Depois de uma vitória sofrida de Portugal frente ao Japão, no encontro dos quartos-de-final do Mundial de Futebol de Praia, a Seleção Nacional espera agora pelo adversário das meias-finais. Após a partida, os intervenientes analisaram o triunfo.
Mário Narciso em discurso direto
Análise: «Não queríamos sofrer, mas no final fomos bafejamos pela sorte e tivemos Portugal como vencedor. Foram duas equipas dignas uma da outra, que jogaram para a frente e foi no fundo uma excelente propaganda para o futebol de praia. No terceiro período foi quando sofremos mais golos em qualquer um dos jogos. Os jogadores estavam avisados para isso e hoje se não estivéssemos avisados, poderíamos ter perdido o encontro.»
Fragilidades e questão psicológica: «Eu acho que não é uma questão psicológica, mas uma questão da qualidade do adversário. Neste jogo podíamos evitar um ou outro golo, mas a verdade é que o Japão esteve espetacular a entrar pelo meio e a dar bicicletas, que é uma ação muito difícil de defender. Ainda defendemos muitas ocasiões de pontapé de bicicleta que é um lance muito perigoso que não pode ser defendido. Quando a bola é levantada para a bicicleta ou levamos uma bolada ou deixamos a bola passar. Nesse aspeto o Japão esteve muito bem, mas os nossos jogadores também estiveram muito bem.»
Ritmo de jogo: «Eu acho que quem fez o jogo mais lento foi o Japão. A bola entrava no guarda redes, e se não tivessem hipóteses de jogar para a frente com 90 por cento de possibilidades de êxito voltavam a jogar no guarda redes. E nós não podíamos, nesse caso, acelerar o jogo. Tinhamos uma estratégia de só sair numa determinada altura.»
Jordan Santos em discurso direto
Fragilidade no terceiro período: «Não acho que seja uma fragilidade, mas coincidência. Sofremos grandes golos, a verdade é essa, mas como lutamos contra isso? Marcando mais golos e não dando chances. Agora o mais importante é preparar o próximo adversário, ver o que correu menos bem neste jogo e corrigir. Neste tipo de jogos, erras um pouco e estás sujeito a sofrer golo. Muitas vezes erramos e não dá golo, mas ultimamente ao mínimo erro que fazemos sofremos golo. Por isso digo que é coincidência. É o futebol, temos de estar mais concentrados para isso não acontecer.»
Hat-trick na partida: «Ganhar e fazer golos acaba por ser sempre melhor. Acaba por saber melhor. Se for só por 1-0, se for o meu colega a marcar, isso a mim não me faz diferença. O que me move aqui são os títulos, não são os prémios individuais. É jogo a jogo, se puder fazer golos melhor, se não puder, que a equipa ganhe.»
Ruben Brilhante em discurso direto
Análise: Houve fases do jogo em que podíamos ter controlado melhor o jogo. O Japão é uma equipa que trabalha muito o 2-2, uma equipa muito dinâmica. Devíamos ter tido mais bola, fazê-los correr mais para se cansarem mais, para termos mais tranquilidade com a bola. Temos que nos concentrar mais no terceiro período, estamos a sofrer muitos golos e não é algo positivo. Estamos a jogar muito bem e a parte defensiva, principalmente no terceiro período, tem que ser corrigida. Acho que nos faltou ter mais bola para eles se cansarem e não terem tanto discernimento quando estão a atacar.»