O FC Porto voltou a casa e o Dragão voltou a celebrar, na ressaca da dupla ida a Lisboa. Com uma entrada fulminante, os portistas arrumaram muito cedo com o assunto e nem deram azo a mais nada: é na liderança que querem estar. Tal como os mais de 45 mil que, a uma segunda-feira, preencheram o estádio de satisfação e de comunhão.
15 minutos diabólicos
Ou 16, para sermos mais precisos. Foi apenas esse o tempo necessário para se perceber quem ia vencer o jogo. Era preciso uma verdadeira hecatombe para impedir que os três pontos ficassem no Dragão, que se encheu de pessoas e crença depois da díspar ida a Lisboa, onde a liderança foi novamente alcançada, mas as expectativas da Taça ficaram em Alvalade, outra vez nos penáltis.
A diferença dos pormenores
Se só agora falamos do Vitória de Setúbal, não é por falta de presença no jogo por parte da equipa de José Couceiro. Foram três golos encaixados muito à conta de um setor defensivo incapaz de bloquear a avalanche inicial portista, mas nem por isso foi um jogo de sentido único.
A missão sadina era óbvia e as saídas até foram feitas com qualidade na primeira fase, com a equipa a sair muitas vezes bem da pressão portista, que entretanto também abrandou por causa do resultado. Um Vitória que não quis quase nada com o jogo direto e que preferiu uma saída apoiada, mostrando ter intervenientes para isso.
Não foi, ainda assim, estranho para quem quer que fosse que as distâncias se voltassem a restabelecer. Corona, com alguma felicidade à mistura, deixou o marcador em 4x1 ao intervalo.
Alex tinha metido despertador
Sonolenta e sem chama, própria de um jogo resolvido cedo e de uma realidade de gestão física depois de dois jogos muito exigentes, a segunda parte do FC Porto foi muito mais morna, quase fria. Sem precisar de fazer muito, a equipa de Sérgio Conceição descansou cerca de 20 minutos, dando mais bola ao adversário e limitando-se a controlar.
Por fim, registo para os suplentes que entraram. Óliver está a crescer nesta reta final, Djaló teve minutos e Gonçalo Paciência defrontou a sua equipa, com evidente vontade de marcar.