Não houve energia para desfazer nulo

Tudo apontava para uma bela manhã de futebol, mas o calor parece ter tirado a energia ao jogo. Duas equipas que entraram na Liga 3 com vitórias procuravam dar seguimento ao bom arranque. Frente a frente, este sábado, 1º Dezembro e Belenenses, no Complexo Desportivo do Real SC, para a segunda jornada do terceiro escalão do futebol português. Ao fim de 90 minutos, registou-se um nulo, muita prudência e (muito) pouco caudal ofensivo.  

Se a temperatura escaldava, a primeira parte deste jogo foi morna, muito morna. Sem grandes momentos, as duas equipas apresentaram-se muito equilibradas e muito encaixadas. O 1º Dezembro teve mais posse e procurou a qualidade individual de Evandro, que se apresentou como o mais inconformado nos primeiros 45 minutos. O Belenenses procurou mais verticalidade, especialmente pelo lado esquerdo através de Gonçalo Maria, mas sem nunca criar perigo. O nulo ao intervalo foi perfeitamente adequado, apenas com destaque para o livre de Rui Batalha, fora da área, que obrigou David Grilo a aplicar-se.  

Se a primeira foi morna, a segunda foi aquecendo. As equipas entraram com um sinal mais, a procurar mais movimentos ofensivos e a provocar mais desequilíbrios ofensivos. Apesar de estar mais dividido e mais rápido a primeira oportunidade clara de golo só apareceu aos 71 minutos. No cara a cara com David Grilo, Gabriel Morais acertou com a bola no poste. 

O termómetro oscilava com o passar do relógio, e depois da bola no ferro do 1º Dezembro, a partida voltou arrefecer e as equipas voltaram a arriscar menos. Até ao apito final, o Belenenses começou a descer cada vez mais no terreno, mas a equipa da casa também nunca mostrou argumentos suficientes para criar perigo na baliza dos azuis do Restelo, exceção feita aos 88 minutos. Ao segundo poste, Tiago Santos rematou num ângulo apertado e a bola não chegou à baliza por causa da bela mancha de David Grilo. 

O resultado justifica-se ao fim dos 90 minutos, apesar do 1º Dezembro apresentar maior caudal ofensivo durante toda a partida. Antes de fechar a partida, a destacar a expulsão do timoneiro do Belenenses, José Sousa, depois de perturbar o lançamento de linha lateral do adversário.