Melhorias inglórias no derradeiro exame

A seleção portuguesa sub-21 mostrou claros sinais de melhoria comparativamente com o último embate. No entanto, acabou por sair derrotada frente à Inglaterra (4-2), no The Hawtorns, em mais um duelo de cariz particular, com vista à preparação para o Campeonato da Europa.

Um erro, um pesadelo e uma resposta imponente

Face ao empate caseiro frente à Roménia, Rui Jorge não promoveu qualquer alteração nas peças iniciais. Diogo Nascimento, Mateus Fernandes, Gustavo Sá e Pedro Santos ficaram responsáveis por servir a dupla Fábio Silva-Tiago Tomás. À frente do guardião João Carvalho, o eixo defensivo foi formado por Rodrigo Pinheiro, Eduardo Quaresma, João Muniz e Flávio Nazinho. No outro canto da sala, também estavam presentes múltiplas jovens promessas como Jarrad Branthwaite, Harvey Elliott, Jobe Bellingham e Ethan Nwaneri, inseridos no 4-3-3 de Lee Carsley.

Todavia, os pupilos lusos não se mostraram perturbadas com as valências adversárias, pelo menos nos cinco minutos inaugurais. Movidos por uma grande vontade, os avançados dos heróis do mar criaram oportunidades interessantes para abrirem o marcador. James Beadle, porém, soube lidar tranquilamente com as ameaças. O acrescido fulgor ofensivo da seleção nacional, visível numa primeira instância, caiu por terra, após um erro grosseiro.

Eduardo Quaresma ofereceu o ouro ao bandido aos 7', quando passou a bola a...  Hayden Hackney, que se antecipou defensivamente. Posteriormente, o camisola '6' encheu o pé e, com um remate colocado e rasteiro, seguiu para os festejos. Aos 10', o pesadelo da equipa pintada de vermelho intensificou-se. Ethan Nwaneri recebeu a bola entrelinhas e, depois de um excelente trabalho individual, fez o gosto ao pé na entrada da área. Uma bela execução do ponta de lança do Arsenal!

Contudo, os duros golpes não afetaram a mentalidade portuguesa, que prontamente se recompuseram para contornar a difícil situação. Esta atitude positiva levou mesmo a que o défice fosse reduzido aos 22'. Mateus Fernandes, com um passe disruptivo, descobriu Rodrigo Pinheiro, que serviu Fábio Silva através de um cruzamento tenso e bem medido. O tento fez jus à exibição do avançado do Las Palmas, que esteve sempre muito irrequieto no primeiro tempo.

Os visitantes podiam ter mesmo chegado ao empate, mas Gustavo Sá, depois de ter ganho o esférico numa zona vantajosa, atirou em direção ao poste esquerdo. Destaque para as queixas lusas no respetivo lance, na sequência de uma saída imprudente de Beadle, dentro da área. Não foi a única vez que os jogadores portugueses protestaram uma eventual grande penalidade ao longo da primeira metade...

Mexidas não alegraram o desfecho

Henrique Araújo, Christian Marques, João Marques, Joelson Fernandes, Francisco Chissumba, Carlos Forbs e Gonçalo Nogueira foram chamados à ação após o intervalo. As múltiplas mexidas acabaram por trazer pormenores distintos para a partida, mas a intensidade geral acabou por sofrer uma valente queda. A primeira chance clara para restabelecer a igualdade surgiu aos 68', por intermédio de João Muniz. Na sequência de um canto, o central apareceu de rompante ao primeiro poste. O cabeceamento violento passou ligeiramente ao lado.

Os three lions, apagados durante muito tempo, foram bem mais pragmáticos e incisivos. Assim, contra a corrente do jogo, a turma da casa desferiu mais uma machadada. CJ Egan-Riley, de cabeça, encontrou Omari Hutchinson, que teve apenas de encostar para o fundo das redes, aos 76'. A maior clarividência dos ingleses na hora da finalização voltou a fazer-se sentir. Carlos Forbs, num lance de insistência, mostrou a frieza desejada para diminuir os danos, já ao cair do pano.

Jaden Philogene, aos 89', ainda foi a tempo de fazer o quarto tento da sua formação, com um bonito remate em arco. O último prego no caixão encarnado. Recorde-se que Portugal irá estrear-se no Euro diante da França, no dia 11 de junho. Seguem-se jogos diante da Polónia e da Geórgia, agendados para 14 e 17 de junho, respetivamente.