Foi o quinto empate da seleção portuguesa em cinco jogos, mas se há coisa que os lusos não estão é empatados. A caminho de Paris, este Tour em França teve mais uma etapa concluída com sucesso, diante de uma Polónia que entrou a ganhar, mas que viu uma seleção portuguesa mais capaz. Pepe foi outra vez enorme e Rui Patrício defendeu uma das grandes penalidades, antes de Quaresma voltar a ser o talismã, marcando o pontapé decisivo.
Entrada em falso
Portugal não conseguia lidar bem com o quarteto ofensivo da Polónia. Os laterais (nomeadamente Cédric) estavam macios e fora de tempo, mas a maior lacuna pareceu estar a meio, onde o posicionamento tático não era homogéneo. De William, nada a dizer, mas João Mário, Adrien e Renato Sanches demoraram a entrar na mecânica pretendida pelo selecionador.
Nem tanto pelo golo, que foi fruto de um excelente movimento do médio em conjunto com Nani, que saiu da marcação para lhe devolver, mas sobretudo pela demonstração de maturidade a assumir o jogo. Foi pelo camisola 16 que Portugal chegou ao intervalo em igualdade.
Maior contenção
Claro está que era imperioso acertar ideias no jogo defensivo. E Fernando Santos fez isso mesmo, baixando mais os médios de linha para perto dos laterais. Cédric também melhorou e a Polónia foi caindo com o passar dos minutos. Isto para além de Pepe, que foi novamente um monstro a limpar tudo o que era perigoso.
Só que, por essas correções ao intervalo, a equipa também se ressentiu na força ofensiva, já que João Mário e, sobretudo, Renato Sanches colaram demasiado na linha e nos laterais e deixaram de ocupar espaços centrais. Aí, Adrien Silva continuava a não estar bem, apesar de ter apresentado melhorias na sua especialidade: circulação.
Isso trouxe a primeira alteração, com a entrada de João Moutinho, que trouxe como aditivo uma maior frescura. Mas o problema da chegada com perigo ao último terço continuava a existir.
Para a etapa de 30 minutos adicionais, o jogo deixou de ser tão partido. A Polónia caiu quando o gás acabou a Grosicki (seria substituído) e Portugal passou a mandar muito mais no meio-campo contrário. As investidas à baliza de Fabianski voltaram a existir (mais do que na segunda parte), só que ou o polaco encaixou, ou houve algum desarme antes.
São Patrício
Nas grandes penalidades, houve frieza e acerto português nos cinco homens que bateram. Ronaldo, Renato, Moutinho e Nani marcaram antes de Rui Patrício defender o pontapé de Kuba, numa fantástica forma de festejar as 50 internacionalizações. A fechar, Quaresma não tremeu. Venham as meias!