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    Entrevista a Angelos Charisteas, o herói da Grécia

    O carrasco de Portugal no Euro, 20 anos depois: «Desculpem, fiz só o meu trabalho»

    Publicado em: 2024/07/04 09:00
    Atualizado em: 2024/07/07 05:40
    O <i>carrasco de Portugal</i> no Euro, 20 anos depois: «Desculpem, fiz só o meu trabalho»

    Nascido a 4 de julho. Pelo menos para o comum dos portugueses. Um país em lágrimas, talvez mesmo em desespero, e uma Grécia a levar o Europeu para a Acrópole. Um dia marcante e um herói imprevisto. 

    Angelos Charisteas.

    Há exatos 20 anos, numa tarde de desfeita na Luz, o avançado helénico é o executor do sonho de Portugal. O país mergulha numa melancolia típica, e recorrente, até ser capaz de ultrapassar o desgosto – Paris, 2016, o golo de Eder.

    Ao minuto 57 de um jogo sensaborão, o então ponta-de-lança do Werder Bremen capitaliza uma bola cruzada de um canto na direita, por Basinas, e uma hesitação entre Costinha e o guarda-redes Ricardo. Cabeceamento, golo.  

    «É o momento mais brilhante da minha carreira, sim», anui Charisteas ao zerozero, a partir da Alemanha, onde segue o Euro24 e faz comentários para o canal público helénico.

    «Mesmo que o quisesse esquecer, não mo permitem», brinca o antigo avançado, agora com 44 anos e a deliciar-se com «o futebol visto de fora».

    Duas décadas volvidas, Charisteas aceita o nosso convite para a entrevista. Afável, espirituoso, pega no livro de memórias e folheia-o livremente, como se vivesse só mais uma vez «o melhor verão da vida». Uma recensão livre de rigor e de estereótipos.

    Se nos permitem o oxímoro, Charisteas é o nosso carrasco gentil. «Espero que já não estejam chateados comigo, porque gosto muito de visitar Portugal nas férias.»

    Por nós, contas acertadas, caro Angelos.

    zerozero – Há 20 anos, o Charisteas partiu milhões de corações portugueses. Sentiu-se o ‘carrasco de Portugal’ naquela final do Europeu?

    Angelos Charisteas – Sei que foi muito difícil para os portugueses perder esse jogo. Disputar uma final no próprio país e não ganhar… claro que foi difícil e consigo imaginar o que terão sentido nesse dia e nos seguintes. Mas o futebol dá sempre novas oportunidades. 12 anos depois desse meu golo, Portugal celebrou o título europeu contra a seleção de França e em França. Só o futebol e o desporto são capazes destas emoções e destas ironias.

    zz – Depois desse golo e dessa final, já teve oportunidade de voltar a Portugal?

    AC – Sim, voltei para jogar contra o Benfica em 2008 e já fui de férias também. Ninguém me tratou mal (risos). Na Grécia é igual. Quando falamos do Cristiano Ronaldo, nunca falamos sobre ele de uma forma negativa.

    qAlguém acredita que a Grécia passou por esses seis jogos e foi campeã da Europa só por sorte? Impossível. Temos de ter qualidade, jogadores, mentalidade e treinador de topo. E tudo tem de bater certo.
    Angelos Charisteas
    zz – Mas ele nunca marcou um golo à Grécia numa final de um Europeu.

    AC – É verdade (risos). Quero acreditar que se formos corretos, honestos e ganharmos de forma limpa, como a Grécia ganhou no Euro2004, ninguém nos pode acusar de nada. Na minha vida tentei sempre ser coerente e fazer bem as coisas. Nessa tarde fiz tudo para dar uma alegria a milhões de gregos. Conquistar o Campeonato da Europa em Portugal e contra Portugal na final… senti-me abençoado.

    20 anos depois, cá estou na Alemanha em trabalho. Estive no Portugal-Turquia e percebi a energia maravilhosa, o quão importante é fazer parte deste torneio. Senti-me muito triste porque a Grécia não está cá. E Portugal já está entre os oito melhores. Talvez consiga mesmo ir até à final. Decidi o Euro2004 com um golo, nunca me vou esquecer, mas estou aqui agora e não tenho o meu país a competir. É triste.

    zz – No Euro2004 fez golos a França, Espanha e Portugal. Foi um torneio maravilhoso para si.

