A certa altura, parecia tão acessível... depois pareceu tão distante... mas houve ponto para levar de Gelsenkirchen. É palco de sonho, embora com o Mónaco como adversário. Contra o Schalke 04, foi a terceira visita e a primeira em que os dragões não perderam, se bem que este era um adversário claramente acessível. Valeu a alma, a arte e a forma como Marega conseguiu ganhar um penálti.
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Aquele penálti...
Não deslumbrando, longe disso, o FC Porto teve rapidamente uma soberana oportunidade. Alex Telles podia ter dado sequência ao mau momento do Schalke 04 neste início de época e colocado os campeões nacionais em vantagem, só que a excelente defesa de Fährmann foi um balão motivacional que encheu o psicológico dos alemães.

Precipitações, más decisões, maus passes, falta de velocidade na circulação faziam com que os dragões não conseguissem a fluidez que poderiam ser capazes de ter para descoordenar os alemães.
Viu-se uma primeira parte com pouquíssimo rasgo, pouca qualidade e desacerto. Veja-se que as duas equipas acertaram uma vez cada na baliza contrária, em seis tentativas de cada lado.

Ao ritmo do engano
Muito nos enganámos quando, ao ver os primeiros minutos do segundo tempo, achámos que tudo estava detetado e corrigido. É certo que a circulação foi muito mais bem feita, com apoios e velocidade, mas foi fugaz.
De repente, houve um apagão na equipa portista e um acordar dos mineiros, muito mais pela força vinda da bancada do que propriamente por alguma inversão futebolística. Era equipa de recursos qualitativos parcos, mas surgiu-lhe a alma e com essa o golo, num contra-ataque que foi demonstração, ainda assim, da tal falta de qualidade: passe muito puxado de McKennie, Embolo trapalhão na receção e desajeitado no remate, que... enganou os opositores.
Ao engano, o Schalke 04 via-se em vantagem e era precisa enérgica reação. Só que Conceição já tinha tirado Aboubakar para meter Corona, portanto teve de ser por aí.

E foi assim, sem muita qualidade, que os dragões conseguiram um importante resultado para as contas finais. Ainda assim, visto o momento do adversário, fica aquele amargo na boca... Podia ter dado para mais.