A segunda parte da conversa com Paulinho Cascavel no DESTINO: SAUDADE passa, sobretudo, pela experiência no Sporting. Do céu (melhor marcador do campeonato no primeiro ano) ao inferno (dispensa e dois anos afastado do plantel).
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Se, em Guimarães, o nome assume a forma de lenda, em Alvalade a paixão já não é unânime. Muito por culpa, como se vai perceber na entrevista, dos dias mais do que agitados no balneário leonino. Um convidado de honra nos estúdios do zerozero.
Nos três primeiros anos completos em Portugal, Cascavel fez 90 golos - média de 30 por época. Passou, assim, a ser sinónimo de sinal de perigo para defesas e guarda-redes.
A saída do Sporting, coincidente com a entrada de Marinho Peres, com quem tão feliz tinha sido em Guimarães, nunca tinha sido devidamente explicada em público. Nesta visita, e com evidente mágoa à mistura, Cascavel detalha a dispensa, os treinos ao lado dos gémeos Castro no Parque do Lumiar, o empréstimo infeliz ao Gil Vicente e os dois anos no Brasil a receber salário do Sporting, sempre sem jogar.
«Como qualquer outro jogador, pensei em ter um último jogo, uma despedida. Infelizmente, não pude fazê-lo. Fiquei uns quatro anos praticamente sem ver futebol, sem nada», desabafa Paulinho, na felicidade agora de 65 anos bem vividos e de pazes feitas com desencontros do passado.
Recorde AQUI a primeira parte da conversa, com memórias sobre o FC Porto e sobretudo sobre o seu Vitória. Em Guimarães, Cascavel é herói.