    AC – Tenho na cabeça os detalhes de cada um desses golos. Todos os dias da minha vida, mais de 50 pessoas me enviam mensagens sobre o Euro2004. É impossível libertar-me desses pensamentos. O primeiro golo, contra a Espanha, foi difícil. Recebi um passe muito longo, tive de controlar bem a bola e o Puyol estava mesmo em cima de mim. Tive de rematar o mais rápido possível e fiz golo ao Iker Casillas.

    O segundo, frente à França, foi maravilhoso. Começou num movimento fantástico do Zagorakis, na direita. Fugiu, cruzou e eu fiz um cabeceamento perfeito ao Fabien Barthez. E o último, a Portugal, deu-nos a taça. Esses três golos seguiram-me ao longo de toda a carreira. Quantos jogadores têm percursos fabulosos e nunca têm a oportunidade de jogar e marcar pelos seus países? Tive muita sorte. Marquei golos fantásticos a equipas fantásticas.

    zz – No golo a Portugal, pressentiu o «cheiro a sangue» na área?

    AC – Senti que podia fazer estragos de cabeça, sim. Era o meu trabalho. O Costinha estava a marcar-me. Acho que o Ricardo ficou na dúvida se devia sair ou ficar na baliza e isso criou dúvidas também no Costinha. Houve ali insegurança. Fiz o meu movimento em direção à bola, o canto vinha muito tenso e forte, e o cabeceamento saiu-me bem. Neste tipo de jogos não há muitas oportunidades. Aproveitei bem aquele instante de dúvida.

    zz – A final foi muito fechada taticamente. A Grécia esteve confortável e pouco permitiu. Concorda?

    AC – Primeiro tenho de recordar uma coisa: a nossa seleção estava cheia de bons jogadores e jogadores que jogavam em clubes de topo nas melhores ligas da Europa. Tínhamos experiência suficiente para perceber que a pressão estava toda do lado português. Com Figo, Rui Costa, Pauleta, Ricardo Carvalho, ninguém esperava que Portugal perdesse. Sabíamos disso e jogámos com isso.

    Se Portugal não marcasse até ao intervalo, o ambiente passaria a jogar a nosso favor. Defendemos bem, mas a nossa equipa não era uma equipa defensiva. Defendíamos bem, sim, mas com bola tínhamos qualidade. Empatámos contra a Espanha e ganhámos à França. Não se esqueçam disso. Portugal jogou sob grande pressão e nós já éramos heróis no nosso país. Isso permitiu-nos jogar com alguma serenidade a final.

    zz – E a Grécia já tinha derrotado Portugal no jogo inaugural do Europeu.

    AC – Ninguém é campeão da Europa por sorte. Simplesmente, não é possível. Pode haver um outro momento de sorte, mas em seis jogos? Ainda agora vi o Portugal-Eslovénia e o quão duro é marcar um golo. Alguém acredita que a Grécia passou por esses seis jogos e foi campeã da Europa só por sorte? Impossível. Temos de ter qualidade, jogadores, mentalidade e treinador de topo. E tudo tem de bater certo. A cem por cento.

    zz - Depois do apito final, que ambiente encontraram na equipa portuguesa? 

    AC - Não quero mentir. Foi demasiado forte, estivemos ainda uma boa meia-hora na relva da Luz. Estavam muitos gregos no estádio, não sei se se lembram. Do que me lembro?... Lembro-me de ver o miúdo Ronaldo a chorar, isso sim. E de receber um abraço do Figo. Tentámos respeitar ao máximo a dor dos portugueses. Mesmo no balneário, acho que não exagerámos. Do lado deles não se ouvia uma mosca. 

    @Getty / Alex Livesey

    «Recebi um convite em 2006 para jogar no Benfica»

    zz – O golo a Portugal foi o mais importante da sua carreira?

    AC – Sim, sim, totalmente. Deu-nos o Europeu e entrou diretamente para a história do futebol grego. As pessoas lembram-se das finais, dos golos, dos vencedores. Ainda agora cheguei aqui à Alemanha e apanhei num ecrã gigante, numa fanzone, todos os meus golos no Euro2004.

    zz – Na altura jogava no Werder Bremen. Foi o herói do torneio, mas continuou a jogar lá. Não recebeu nenhuma oferta milionária?

