Até entrar o primeiro, custou. Depois disso, tudo fluiu naturalmente. Sem surpresas, o Sporting venceu categoricamente o Chaves por 0-3 e mantêm a liderança do campeonato, no virar do mesmo. Paulinho desatou o nó em cima do intervalo, após de um festival de desperdício leonino. Depois, uma entrada desperta no segundo tempo deixou o Sporting confortável no jogo desde cedo e deu para o líder entrar em fase de gestão. O Chaves foi que sempre inofensivo, não havendo registos de defesas de Adán durante os 90 minutos.
Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura
Os opostos atraíram-se em Trás-os-Montes. O primeiro classificado, Sporting, deslocou-se ao reduto do último, Chaves, para fechar a primeira volta do campeonato.
Moreno, em busca de inverter o ciclo negativo que a sua equipa tem passado, mudou duas peças no onze inicial, em relação à partida em Famalicão. Vasco Fernandes - reforço de inverno - e Sanca entraram no onze, em detrimento de Cafu e Benny. Já Rúben Amorim, cujo o objetivo era manter o bom momento leonino, alterou também dois jogadores em relação à goleada aplicada ao Estoril, por 5-1. Edwards e Bragança deram lugar a Paulinho e Esgaio, sendo que Coates, recuperado, regressou aos convocados, mas começou no banco.
A entrada de Vasco Fernandes apontava para um sistema a três do Chaves, algo que acabou por não se confirmar, visto que o antigo capitão dos Gansos começou por se posicionar como médio defensivo. O que se acabou por confirmar desde cedo foi o domínio leonino. Três oportunidades de rajada dos leoninos, com cinco tentativas de finalização. Gyokeres (duas vezes), Esgaio, Trincão e Paulinho: todos esbarraram na muralha flaviense. Especial ênfase para Hugo Souza, com quatro defesas de grande nível.
A chuva, sentida ao longo de todo o dia, deixou o relvado pesado e com dificuldades para a bola rolar. Esse fator foi levando a alguns erros na construção e quedas de jogadores, de parte a parte, e até levou à oportunidade mais flagrante do primeiro tempo. João Correia, ainda perto do meio-campo, tentou atrasar para o guardião flaviense, mas o passe saiu curto. Pedro Gonçalves aproveitou para se isolar, mas Hugo Souza voltou a levar a melhor.
O Sporting continuou a carregar, ocupando o meio-campo adversário na sua totalidade. Já no último minuto do primeiro tempo, Paulinho conseguiu quebrar o enguiço. Após um canto pela direita, surge um desvio de um homem do Chaves e a bola cai aos pés do avançado português, que, com tudo para fazer o golo, não desperdiçou. Os leões não podiam pedir melhor final, depois de um primeiro tempo perdulário.
Depois de entrar, foi como o ketchup
Eduardo Quaresma foi dos que mais escorregou, cometendo também alguns erros na construção e Amorim deixou-o no balneário ao intervalo. Entrou o capitão Coates, já com a braçadeira no braço esquerdo, para liderar os leões.
Desde cedo no segundo tempo, o Sporting começou, novamente dominador. A chuva e o relvado não davam muitas tréguas às equipas, mas procurando Gyokeres na profundidade e Trincão entrelinhas, o Sporting ia rondando a área flaviense e conseguiu mesmo ampliar a vantagem. Ainda com seis minutos disputados, Nuno Santos cruzou atrasado e Trincão colocou a bola onde a coruja dorme, deixando Hugo pregado ao relvado. 2-0 e tudo fácil para o Sporting.
O Chaves, já com Jô e Guzzo em campo, o Chaves continuou a mostrar-se incapaz de criar perigo efetivo à baliza contrária. Rúben Ribeiro tentou receber pela esquerda, mas decidiu sempre mal. Vasco Fernandes, como médio-defensivo, pouco ou nada acrescentou com bola. O Sporting não se fez de esquisito e aproveitou este desacerto flaviense para alargar vantagens. Depois de alguns cortes incompletos dentro da área do Chaves, Pote apareceu em zona central à entrada da área e fez o que melhor sabe: colocou rasteiro e colocado. Pedro Gonçalves trademark.
À hora de jogo, tudo estava resolvido. O Sporting entrou em fase de gestão e o Chaves até conseguiu assumir as despesas do jogo (entrada de João Pedro para o meio-campo ajudou muito). Mesmo assim, os flavienses continuaram inofensivos no que toca a oportunidades de golo, e os leões controlaram a seu belo prazer.
Até ao fim, destaque para nova experiência de Amorim, que voltou a testar Essugo pela a direita, na linha de quatro à frente da defesa.