Entrevistado pela SportTV na noite desta terça-feira, Roberto Martínez debruçou-se sobre vários temas da atualidade e futuro próximo da seleção portuguesa. A cerca de seis meses do arranque do Euro 2024, o selecionador nacional explicou as ausências de Nuno Santos e Paulinho das suas convocatórias, além de ter realçado a importância que os estágios desempenham na próxima performance da equipa das Quinas.
«O Nuno Santos é um jogador com uma capacidade física muito alta. Mas temos o Nuno Mendes, que pode fazer o mesmo e o Raphael Guerreiro, que também jogou nessa posição. Depois temos o Rafael Leão, que não tem o mesmo papel, mas joga na mesma zona com uma estrutura diferente. O Nuno Santos tem dificuldade porque há muitos jogadores à frente», explicou, antes de se focar na situação de Paulinho.
«Enfrenta uma dificuldade, com outro ponta de lança no Sporting [Gyokeres]. Uma competitividade direta. Temos jogadores como o André Silva, que está apto outra vez, o Beto, na mesma posição, mas muito diferente e um mais jovem, o Tiago Tomás, que tem estado muito bem na Bundesliga. A nossa escolha, até agora, é ter dois pontas de lança, mas estamos a acompanhar o que o Paulinho está a fazer», assumiu.
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Sobre a intermitência física de Pepe, Martínez enalteceu que as concentrações do grupo de trabalho são determinantes para o sucesso de Portugal: «É importante estar presente nos estágios. É uma situação muito saudável [com Pepe]. Temos muitos jogadores e opções para todas as posições. Há centrais que estão a trabalhar muito bem. É importante, para termos o Pepe no Europeu, que possa estar em março para mostrar o que pode fazer. Sabemos o que o Pepe tem: uma experiência e uma atitude espetacular. É um período de 13 semanas até ao estágio de março em que os jogadores podem mostrar o que podem fazer.»
Questionado sobre o estatuto luso para o torneio que se avizinha, o selecionador considerou que o trajeto na qualificação tornou «natural» a posição da equipa para constar «no grupo de seleções» em luta pelo título: «Durante o apuramento, a nossa seleção alcançou o respeito das outras seleções, é um processo natural. No Europeu não há favoritos. Há um grupo de seleções que têm nível para tentar lutar pelo título e é bom para nós estarmos nesse grupo.»
«Temos um caminho importante, precisamos de experimentar nos amigáveis situações no relvado que ainda não experimentámos, como jogar sem bola e controlar as emoções depois de se sofrer o primeiro golo. É importante no período antes do Europeu, onde os jogos se decidem nos detalhes», concluiu sobre o tema.