    AC – Estava muito feliz em Bremen. Ganhámos o campeonato, a taça e tínhamos uma super-equipa. Fui cheio de confiança para o Europeu e estava preparado para desempenhar um papel importante, honestamente. Não mudei de clube porque no Werder Bremen tinha tudo o que precisava. Era feliz e tinha um bom contrato, para quê mudar?

    zz – Esteve em dois Europeus, num Mundial, jogou a Liga dos Campeões e foi decisivo no único grande troféu do seu país. É o segundo jogador com mais golos pela Grécia, aliás. Considera-se um deus grego?

    AC – Percebo a provocação, mas não (risos). O que eu sei, e posso prometer em público, é que nunca ninguém treinou melhor do que eu. Agora tenho 44 anos, posso olhar para trás e falar desapaixonadamente. Comecei num pequeno clube na Grécia [Aris], passei depois grande parte da carreira na Alemanha [Werder Bremen, Nurnberg, Bayer Leverkusen e Schalke 04] e na Holanda [Ajax e Feyenoord], joguei nas melhores provas do mundo.

    Alcancei tudo o que queria. Vi jogadores mais talentosos do que eu e que não alcançaram metade do que consegui. Isso é bastante vulgar, demasiado até. A diferença é que eu tinha uma personalidade perfeita para estar na alta competição. Nunca fui o melhor futebolista das minhas equipas, mas adorava treinar. Quem treinava melhor? Eu. Todos os dias. Era viciado no trabalho. O primeiro a chegar e o último a sair.

    zz – Nunca recebeu um convite para jogar em Portugal?

    AC – Sim, recebi. Tive uma proposta do Benfica em 2006.

    zz – Recusou-a?

    AC – Falámos bastante, mas optei por recusar essa possibilidade. Eu estava a jogar no Ajax, há um ano e meio. Achei que seria estranho mudar novamente de país. Tinha-me mudado da Grécia para a Alemanha, da Alemanha para a Holanda e recusei mudar mais uma vez. Ir para um novo país não é só uma questão desportiva. É uma vida nova, costumes novos, pessoas diferentes, mentalidade distinta. Optei por continuar na Holanda e assinei pelo Feyenoord. Senti que tinha de continuar por lá.

    @Getty / Sandra Behne

    «Pavlidis é completo e gosta de participar no jogo»

    zz – O que se passa com a seleção da Grécia? Está há dez anos fora das fases finais das grandes provas.

    AC – Pois… (pausa) Entre 2002 e 2014 tivemos a melhor geração do futebol grego. Jogámos três Europeus e dois Mundiais nessa fase. Depois de 2014, sentimos que a equipa caiu. Por várias razões e não é fácil explicar tudo. Ontem estava a ver o França-Bélgica e a pensar o quão difícil é a um país mais pequeno no futebol estar muito tempo no topo.

    Temos de ser mais organizados e rigorosos. O que Portugal tem conquistado nos últimos 25 anos é fabuloso. Estar em todos os grandes torneios, sempre a mostrar fantásticos futebolistas e a lutar pelos títulos? Um país pequeno como Portugal? Fabuloso, fabuloso. Alguma coisa estão a fazer bem em Portugal (risos). Continuamos a ter bons jogadores e um ainda agora foi para o Benfica, mas está a faltar qualquer coisa.

    zz – Conhece bem o Pavlidis?

    AC – Sim, claro. É um avançado muito completo, forte, que gosta de participar no jogo. Não é só um marcador de golos. Já foi indiscutível na seleção, mas ultimamente o Ioannidis [Panathinaikos, desejado pelo Sporting] até tem sido a primeira opção.

    zz – Tem algum favorito para ganhar o Euro24?

    AC – Vi quase todos os jogos e tenho, claro. Joguei nove épocas na Alemanha, conheço muito bem a mentalidade deste país e é sempre um candidato à vitória final. Mesmo que não tenha uma seleção com o nível de outras do passado. Num mês tudo pode acontecer. Acredito que o campeão da Europa vai sair do Alemanha-Espanha dos quartos-de-final. Uma delas será a vencedora. Pelo que tenho visto, acredito nisso. São duas seleções em muito bom estado de forma.

    zz – O que tem achado de Portugal?

