O Feirense bateu o FC Porto por 2x0 e terminou o grupo no segundo lugar, deixando os portistas na última posição e sem qualquer ponto conquistado. Com opções alternativas de ambos os lados, existiram alguns aspetos interessantes a analisar (como o losango de Peseiro).
Estudo contra pragmatismo
Noite de estreias
Pepa lançou o júnior Diogo Almeida, ao passo que Peseiro promoveu a estreia de Chidozie ao lado de Maicon.Passou muito por aí a curiosidade de olhar este FC Porto. Numa disposição tática de 4x4x2 em losango, sobresaíam as dinâmicas de um miolo onde Varela foi chamado a ser o estratega e as liberdades entregues aos laterais para se aventurarem no terreno. García fê-lo com mais qualidade que um Ángel que continua a pecar no cruzamento - apesar de o espanhol ter estado melhor que em Famalicão.
Obviamente, as lacunas nos azuis e brancos ficaram patentes, não apenas em alguns posicionamentos, como também no entrosamento dos dois avançados, que ainda é escasso. Mas registaram-se pontos interessantes, quer pela liberdade do próprio Varela (interessante adivinhar como pode Bueno aparecer nestas ações), quer pelas diferentes variantes de ataque que a equipa dispõe.
Perante tudo isto estava um Feirense confortável e a observar tranquilo as várias experiências. Face a um FC Porto notoriamente em aprendizagem, os fogaceiros iam aproveitando as lacunas dos dragões e não apenas evitavam com relativa facilidade eventuais sustos, como os criavam na frente.
O golo, já perto do intervalo, não chocou quem assistia, pois a tal aprendizagem portista ainda se dava muito pouco ao risco ofensivo, o que fazia com que a primeira parte tivesse sido, do ponto de vista do espetáculo e oportunidades, claramente deficitária.
Na grande penalidade, Hélder Castro bateu Helton, alegrou os da casa e, com o auxílio das palavras de Peseiro ao intervalo, alegrou o segundo tempo.
Aí, com muito maior velocidade na circulação, os dragões ganharam mais espaços. Depois, entrou outro pormenor na equação: o aspeto mental. Numa equipa que ainda procura a serenidade, os momentos de decisão trouxeram outro défice à equipa portista, sobretudo ao nível do passe quando o jogo acelerava.
Mesmo chegando com maior força à baliza de Dele, o passe passou a finalização e o desacerto continuou. Para arrumar com as contas, o Feirense fez o segundo, numa desatenção da defesa portista aproveitado por Porcellis.