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    Vila-condenses querem primeira presença na elite

    Quatro campeãs nacionais e um sonho à vista: Rio Ave luta pela subida à Liga BPI

    Publicado em: 2025/05/09 20:26
    Atualizado em: 2025/05/12 15:45
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    Quatro campeãs nacionais e um sonho à vista: Rio Ave luta pela subida à Liga BPI

    É um sábado de tudo ou nada para Vitória SC e Rio Ave. Ambos os clubes lutam por um só sonho: a subida direta à Liga BPI. Defrontam-se na última jornada da fase de apuramento de campeão da II Divisão e o cenário para ambas as formações é só um: tentar fugir do playoff.

    As contas são simples de explicar. Caso o emblema vimaranense vença ou garanta o empate, tem lugar garantido na elite portuguesa em 2025/26. O cenário vila-condense demonstra uma única hipótese para garantir esse desfecho de forma imediata: vencer em Guimarães. Caso não consigam os resultados enunciados, irão disputar o playoff com o nono classificado da Liga BPI.

    Do lado do Rio Ave, a ambição de chegar à I Divisão é alimentada não só pela posição, mas igualmente pelo talento e experiência do plantel. Afinal, a turma de João Marques conta com quatro jogadoras que já foram campeãs nacionais e que agora sonham levar o clube ao principal escalão.

    Entre elas, Raquel Infante e Regina Pereira, duas referências do futebol português, aceitaram o desafio de lutar pela subida com a camisola vilacondense - à semelhança de Paulinha Ferreira e Mafalda Marujo. Em conversa com o zerozero, as duas experientes jogadoras falaram do projeto do Rio Ave e deste sonho de subida que pode tornar-se uma realidade num futuro bastante próximo.

    O projeto: o sonho, o investimento e amor

    Aos 34 anos, Raquel Infante soma dois campeonatos nacionais, três Taças de Portugal, uma Supertaça, uma Taça da Liga, e um campeonato de segunda divisão. Um palmarés recheado de títulos e das mais variadas experiências internacionais. Começou a temporada no Racing Power, mas aceitou o convite vindo de Vila do Conde.

    «Aceitei o desafio pelo projeto. O Rio Ave quer muito subir e, para mim, fez sentido aceitar e tentar ajudar a concretizar estes objetivos. O Rio Ave gosta de futebol feminino e isso também me motivou. Alguns clubes, na minha opinião, têm equipas femininas por obrigação e para o Rio Ave não é assim. É algo que o clube realmente gosta e quer e acho que isso é o mais importante em qualquer projeto», começou por referir, em conversa com o zerozero. 

    Também Regina Pereira, campeã nacional pelo SC Braga em 2018/19 e com 39 internacionalizações pela seleção A, aceitou integrar um projeto de base, mas que considera ter objetivos claramente definidos.

    «Achei um projeto muito interessante. O clube queria investir, não por obrigação, mas por ter um objetivo muito bem definido e um plano muito bem estruturado para o objetivo final. Toda a estrutura e todas as condições que estavam - e estão - a proporcionar às jogadoras, que acredito que sejam melhores ou estejam de igual para igual com algumas equipas da I Divisão, fizeram com que eu aceitasse o desafio», afirmou a antiga jogadora do FC Famalicão.

    Mas chegar até aqui exigiu adaptação, não só ao ritmo competitivo, mas também à intensidade. Raquel considera que essa adaptação foi ligeiramente difícil.  «Não vou mentir e dizer que é fácil, porque o nível é diferente. Há que ter uma adaptação, tal como quando o nível é mais exigente.»

    Depois de grandes palcos, a ambição é a mesma

    O objetivo de subir à Liga BPI e conquistar o título da segunda divisão é comum a todo o grupo, mesmo para quem já esteve nos grandes palcos. Raquel Infante, que ao longo de todo o seu percurso no conquistou nove troféus, afirma: «São títulos e é a história. Por isso, têm todos o mesmo sabor.»

    «Eu já subi da segunda divisão para a primeira com o Benfica e aquele título soube-me a título, tal como o que ganhei com o FC Famalicão, por exemplo. Cada título tem a sua importância», completou. 

    Regina Pereira concordou com a companheira de equipa: «Cada título tem a sua história. É óbvio que preferia estar a ganhar títulos na primeira divisão, não pela importância, mas se calhar pelo sabor que tem. No entanto, estou super focada e quero mesmo muito ganhar este título também pelo Rio Ave. Aliás, queremos todas e estamos a trabalhar para isso.»

    É um objetivo claro de um projeto que começou a ganhar forma em 2020. O verde e branco rioavista criou equipa feminina na época pós-COVID e, desde então, tem trilhado o seu caminho. Logo na primeira temporada, carimbou a subida à II Divisão e, desde então, o sonho da Liga BPI mostrou-se perto de ser alcançado. Agora, está mais perto do que nunca. Pode estar mesmo a 90 minutos e a uma vitória de distância.

    Mais títulos, mais responsabilidade 

    Com o peso dos títulos às costas e a experiência de jogar na Liga BPI, a responsabilidade perante as jogadoras mais jovens é ainda maior.

    Regina considerou que o papel das jogadoras mais experientes se tem demonstrado muito mais dentro do campo, em treinos. «Tentamos impor sempre uma maior responsabilidade e também é nesse sentido que estamos a tentar ajudar o clube e as jogadoras mais novas de modo a prepararem-se para a exigência de um dia quando estiverem na Liga BPI.»

    Com a possível subida cada vez mais perto, as jogadoras afirmaram pensar que o Rio Ave está preparado para dar o salto e consolidar-se na I Divisão.

    «Há sempre arestas a limar, coisas a delinear. Estar numa primeira divisão é diferente de estar numa segunda, mas o clube está formado por uma boa estrutura e quer muito subir. Quando lá estiver, vai estar preparado», apontou Regina. 

    «Só falta um jogo, é sim ou sim»

    Muito perto de uma possível subida, a confiança reina no balneário e todo o plantel está muito otimista. «Eu acho que quando entramos para um último jogo em que dependemos totalmente de nós, o pensamento tem de ser o de vencer», afirmou Regina.

    «Já só falta um jogo. É sim ou sim», concluiu Raquel.

    Além de Raquel Infante e Regina Pereira, o Rio Ave conta ainda com Mafalda Marujo e Paulinha Ferreira, também campeãs nacionais, num quarteto que dá alma e maturidade ao plantel.

    Juntas carregam um histórico recheado de títulos, mas, mais do que o passado, é o presente que as move. Com um jogo decisivo à porta e a Liga BPI no horizonte, Vila do Conde vibra com um sonho possível, e quem já esteve no topo sabe exatamente o caminho. 

    *com Tânia Melo

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