    AC – Vi o jogo contra a Turquia com atenção. Uma equipa que tem Bernardo Silva, Rafael Leão, Nuno Mendes, João Cancelo, Vitinha, Bruno Fernandes, enfim, tem sempre de ser candidata ao título. Essa é a espinha da equipa, juntamente com o guarda-redes Diogo Costa. E depois há o Cristiano Ronaldo, uma lenda do jogo. É a estrela, tem experiência, ainda pode fazer coisas boas.

    E estou a esquecer-me do Pepe. Portugal tem tudo o que precisa para ser campeão da Europa, mas coloco-o atrás da Alemanha e da Espanha nesta altura. Ah, e Portugal tem um grande selecionador.

    zz – Conhece bem o Roberto Martínez?

    AC – Conheço-o pessoalmente, tem ideias fabulosas, respeita muito os jogadores. É um gentleman, um tipo fantástico. Espero que ele tenha muita sorte com Portugal. Gostei muito de falar para o vosso país e, por favor, desculpem o meu golo de há 20 anos. Estava só a fazer o meu trabalho.

    Grécia
    Angelos Charisteas
    Nascimento/Idade1980-02-09(45 anos)
    PosiçãoAvançado (Ponta de Lança)

    Fotografias(2)

    Angelos Charisteas festeja o golo que deu o título europeu em 2004

    Comentários

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    motivo:
    ZY
    Jito98
    2024-07-11 08h43m por zyxw_4321
    Com o empate, Portugal ficaria com 4 pontos, não 5. Tinha perdido com a Grécia e ganho à Rússia, portanto foi para esse jogo só com 3 pontos.
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    JI
    BlackCat
    2024-07-11 07h52m por Jito98
    Com o empate tanto Portugal e Espanha ficariam com 5 pontos, a Grécia como perdeu o último jogo ficou só com 4 pontos, seria eliminada
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    Errado, Jito98
    2024-07-07 02h58m por BlackCat
    Não passavam as duas seleções. Em caso de empate, a Espanha teria ganho o grupo com 5 pontos, ficando a seguir a Grécia e Portugal com 4, com vantagem para os gregos que nos ganharam por 2-1 no Dragão. Logo, tínhamos obrigatoriamente de ganhar esse jogo para seguir em frente.
    A classificação do grupo ficou assim: 1º Portugal, 6 pontos (4-2); 2º Grécia, 4 (4-4); 3º Espanha, 4 (2-2); 4º Rússia, 3 (2-4).
    Como Grécia e Espanha tinham empatado 1-1 e a mesma diferença de golo...ler comentário completo »
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    JI
    Nuno Gomes
    2024-07-06 14h14m por Jito98
    Maldita a hora que o Nuno Gomes marcou aquele golo à Espanha, bastava o empate e passavam as duas seleções
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    Pedir desculpa á França?
    2024-07-04 18h51m por carlosferrari266
    Pela sua imprensa que nos desrespeitou e desrespeitou a nossa seleção, tratando-a de "nojenta" (não muito dissimilar à sua própria seleção atual), por recusar pintar a Torre Eiffel nas cores lusitanas (prática comum para honrar os vencedores diários durante o Euro 2016) após a final, por demonstrar o seu mau perder, por ter a ingenuidade de emitir uma petição publica para que essa final fosse repetida, pelos gendarmes que malharam nos nossos eufóricos adeptos que simplesmente queriam se apr...ler comentário completo »
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    Ispeaksempolemi cas
    2024-07-04 18h21m por Taument_da_Silva
    Isso é das vagas é verdade, e a classificação para o Europeu realmente era um pesadelo pois só entravam 8 equipas, mas estás 100% certo em não te deixares enganar com essa narrativa. Nós viamo-nos a aflitos até para ganhar a selecções como Malta. Portugal foi uma selecção medíocre durante praticamente toda a sua história.

    E há outra coisa: havia menos vagas mas também havia menos países. Só no continente europeu, o desmantelamento da Checoslováquia, da URSS e da Jugoslávia (3 países) deu origem a uns 15.
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    FO
    Taument_da_Silv a
    2024-07-04 17h56m por Formiga1979
    Lembrar que o Otto Rehhagel foi campeão com o Kaiserslauten na época em que subiu à 1a liga, que torna o feito ainda maior (se podemos dizer isso).

