Meia parte da final está cumprida...mas não foi fácil

Uma exibição cinzenta, um «relvado» assustador e uma vitória mais complicada do que se esperava. Podia ser assim o resumo telegráfico da partida de Portugal em Andorra. A equipa lusa venceu a «final» e está agora pronta para a «finalíssima» contra a Suíça. 

Fernando Santos foi pela via conservadora e deixou Cristiano Ronaldo no banco de suplentes. Acabou por ter de emendar a mão e foi isso que colocou Portugal na rota da vitória. O relvado justifica parte da exibição menos inspirada, mas Fernando Santos terá coisas a melhorar na equipa antes do jogo de terça-feira no Estádio da Luz.

«Relvado» foi mesmo fator

©Alberto Fernandes

A diferença de qualidade entre os jogadores das duas seleções era bem visível, mas as imensas dificuldades de adaptação ao relvado iam anulando essas diferenças. A velocidade com que a bola deslizava pelo «relvado» sintético e o facto de esta estar constantemente a saltitar causavam dificuldades aos jogadores portugueses.

Já perto do intervalo surgiram algumas oportunidades, ainda que apenas numa, por Ricardo Quaresma, se tenha mesmo sentido que o golo estava eminente.  Faltavam soluções e mal os jogadores saíram para o intervalo percebeu-se que Fernando Santos não ia manter o seu craque no banco muito mais tempo.

Capitão para resolver

©Alberto Fernandes

Ainda assim, os problemas eram os mesmos. Dificuldade de habituação ao relvado e pouca inspiração. Não haviam oportunidades e começava-se a sentir-se o nervoso miudinho. A Suíça goleava a Hungria e o apuramento direto começava a ficar em risco.

Esse risco acabou com mais um momento de finalização clínica de Cristiano Ronaldo. Pouco depois da hora de jogo, o capitão da seleção aproveitou um cruzamento de João Mário, um corte defeituoso, e marcou dentro da área. Era o alívio que Portugal precisava para acalmar e melhorar a sua exibição cinzenta.

Pedia-se um segundo golo para acabar com as dúvidas. Até surgiram algumas oportunidades, mas Fernando Santos não quis arricar supresas e juntou William Carvalho a Danilo Pereira no meio-campo. Apesar de algumas bolas colocadas na área portuguesa, não houve perigo de maior e, para descansar, André Silva matou o jogo. A equipa lusa está pronta para a final contra a Suíça na próxima terça-feira. Não foi brilhante, longe disso, mas chegou para levar os três pontos do sintético de Andorra.