Fazer render o voto de confiança
A falha no tento dos vilacondenses não apaga a prestação exímia que teve. Foi o esteio da organização na zona mais recuada, estando sempre no sítio certo à hora certa. A sua acrescida capacidade de aceleração também se fez notar, não deixando brechas para um eventual contra-ataque. No entanto, o atributo em maior evidência ainda não foi mencionado: os duelos aéreos. O central costa-marfinense esteve imperial nas alturas. Fez por merecer o voto de confiança.
Uma estreia que promete
Num deserto de ideias, Clayton Silva foi uma brisa de ar fresco. O ex-Vasco foi dos poucos elementos que tentou algo diferente, explorando todo o seu poderio físico. Quando a sua equipa necessitava de respirar, o brasileiro conseguiu segurou a bola de costas para a baliza, dando, posteriormente, uma boa sequência às transições. O belíssimo golo apontado fez jus à excelente amostra que deu em Alvalade. Promete.
Faltaram pernas
Já se sabia que a missão de travar Gyökeres seria complicada, mas não serve de desculpa para a prestação fraca de Aderllan Santos. Procurou travar o ímpeto do nórdico com recurso à falta. No entanto, o ponta de lança leonino conseguiu sempre escapar da sua marcação. Faltaram pernas...
Seguro? Não com os pés...
Jhonatan é um guardião muito competente entre os postes, mas na noite desta sexta-feira esteve longe do seu melhor nível. Para acrescentar a esta exibição pobre, ainda mostrou uma clara inaptidão com o esférico nos pés, tendo assistido Pote no primeiro tempo. Para esquecer...