    De resto, quanto aos franceses, porque que carga de água é que o Eder haveria de pedir desculpa? É que em 2004, os portugueses, apesar de toda a frustração, "juntaram-se" à festa dos gregos. . . os franceses nem sequer "pintaram" a torre Eiffel com as cores do campeão. Acho que a postura de uns e outros não tem comparação possível!!!

    SL
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    Zagorakis
    2024-07-04 17h53m por PortimonDesdePiqueno
    Bela selecção essa de 2005, de Diamantidis, Spanoulis e companhia. Faltou dizer que, um ano depois, esta mesma Grécia foi vice-campeã mundial e que nas meias-finais derrotaram os EUA de LeBron, Wade, Carmelo, Bosh, etc.
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    BE
    PEDIR DESCULPA À FRANÇA????
    2024-07-04 17h19m por benficaeterno
    Lê-se com cada barbaridade?
    Os emigrantes portugueses são gozados pelos Franceses à mais de 60 anos.
    A França em todos os sentidos não respeitou Portugal neste Europeu.
    É certo que em 2004 alguns portugueses criticaram o estilo da Grécia, mas ninguém lhes foi hostil.
    A França é que deve de pedir desculpa a Portugal, trocou os hinos, provocou os portugueses.

    Enfim. . .
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    ZA
    Angelos Charisteas
    2024-07-04 15h25m por Zagorakis
    Um dos responsáveis por um dos melhores dias da minha vida, muito por ter sido o homem golo da seleção, Zagorakis, Nikpolidis, Seitaridis, Dabizas (Newastle), Basinas, Katsouranis, Karagounis e Vryzas também eram excelentes jogadores e fizeram um europeu quase perfeito.

    Aquele verão de 2004 entre a conquista do europeu de futebol, a preparação para o regresso dos jogos olímpicos a Atenas e depois 2005 com a conquista do europeu de basquetebol foram completamente outros tempos.
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    Taument da Silva
    2024-07-04 15h13m por Ispeaksempolemicas
    E há alguns jornalistas que dizem que Portugal antigamente não participava tanto devido ao número de vagas ser menor mas não é bem assim. Para o Euro de facto, é verdade, do Euro 92 para trás só havia lugar para 8 seleções (descontando ainda o anfitrião) e nas primeiras edições apenas 4! Mas em relação ao Mundial não é bem assim e praticamente desde 1982 que as vagas tem se mantido constantes e o pico até foi em 98 e 2002 com 15 vagas e mesmo antes de 82 o número de vagas ainda era maior do q...ler comentário completo »
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    TomPen
    2024-07-04 14h37m por AngelEyes
    Sim, é completamente normal. Não os julgo por isso, mas devia ter tido mais cuidado xD
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    to be fair
    2024-07-04 14h25m por TomPen
    Essa do autocarro até podemos dar de barato. É normal ter o veículo preparado só para o caso de acontecer. Em 2010 o Braga também tinha um autocarro preparado caso na última jornada o Benfica deslizasse e eles conseguissem ganhar o título.

    Ou tens o exemplo das camisolas a dizer "Campeão/Vencedor do coiso e tal" que os jogadores põem assim que a final acaba. Também em 2010, a Espanha levantou o troféu com uma versão da sua camisola habitual que tinha a estrela de Campeão Mund...ler comentário completo »
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    Na realidade
    2024-07-04 14h24m por PEDRO23CUC23
    Em 96 estávamos a jogar o nosso 2o Europeu e em 2002 o nosso 3o mundial, ou seja, só do Euro 2000 para a frente é que somos presença regular nas grandes provas
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    AngelEyes
    2024-07-04 13h55m por Taument_da_Silva
    Não digo que seja o caso deste user, mas realmente acho que os jovens não têm noção do quão recente é este estatuto de "potência do futebol" que a selecção portuguesa tem. Em 2004, éramos vistos como uma selecção em crescimento e a querer afirmar-se, estávamos numa fase de transição entre 2 gerações de ouro - mas não tínhamos estatuto algum, ainda éramos quase insignificantes ao nível de selecções.

