E tudo voltou a rolar, de forma oficial. A ansiedade pelo jogo, o nervosismo dos 90 minutos, a felicidade de voltar a um estádio e tudo o que é inerente à Liga Portugal Betclic
No Estádio do Dragão, não foi diferente. Equipas em campo e fogo azul e branco a rebentar fora das quatro linhas - de forma literal. Dentro das quatro linhas, a analogia é semelhante.
O FC Porto venceu o Gil Vicente por 3-0 e estreou-se de forma eficaz na nova edição do campeonato.
Preparar a brasa
«Preparar a brasa». Frase comum aquando da preparação do lume e, se há coisa que quer FC Porto quer Gil Vicente queriam para estes primeiros 90 minutos de Liga seria lume brando.
No entanto, quem se mostrou algo brando durante a primeira meia hora foi mesmo o duelo entre ambas as equipas no relvado. O ascendente tinha os tons do dragão, mas a finalização mostrou-se muito cinzenta.
O galo - de início incerto após a demissão inesperada de Tozé Marreco a dois dias desta disputa - poucos sinais de produção conseguia demonstrar. Diogo Costa passou 30 minutos de café numa mão e jornal na outra, passemos a expressão.
30 minutos. Tocou o sino. A brasa aprontou-se e, da marca dos onze metros, eis Galeno. Depois de uma má abordagem de Buatu, que acabou a driblar a bola com a mão dentro de área, apareceu o avançado brasileiro do FC Porto a deixar a brasa em ponto firme.
Acender o lume
Depois da finalização ser um inimigo no decorrer da primeira parte, o FC Porto começou a evidenciar-se perante um Gil Vicente retraído e amargurado em campo
Se do lado azul e branco, a bola estava sempre no meio-campo adversário, do lado vermelho eram os defesas que não saíam do próprio meio-campo.
O perigo acentuou-se nos dragões e, após um belo desenho, Iván Jaime regressou aos golos oficiais. Gonçalo Borges cruzou e o espanhol rematou sem piedade para aumentar a vantagem
Eventualmente, as contas do marcador acabaram por se fechar de lume já bem aceso no Estádio do Dragão. Danny Namaso foi chamado a converter nova grande penalidade, após falta de Andrew, e, à semelhança de Galeno, não desperdiçou
No Gil Vicente, até ao soar de um último apito, transpareceu o nervosismo, alguma quebra de confiança e um jogo que em pouco ou nada passou da tarefa defensiva. Há trabalho a fazer em Barcelos.
No FC Porto, notou-se a vontade de querer mais, mas se há ponto que falhou foram os primeiros 45 minutos sem poder de finalização.
Está aberta a nova época no Dragão com fogo azul e branco.