Vamos ficar à espera de Brasil ou Espanha. Num hino à modalidade, Portugal venceu, esta quinta-feira, o Japão por 7-6, nos quartos de final, e apurou-se para as meias-finais do Mundial das Seicheles.
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Esperava-se um jogo de extrema paciência para o lado português, tendo em conta as características do Japão: uma equipa muito fria, muito técnica, mas que quando erra… entrega o ouro ao bandido. Mas foi bem mais que isso. Apesar da vitória lusa, o Japão deixou uma bela imagem e não seria nenhum escândalo se Portugal tivesse caído...
Jordan, o imperador
As dificuldades apareceram desde bem cedo e aconteceram sempre, ao longo de todo o jogo. Portugal começou bem, com ascendente perante o adversário, fruto da muita posse de bola e criatividade para encontrar espaços na defesa nipónica.
Jordan, de livre, inaugurou o marcador, mas Suzuki empatou para o Japão. Foi Miguel Pintado que acabou por dar alguma justiça ao marcador no fim do primeiro período, aproveitando um erro japonês para fazer o 2-1 num gesto acrobático.
No segundo período notaram-se duas equipas mais amarradas taticamente e ao nível das ideias. Portugal ia-se protegendo defensivamente, mas sempre com a baliza contrária no pensamento - várias boas oportunidades que não deram em golo. Até que o Japão pegou no jogo.
Oba, primeiro com um golo e depois com uma bola na barra, abanou a defesa lusa e era o sinal do crescimento japonês. Mas novamente um erro, aproveitado por Ruben Brilhante, levou Portugal em vantagem para o último período.
Portugal teria de ser inteligente nos derradeiros 12 minutos, mas acabou a jogar com o coração e a ser salvo pelo génio de Jordan. Bê Martins fez o 4-2, mas Matsuda e Kawai empataram o jogo, comprovando que o Japão estava melhor.
Mas o português é assim. Quando há adversidades, sai sempre mais um bocadinho de gasolina. Jordan, logo de seguida, fez o 5-4, mas Ozu, na bola de saída, voltou a empatar. Portugal estava a defender mal e o Japão tentava aproveitar. Mas voltou a aparecer o golo de Jordan.
Ozu, num lance em que Pedro Mano fica bastante mal na fotografia, voltou a empatar, mas a um minuto do fim apareceu Miguel Pintado, outra das estrelas da companhia nesta campanha a fazer o 7-6 final. Um jogo de loucos que mostra que Portugal está com os olhos postos nas medalhas.