    Até 2000, éramos basicamente uma Eslovénia. Fazíamos um brilharete a cada 20 anos e pouco mais.
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    CupGameMerchant
    2024-07-04 13h08m por AngelEyes
    Óbvio que não vais. O Charisteas pede desculpa, porque Portugal era uma seleção com pouca tradição e relevância no futebol de seleções e não tinha ganhado nada ainda (éramos favoritos e tínhamos grandes jogadores, mas que não sabiam o que era ganhar alguma coisa pelo país no futebol sénior). Nós ganhamos o Europeu contra a França, uma potência que já nos tinha eliminado nos dois europeus que venceu e ainda um mundial e que já estava a fazer uma grande festa antes da final, menosprezando co...ler comentário completo »
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    Charisteas
    2024-07-04 12h49m por Aleaotejano
    O que me fizeste chorar homem. . . e no ano a seguir como se não bastasse, ainda tive que levar com o CSKA em Alvalade. . . a partir destes 2 eventos, nada me abalou mais lol
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    Grécia 2004
    2024-07-04 12h07m por Taument_da_Silva
    Para mim, o Otto Rehhagel é dos melhores treinadores da história do futebol - e dos mais subvalorizados também, não é lembrado como merece. O que ele fez com aquela Grécia foi inacreditável - na altura foi fácil o pessoal criticar pela forma retranqueira com que jogavam, mas honestamente, o Rehhagel pegou naquele conjunto de jogadores e pô-los a funcionar como uma autêntica máquina certinha, absoluta perfeição táctica.

    Também já tinha sido campeão com o Kaiserslautern, ou ...ler comentário completo »
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    CupGameMerchant
    2024-07-04 11h50m por TomPen
    Porque não é preciso. Nem Charisteas precisava de pedir desculpa.

    Tá bem, é uma atitude muito fixe. Mas agora porque o gajo do lado é um anjo vou-te condenar a ti?

    Lel.
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    N_Shadow19
    2024-07-04 11h48m por tcb9277
    Não digo que a República Checa não tinha uma grande geração, mas quando comparado com equipas tradicionalmente mais fortes como Alemanha, França ou Espanha, acaba sempre por ser considerada equipa sensação, porque não era uma das favoritas à vitória logo à partida. Era quase como uma espécie de Bélgica entre 2014 e 2018.

    Mas sim, isso vale o que vale, o que interessa é o que se faz em campo, não os nomes.

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    Charisteas
    2024-07-04 11h44m por CupGameMerchant
    Não quero ser ''aquele gajo'' mas duvido sinceramente que daqui a 20 anos vejamos um jogador português a pedir desculpa aos franceses por terem arruinado a festa do Euro 2016 em casa
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    N_Shadow19
    2024-07-04 11h42m por tcb9277
    Já nem ia entrar por aí. Também acho que Portugal em 2016 teve muito mais "sorte" do que a Grécia em 2004.

    A única seleção mais forte que apanhamos até à final foi a Croácia. De resto, a partir do momento em que apanhamos o País de Gales nas meias finais, está tudo dito.

    No entanto, há que dar mérito.
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    Charisteas
    2024-07-04 11h42m por CupGameMerchant
    Foi uma entrevista extremamente agradável e elucidativa
    Mostrou nesta entrevista ser um indivíduo extremamente humilde:
    - ''por favor, desculpem o meu golo de há 20 anos. Estava só a fazer o meu trabalho''
    - ''O que Portugal tem conquistado nos últimos 25 anos é fabuloso. Estar em todos os grandes torneios, sempre a mostrar fantásticos futebolistas e a lutar pelos títulos? Um país pequeno como Portugal? Fabuloso, fabuloso''
    - ''Nunca fui o melhor futebolista d...ler comentário completo »
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    PTSD
    2024-07-04 11h40m por TomPen
    Não precisa de pedir desculpa lol
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    N_
    tcb9277
    2024-07-04 11h25m por N_Shadow19
    A Chéquia não era só "a sensação" da prova. Eles tinham um 11 brutal. Cech, Jankulovski, Poborsky, Rosicky, Koller, Nedved, Baros. Eram uma equipa brutal com uma geração de ouro no seu peak.

    O feito da Grécia é notável porque nem se pode dizer que tiveram sorte com os adversários como nós tivemos em 2016. Apanharam sempre com equipas bem mais fortes que eles e só perderam um jogo. . . contra a Rússia, precisamente o mais fraco que apanharam.
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