O OC Barcelos está na final do Playoff do Campeonato Placard. Os minhotos eliminaram o Benfica, vencendo o jogo 4 por 6-4. A equipa de Barcelos fica a espera de conhecer o adversário, Sporting ou FC Porto.
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Foi um jogo de loucos, ligado à corrente, de grande vertigem, onde nem sempre o rigor esteve em cima do rinque e os seus guarda-redes tiveram a capacidade de viver com gelo na cabeça, mesmo que encapsulados por uma máscara.

O Benfica sabia que tinha de ganhar e só estando perto da baliza de Conti Acevedo poderia deixar os minhotos desconfortáveis. Ainda no primeiro minuto, João Rodriguês colocou as águias em vantagem, com um remate pelo lado esquerdo e aos 7 minutos, Roberto di Benedetto ampliou a vantagem numa incursão na área pelo lado direito.
Os encarnados revelaram uma eficácia alta de entrada, mas a resposta imediata do OC Barcelos com o golo de Pol Manrubia abriu o jogo e deixou o Benfica desconfortável a defender.
Houve golo, mas os árbitros não viram
A equipa de Rui Neto montou uma boa estratégia para apertar a baliza de Pedro Henriques, esteve várias vezes em vantagem numérica, na sequência de cartões azuis, mas o guarda-redes do Benfica negou praticamente tudo.
Num dos lances em que o OC Barcelos esteve com mais um jogador, Danilo Rampulla colocou a bola dentro da baliza de Pedro Henriques, mas Nil Roca foi muito rápido a reagir e a equipa de arbitragem foi incapaz de ver o lance. Aliás, só com as repetições, através da transmissão televisiva foi possível ver a bola dentro da baliza das águias.

Os minhotos tiveram um enorme caudal ofensivo, os encarnados foram muito competentes a defender e sempre que puderam importunaram Conti Acevedo com lances rápidos de contra-ataque. O Benfica aguentou a vantagem, mas o OC Barcelos veio endiabrado para o segundo tempo.
Até à última gota
Preparados para atingir o pico de forma nesta altura da temporada, as duas equipas deram tudo na segunda parte.
A andar atrás do resultado, o OC Barcelos foi mais acutilante, fez o empate por Miguel Rocha, quando o Benfica fez mal as dobras nas marcações defensivas, e Luís Querido colocou os minhotos pela primeira vez na frente do marcador quando a sua equipa estava com menos um jogador.
A resposta do Benfica foi pronta e conseguiu igualar o jogo por Roberto di Benedetto. A partida viveu um momento de grande incerteza: as águias tiveram largos minutos com mais um jogador e várias bolas paradas, mas foram incapazes de bater Conti Acevedo uma única vez (foram cinco livres diretos).
Ainda assim, Nil Roca conseguiu colocar a equipa de Edu Castro na frente do marcador, a quatro minutos do fim, mas na resposta, Miguel Rocha voltou a colocar tudo empatado. O Benfica esteve novamente com mais um jogador, mas foi o Barcelos quem marcou novamente, por Luís Querido, na cobrança de um livre direto.

Protestos e festa minhota
O ambiente ficou escaldante na Catedral minhota. O Benfica teve muita dificuldade em inverter a tendência do jogo e reclamou junto da mesa a dois minutos do fim. As águias invocaram a entrada prematura do quinto elemento do OC Barcelos, que estava em inferioridade, depois da saída de Pol Manrubia, com azul, mas o jogo continuou.
Os encarnados arriscaram o 5x4 nos instantes finais, mas foi o OC Barcelos quem fez o sexto golo, por Miguel Rocha num remate direto de baliza a baliza.
Depois de já ter conquistado a WSE Champions League, o OC Barcelos está na final do Campeonato Placard, pela primeira vez na sua história em formato de Playoff. É a segunda vez que Rui Neto, enquanto treinador, atinge a final do Playoff, depois de em 2008/09 ter levado a Juventude de Viana à final do campeonato.